Capítulo 8

72 3 0
                                        

Sophia Machado

- Eles são lindos. – Luciana diz olhando para a área vip. Olho para cima e vejo alguns pilotos de formula 1 olhando para todos. Como se fossem deuses.

- E inacessíveis. – Digo me virando para o barman. – Mais uma. – Ele confirma com a cabeça.

- Para você que é feia. – A encaro com tédio e ela está arrumando o decote. Sorrio de lado sem mostrar os dentes e o garçom coloca a bebida na minha frente.

- Se puxar mais esse decote, seus seios vão sair da roupa. – Digo rindo. – Preciso ir ao banheiro. – Viro o meu whisky e sigo para o banheiro.

Até os banheiros aqui são chiques. Para chegar neles, temos que passar por um corredor largo o suficiente para ter duas pessoas se agarrando contra a parede e eu passando sem encostar neles. No final desse corredor tem duas portas e do lado de fora apenas uma pia. Quando estou prestes a entrar vejo um homem estrando no banheiro masculino. Normal, mas algo dentro de mim quis olhar e infelizmente não deu tempo de ver seu rosto.

Depois de presenciar uma leve discussão, onde fiz questão de parar para ver, saio do banheiro e uma cara sai também, porem dessa vez não olho. Vou até a pia lavar minhas mãos e sinto alguém me cutucar. Descido ignorar, até porque não é possível que não percebeu que estou usando. Outra cutucada.

- O que foi? – Pergunto irritada e em português. Me viro para a pessoa e... Sangue de Jesus. Que homem bonito da porra. Ele me encara parecendo que pode me ver nua, meucoração até erra as batidas. Ele está de blusa de moletom branca, uma calçajeans, eu acho, preta e um tênis branco da Nike.

 Ele está de blusa de moletom branca, uma calçajeans, eu acho, preta e um tênis branco da Nike

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Hi. (Oi) – Ele diz com um sorriso sedutor nos lábios perfeitos. Ele é muito lindo. – Você fala inglês? – Ele pergunta com o sotaque carregado no francês.

- Falo sim. – Sorrio sem graça. Por que Deus, eu tenho fraco em franceses? – Pode usar. – Digo me afastando da pia e eu começo a andar para encontrar o pessoal.

- Na verdade... – Ele segura minha mão me fazendo encara-lo. – Quero seu telefone. – Sei que não posso ser fácil, mas cara é um gringo, quando vou ter a chance de pegar um? E lindo como esse?

- Você não lavou as mãos. – Puxa a minha mão da sua mais que depressa e ele começa a rir. Que risada gostosa. Se controla Sophia.

- Não usei o banheiro. Eu te seguei. – O encaro surpresa.

- Porquê? – Pergunto curiosa e preocupada.

- Porque você é linda. – Sorri galanteador. Preciso de um médico, pois eu deveria estar morrendo de medo e estou adorando isso.

- Obrigada. – Sorrio tímida. – Qual seu nome?

- Charles Lec... Apenas Charles. – Sorri nervoso. – E o seu?

- Sophia. – Ele se vira lava as mãos rapidamente e a estende para mim para que a pegue. – Prazer. – Pego rindo. Ele nem me responde e já me puxa fazendo nossos corpos se colarem.

- Trés beau. (Muito linda.) – Charles sussurra esfregando de leve o polegar na minha bochecha.

- Não sei o que disse. – Falo fazendo charme e completamente derretida nesses olhos verdes e boca perfeita.

- Muito linda. – Diz em inglês e me beija.

Fico surpresa e não correspondo de primeira. Mesmo nos conhecendo nesse exato momento, nossos lábios se encaixam perfeitamente e isso é um pouco bizarro. Com esse encaixe perfeito, ele pede passagem com a língua e eu sedo no mesmo instante. Sua boca é macia e delicada, mas seu beijo é quente e sensual. Sua mão sai do meu rosto e vai para a minha cintura, me puxando para mais perto, como se pudéssemos incorporar um no outro.

