- Bem-vindos a minha humilde casa. – Todos se indagam incrédulos. – Podem entrar, fiquem a vontade.
- Humilde casa, hum... quem teve de matar para conseguir isso? – Analisou a mulher ruiva de cima a baixo. Sorriu e fez um aceno para que ela entrasse ignorando sua questão. "Que perspicaz", pensou acompanhando com os olhos a mulher, os outros pareciam surpresos, o que o deixou satisfeito.
- É enorme – diz a jovem bruxa encantada. – Nunca havia entrado num lugar assim. Parece que estou dentro de um castelo.
- Escolham o quarto que quiserem excluindo o principal, os senhores serão os meus hospedes por favor sintam-se em casa. – Diz sorrindo.
- Pode por favor me mostrar a cozinha. Preciso ferver água para tratar do meu irmão. – Pede a jovem caçadora.
- Sim posso com todo gosto. Me acompanhe senhorita.
- Rafael. – Rafael vira-se e analisa a jovem que tinha salvo dos bruxos há uns anos atrás. Era só uma criança quando a conheceu – Porque não vamos ajudar os outros?
- Eles não necessitam de nossa ajuda. Estão bem sem nós. – Diz ele sem vontade nenhuma de se misturar com os outros.
- A caçadora.... – Ele a interrompe
- Ela estava desesperada para salvar o irmão, uma pessoa desesperada é capaz de tudo. Ela apenas quis salvar o irmão, então engoliu o seu orgulho de caçadora da Grande Hidryss e aceitou a sua ajuda. Eles desprezam nossa existência e nos caçam feito ratos. – Chama atenção a pequena bruxa.
- Certas vezes me pergunto se esqueces de quando tu eras como eles. Sei que odeias os caçadores, entretanto, nem todos são iguais. – Diz tentando convencê-lo.
- Tudo bem, fazes o que te bem apetecer, ajuda quem tu quiseres ajudar. Vou procurar um quarto para descansar.
Patrícia analisou Rafael desaparecer nos corredores, deu de ombro e entrou no quarto onde estava Gabriel deitado na cama e inconsciente. Avistou o vampiro na janela, este se encontrava muito concentrado na tempestade que balança a floresta com os fortes ventos. Vira-se para ela com os olhos desconfiados.
- O que pensa que estás a fazer, se pensas que ele vai te agradecer depois que acordar, vosmecê está a se equivocar.
- Eu não faço por ele. Faço por Deus. – Daniel sorri.
- Bem, então vou procurar um quarto como fez o seu companheiro. Não faça nada estranho. Oh, antes que me esqueço. Bondade demais é burrice.
Daniel sai do quarto e se detém no enorme corredor, usa o seu olfato para descobrir quarto onde o lobo se encontrava. Caminha em passos curto e para de frente ao quarto, observa a porta. "Como diz o ditado, mantenha os seus inimigos por perto", pensa. Escolheu o quarto ao lado do Rafael.
Luke entra no seu quarto a sorrir. "Aquela mulher ruiva. Melhor estar atento com ela", pensa.
- Pensei ter prevenido a todos que podiam escolher qualquer quarto, menos esse Senhor? – Esperava uma resposta do homem que se encontrava na janela do seu quarto. Luke se apercebe que não obterá uma reação do desconhecido, então indaga. – Como se chama?
- Christopher. – Responde o desconhecido. – Tem uma bela mansão. "Ele fala pensei que era mudo", diz Luke a si mesmo mentalmente.
- Desculpai a minha intromissão. Não quis ofender-lhe de modo algum. – Fala enquanto sai do quarto. – Luke sorri, e fecha a porta se senta na sua poltrona ao pé da lareira acesa. "Este é outro que precisa de uma atenção muito cuidada para a minha própria saúde. Depois de ver suas habilidades.", pensa enquanto encosta a sua cabeça na poltrona.
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Hidryss Isto não é um conto de Fadas
Short StoryTodos querem viver na Grande Cidade de Hidryss, suas ações definiram seus caminhos e os seus olhos negarão seus destinos. Não basta ter razão, mas sim, saber tê-la. Heiryn sempre sonhou em um dia viver na Grande cidade e se casar com um conde, ser...