Dia 2 de 7:
Naquela noite não consegui dormir, acordava a cada meia hora assustada com os pesadelos, e um deles me marcou bastante.
Neste sonho, eu estava deitada no chão com o rosto sangrando e minha visão estava embaçada, sentia muita dificuldade para respirar porque algo no meu peito apertava tão forte que dificultava a passagem de ar.
Era um caos, tudo se movia muito rápido, mas mesmo assim eu via sombras desfocadas de cores escuras, mas a aura em volta de cada corpo era colorida, que me lembrava dos meus amigos e companheiros da Guilda que trabalhei, via todos eles caindo por terra, sendo cortados ao meio e aquele sangue sendo jorrado por todos os lados e as cores se apagando.
Uma destas sombras me chamava muito mais atenção, a aura desta sombra se mesclava com a sua própria cor, era um tom roxo muito escuro que emanava, porém era muito mais forte que todas as outras. E esta mesma aura estava andando tranquilamente no meio de todo o caos em minha direção.
Como não conseguia falar veio o desespero Não, por favor, não me mate, eu preciso viver, eu preciso proteger todos e aquela sombra cada vez mais se aproximava de mim, lentamente, com seus olhos roxos azulados queimando.
A tensão de não poder me mexer, me deixava mais desesperada.
Aquela sombra roxa chegou e eu já estava longe de mim, eu já havia aceitado a minha morte, quando senti aquele peso no meu peito ficando cada vez mais leve, e quando me dei conta, a sombra roxa estava com a mão estendida, me oferecendo ajuda para levantar, então eu acordei.
Fiz todo meu ritual matinal, mesmo estando com a cabeça somente no que o Jong-In havia me dito ontem por mensagem.
Não quis acreditar, tanto que até verifiquei mais vezes a mensagem para ver se não era um sonho. Mas não, era real, e algo me incomodava como se tivesse um espinho na minha mão que não queria sair.
Alimentei o Princeso, peguei o clássico café e fui para a escola, toda aquela breve conversa me deixou aflita de uma forma que não consegui me concentrar nas aulas, até os alunos perceberam que eu parava de falar repentinamente quando os pensamentos chegavam.
Min-joon também percebeu que eu estava péssima, depois de me contar sobre as conversas que teve com sua crush e eu não ter nenhuma reação.
Como um amigo que não deixa passar nada e se preocupa com os outros, clássico do Min-joon decidiu perguntar:
- O que houve em Hae-in? Você está mais quieta que o normal, nestas horas você estaria me xingando, ou falando seu ponto de vista, no mínimo!
- Nada, é só que eu estou meio aflita. Mas logo passa
- Por favor né, você está sim! Todos os alunos e professores estão me perguntando, todos conseguem ver na sua cara quando está mal, e quando não está.
Eu sou muito expressiva, não consigo transparecer o que eu estou sentindo por dentro. Que saco!
- Tuturuu - O meu celular toca e vejo a notificação de mensagem do Jong-in e nela está escrita "Confirmado para hoje as 19:00?"
Min-joon sentiu o frio que emanava da minha espinha depois de que eu li a mensagem. Certeza que chegou a uns - 50ºC.
Não posso mais esconder a verdadeira razão de estar mal, não para alguém que me conta tudo sobre a vida dele.
- Taaaa Min-joon, por favor, não fale pra ninguém, okay? - Me aproximei mais perto de Min-joon e falei baixinho- A Guilda me mandou mensagem e...
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Solo Leveling - O Último Sentido
Hayran KurguCha Hae-in foi caçadora há anos. Mas agora aposentada, vive normalmente a sua vida como professora de dança em uma escola na Coreia do Sul após um incidente em um portal, onde perdeu boa parte da sua memória de anos anteriores. Ela que com muito tr...