Sinto uma corrente elétrica passar de um corpo para o outro, mas o que era para ser algo estranho se tornou uma necessidade. Parecia que eu precisava dele, como se seu beijo e seu toque fosse a única coisa que pudesse me salvar. O que era um beijo de dois estranhos na balada, se transformou em um beijo cheio de necessidade de ambos. Maravilhosa é a palavra exata para descrever essa sensação. Ele me encosta contra a parede e nosso beijo se torna selvagem. Sinto algo vibrar e começar a tocar. Bendito celular. Charles para de me beijar, se afasta o suficiente para tirar o mesmo do bolso, mas não sai de perto. Ainda consigo sentir a energia passando sobre nós.

- Ciao. (Oi) – Ele atende sem tirar os olhos da minha boca. Como se eu conseguisse desviar da dele. Ele começa a conversar, mas seus olhos ficando intercalando entre meus lábios e os meus olhos. Eu faço o mesmo e rezando para essa maldita ligação acabar logo. – Addio. – Isso eu sei que é tchau. Franceses de fato tem o meu coração. Ele guarda o celular no bolso e me puxa para outro beijo cheio de desejo, mas não demora muito e o meu celular começa a tocar. Que merda. Paro o beijo e atendo.

- Oi. – Digo irritada e em inglês.

- Posso saber em que banheiro a senhorita foi? – Leonardo pergunta em português.

- Ah meu amor, me deixa em paz. – Digo e sem querer solto uma risada da cara do Charles de que não faz ideia do que eu disse.

- Está rindo do que? – Ele pergunta curioso.

- Nada demais. Daqui a pouco eu apareço aí. – Desligo a chamada e sem pensar muito beijo o Charles.

************

Antes de voltar para o meu grupo, volto ao banheiro e ajeito minha roupa e a minha maquiagem. Saio do banheiro e passo por alguns seguranças que sorriem como se soubessem de algo, ando rapidamente para perto do bar. Quando chego a visto o pessoal e me aproximo.

- Voltei. – Digo me apoiando no braço do Leo.

- Finalmente. Achei que teria que ir atrás de você. – Leo diz bebendo sua tequila. – Estava com alguém né, safada? – Me encosto no balcão e o encaro com a cara mais lavada do mundo.

- Eu não estava...

- Para você. – Sou interrompida por uma garçonete que me entrega uma taça de Martini.

- Eu não pedi nada. – Digo confusa.

- Eu sei, mas ele também pediu para te entregar isso. – Ela me entrega um papel e sai rindo.

- "Adorei o beijo. Quero que se repita. Se você quiser, anote seu número e entregue novamente para a garçonete. Por favor, preciso sentir e tocar seus lábios novamente. " – Leio e todos me encaram sorrindo. Minto, o Victor não está com uma cara boa. – Garçonete. – A chamo, ela vem e me entrega um papel e uma caneta chique.

- Vai mesmo fazer isso? – Victor pergunta sério.

- E por que não? Já me molhei mesmo. – Anoto meu número e entrego para a moça. – Agora me resta saber se afogo, nado ou boio. – Pisco o olho para ele que revira os olhos. Pego a taça de Martini e viro o liquido em dois segundos. – Porque todos os homens acham que todas mulheres bebem isso? – Pergunto me virando para o barman. Eu só levanto o dedo e ele já entende pegando uma garrafa de whisky.

- Porque grande parte das mulheres bebem isso. Quase noventa por cento. – Leo responde bebendo sua cerveja.

- Adoro fazer parte dos dez por cento que não bebe. – Outro Martini é colocado na minha frente e eu olho para Luciana que pega a bebida empolgada. Sem me aguentar começo a rir e quando Leo entende o motivo da minha risada, começa a rir também.


Inveja eu tenho é da Sophia que pode beijar ele!! Vamos combinar e quem não queria?

Espero que goste pessoal!!! Não deixem de votar e comentar!!

Beijinhos!!

La PropostaOnde histórias criam vida. Descubra agora