Capítulo 8

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Boa tarde! voltei.

Mais um capítulo quentinho pra vocês, não vou ser extensa, só aproveitem...

Boa leitura, perdoem qualquer erro.
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Maya Bishop Point Of View.
Seattle - Washington.

Um mês e meio havia se passado, entre as novas turmas de alunos haviam aqueles que se destacavam, com base nisso, marquei a primeira reunião para lançar a ideia de montarmos um mini-campeonato, alunos vs alunos, nada muito grande, apenas um incentivo para que eles continuem praticando Muay Thai.

- E que tal se for turma vs turma? - Miller fala.

- Da mesma faixa etária sim, mas não vamos colocar as maiores para lutar com as menores, de jeito nenhum. - Digo.

- Eu concordo com a Bishop. - Victoria, que anotava tudo em um caderninho, se pronunciou. - Não deve ser algo alarmante, sabemos o quanto muitas dessas crianças mal tem o incentivo dos pais.

- Exato. - Pontuou Miller novamente. - Precisamos demonstrar o desempenho.

- Muito bem, elaborem isso melhor e coloquem na minha mesa até o final do dia. - Avisei, levantando da arquibancada. - Hughes você vem comigo.

Caminhei de volta para a minha sala e ela me seguiu, fechando a porta ao entrar.

- Vou precisar de um documento assinado por você para autorizarem as crianças do orfanato a participarem.

Victoria disse assim que sentou na cadeira de frente para a minha mesa, a anos atrás nós passamos alguns dias numa casa de praia, éramos um grupo de formandos de diferentes cursos, todos reunidos pelo acaso de alugarmos o mesmo espaço e aceitarmos dividir as despesas, Emmett Dixon, Andy Herrera, Dean Miller e eu estávamos na mesma turma, formando em economia e gestão financeira, já Victoria Hughes, Travis Montgomery e Jack Gibson acabavam de se formar em serviço social, à primeira vista éramos desconhecidos sentindo o gostinho de estarmos formados, mas após aqueles dias nunca mais perdemos o contato, viajamos outras vezes, visitamos uns aos outros, foi assim que nos tornamos uma família, eles foram os primeiros a me apoiarem quando meu pai morreu, e meses depois quando decidi reabrir o instituto, com o apoio e o trabalho voluntário de cada um é que mantemos esse lugar funcionando.

- Vou imprimir agora mesmo. - Afirmei, ligando o computador.

- Como vai a médica bonitona com quem você tem saído?

- A gente não está saíndo Vic, já te disse isso um trilhão de vezes.

- Mas vocês estão próximas, isso não há como negar.

- Estamos, e daí?

- E daí que ela é bonita, você não é míope que eu saiba, óbvio que já reparou nisso.

- Porque todo mundo aqui fala dela como se a beleza fosse a única coisa interessante? Ela é brilhante, uma médica incrível, uma pessoa maravilhosa.

- Opa, espera aí. - Coçou a garganta. - O Jack é um babaca as vezes, e eu não mereço ser comparada a ele, vamos começar por aí.

- Pronto, o que mais você precisa? - Peguei o papel recém impresso e entreguei a ela. - Eu gostaria mesmo de trabalhar, se não se importar.

- Você é muito rude quando tocamos em assuntos que não quer falar sobre, sabia? Isso é agressivo, e você não precisa estar na defensiva, eu sou sua amiga Maya.

Sim, ela é, a melhor amiga que alguém poderia ter, a que largaria o próprio namorado do outro lado do país para vir correndo cuidar da amiga que havia perdido o pai, e ela fez isso sem nem hesitar. A observei colocar o documento na pasta, arrumar a bolsa sobre os ombros e levantar para sair, independente de não ser um bom dia, eu não precisava e nem deveria descontar isso em alguém.

𝙵𝚎𝚊𝚛 𝚃𝚘 𝙻𝚘𝚜𝚎Onde histórias criam vida. Descubra agora