Capítulo 17

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O que acharam da capa nova?

Uns três capítulos pra história chegar na metade e ter a revelação do plot principal.

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— Você vai querer bolas? — perguntei, enquanto riscava o papel.

— Eu tenho cinco anos, Camila? — Millie respondeu, tentando espiar o que eu fazia.

A encarei.

— Eu ainda gosto de bola.

— Porque você você tem um cérebro de criança.

Revirei os olhos, estendendo o papel para ela.

— O que acha?

— Camila, isso tá perfeito! Em quanto tempo você faz?

— A festa é daqui há uns três dias, vou começar um dia antes, hoje eu vou fazer os doces.

Millie me abraçou com força.

— Muito obrigada. 

Ouvi o alarme do seu telefone tocar.

— Tá na hora de você sair. — falei. Ela bufou, pegando a bolsa. — A mulher da contabilidade ainda tá no seu pé?

— Ela só vai sair quando eu bater a cabeça dela na calculadora! — exclamou, abrindo a porta. — Até mais tarde.

Eu não lembrava de um único emprego onde Millie não havia arrumado uma briga com alguém. Essa era a consequência de ser totalmente boca aberta e não ter filtro.

Sabendo que deveria adiantar os doces, coloquei uma música no telefone, pois trabalhava melhor assim. Fazia tanto tempo que eu não confeitava e agora percebia o quanto isso me fazia falta. Trabalhar naquele restaurante era bom, mas sabia que meu sonho era ter minha própria confeitaria, economizar o dinheiro era essencial, mas seria bom confeitar uma vez ou outra quando tivesse tempo livre.

Hoje era quinta de manhã e feriado de quatro de julho, logo, não teríamos aula e o restaurante teve um problema na encanação. Amanhã seria meu dia de folga, o que me dava um bom tempo para fazer as comidas. Os pais de Millie haviam contratado um bufê, mas ela insistiu que o bolo viesse de mim. Eles tentaram me pagar, mas insisti que esse seria meu presente.

Ao meio dia, decidi fazer meu almoço. Peguei um filé temperado e o recheei com queijo, também fiz massa e creme de batata, aproveitando a quantidade para deixar para o jantar. 

Cantarolei, balançando os quadris no ritmo da música. Estava abrindo o armário para pegar um prato quando duas mãos seguraram minha cintura. Gritei, me virando com tudo e estapeando a pessoa no rosto.

— Meu Deus, Shawn, que porra você está fazendo? — exclamei, pondo a mão no peito.

— Eu chamei você e não tive resposta, girei a maçaneta e a porta estava aberta. — justificou, massageando o rosto.

— E por que você achou que seria uma boa ideia me agarrar?

— Eu queria fazer uma surpresa! — respondeu, indignado. Suspirei, me aproximando e segurando seu rosto. — Você tem a mão pesada.

PlatonicOnde histórias criam vida. Descubra agora