Capítulo 10

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Esse capítulo tá muito bom kkkkkkkkk
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Meu pai sempre disse que vermelho era minha cor.

Nunca acreditei. A verdade é que não era minha cor favorita, na verdade, eu praticamente nunca usava nada vermelho.

Naquele dia, entretanto, minha mãe que escolheu minha roupa e é óbvio que ela apostou na cor mais clássica do natal. O vestido não era feio: tinha alcinhas, o tecido parecia seda, a parte do busto era mais soltinha e ele ia até a metade das coxas, contornando meu corpo, mas sem apertá-lo.

Estava bonito, mas ainda chamativo demais para um jantar na casa dos vizinhos.

Levei esses dia para me preparar psicologicamente para hoje e, obviamente, não adiantou de nada. Cada minuto que passava era meu coração se esforçando mais e mais para pular do meu peito e eu sabia exatamente o motivo.

Tentando não pensar nisso — o que parecia impossível —, caminhei até a sala de estar, onde meus pais já se encontravam.

— Eu disse que era vermelho. — Meu pai falou, assim que apareci. Alejandro não perdia uma oportunidade sequer de reforçar que estava certo. — Você está linda.

Me abraçou, beijando minha têmpora.

— O bolo já está no carro. — Minha mãe disse, entregando meu casaco, que eu coloquei. Estava frio. Muito frio.

Não precisávamos exatamente de um carro, se não tivesse o bolo. Fiz ontem e terminei hoje de manhã. Já tinha um tempo que eu não confeitava, por causa da rotina corrida e, voltar a fazê-lo foi revigorante.

Além de me ajudar a ocupar a mente.

Na verdade, manter a mente ocupada se tornou minha maior missão agora. Ficar no tédio se tornou arriscado depois daquele dia. Meus pensamento sempre me levavam para aquele momento, tipo agora, por exemplo.

Chegamos em meio minuto, literalmente. A casa dos Mendes estava lindamente decorada, até mais que a nossa.

O caminho até a frente da casa foi um sacrifício, a vontade era de correr de volta para meu quarto e me esconder.

Eu tinha absoluta certeza de que ia acabar soltando alguma coisa.

— Finalmente chegaram! — Ouvi uma voz de menina dizer e, em seguida, a porta ser aberta.

Aaliyah abraçou meus pais e em seguida fez o mesmo comigo.

— Garota, como você cresceu! — falei. — Quase do meu tamanho.

— Não é muito difícil isso acontecer. — debochou. Revirei os olhos, observando Manny e Karen virem me cumprimentar, após fazer com meus pais.

— Você já está enchendo o saco da Camila, Aali? — Manuel perguntou, brincando.

Era completamente estranho o fato de eu me dar tão bem com a família dele, exceto com o próprio Shawn.

Falando nele, ainda não havia nenhum sinal da sua presença. Talvez ele não tivesse vindo.

Estava começando a me sentir menos nervosa quando Karen disse:

— Vá chamar seu irmão. — Bufando, Aaliyah subiu as escadas. — Shawn leva horas pra se arrumar, não sei o que ele tanto faz naquele cabelo.

Nos conduziu até o sofá.

— Ele sempre vou vaidoso. — Minha mãe comentou.

— Vaidoso é pouco. — Manuel disse. — Nem Aaliyah consegue ser mais que ele.

PlatonicOnde histórias criam vida. Descubra agora