Barry*
A porta do elevador se abre, acho que nunca estive tão assustado, não devia ter trancado a gente lá, se alguma coisa tivesse acontecido com a Kara por minha culpa eu nunca me perdoaria. Com relutância eu separo nosso abraço e conduzo ela até a minha sala de estar.
Kara - seu apartamento é enorme - ela diz olhando em volta.
Barry - você acha? - nunca achei ele grande, claro que não era pequeno, pra mim ele era perfeito.
Kara - sim, meu apartamento todo é essa cozinha - ela vai em direção a cozinha que fica logo depois da sala.
Barry - que bom que gostou, quem sabe assim você pode vir me ver, ou ver o apartamento
Kara - será que alguém se machucou? - seu semblante muda, parece preocupada.
Barry - eu não sei, só vamos saber amanhã. O importante agora é que você está bem - eu seguro a mão dela tentando conforta-la.
Kara - graças a você, eu entrei em pânico, não sabia o que fazer
Barry - por favor não me agradeça, graças a mim você passou por isso
Kara - Barry, de jeito nenhum é sua culpa o que aconteceu na faculdade
Barry - eu não devia ter trancado a gente no teatro, eu fui irresponsável. Se alguma coisa tivesse acontecido com você...
Kara - não aconteceu nada comigo - ela pula em meus braços me envolvendo com os dela.
Barry - eu não suportaria...
Ela beija meus lábios antes que eu possa falar alguma coisa.
Kara - nós dois estamos salvos Barry, estamos bem e amanhã nós vamos voltar pra faculdade e vão nos informar que tudo não passou de um mal entendido e que ninguém se machucou
Barry - espero que esteja certa
Ela me abraça novamente, tentando me acalmar e aquilo funciona. Nós vamos até meu quarto, Kara usa uma camisa de time minha, ela até que fica bem nela, na verdade ela fica bem em qualquer coisa.
Kara - vou mandar uma mensagem pra Lena, avisar que não vou dormir em casa - ela caminha até o monte de roupa que ela deixou no canto do meu quarto e começa a vasculhar - ta com você?
Barry - o que?
Kara - meu telefone, ele não ta aqui
Barry - não ta comigo
Kara - devo ter deixado no teatro
Barry - não vai querer ir buscar agora
Kara - não, claro que não. Amanhã a gente procura
Eu me deito na cama e ela se deita na minha frente, de costas pra mim. E assim nós dormimos, toda aquela tensão do teatro me deixou exausto, e sei que ela também esta, fiquei muito aliviado de ter deixado o celular passar a noite lá, íamos brigar porque de jeito nenhum ela ia voltar pra faculdade hoje, na verdade não estou confortável de deixar ela ir nem amanhã, mas não posso forçar ela, eu não sei nem o que somos. Acordo no dia seguinte antes do despertador, foi uma péssima noite, sempre acordava por conta dos pesadelos, ver a Kara fria no chão de concreto, sem respirar, sem me responder, é no mínimo aterrorizante. Eu me levanto e tomo um banho, deixando a agua lavar meu corpo de toda tensão, volto para o quarto e visto somente a calça, minha camisa está no guarda roupa e não quero acordar a Kara. Vou até a cozinha e começo a prepara a massa de panqueca e fritar bacon, quando está pronto coloco tudo em dois pratos e sirvo na mesa, coloco a jarra de café que eu também preparei e duas xícaras, olho para porta e Kara estava me observando. Ainda estava com a minha camisa, e estava descabelada, até quando acaba de acordar ela é linda.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O curso do tempo - Karry
Hayran KurguSegunda parte de: Do outro lado da cidade. ___________________________________________ A vida de Barry muda quando ele vai a universidade, mas com o que ele não contava era que Caitlin, sua antiga paixão caísse na mesma universidade que ele. Dividi...