Todo mundo acabava mentindo pra mim. E se as coisas eram assim, todos eles às vezes mereciam ficar imóveis. Me sentia sozinha. Parecia rodeada de pessoas naqueles anos, mas me sentia sempre extremamente só.
Claggor e Mylon estavam ali, comigo. Queria mostrar eles para Violet. Ela entenderia que não os perdemos e poderíamos voltar a ser uma irmandade de novo. Para isso, a chapeleira da polícia precisava encontrá-la.
Ekko entrou pelo cômodo e a expressão em seu olhar era de decepção. Abracei meus joelhos. Havia um rapaz com ele.
- Jinx.
Não o olhei. Eu sabia exatamente o que ele estava fazendo ali: era o último atentado. Ele queria que eu parasse de chamar a atenção, mas eu precisava que a polícia inteira estivesse atrás de Violet.
- Você vai se machucar.
Um sorriso de canto se formou na linha expressiva dos meus lábios. - Não existe onde eu não esteja machucada, Chefinho. Se veio pra isso, pode ir.
- Estou aqui porque Ezreal descobriu uma pista enquanto explorava o terreno dos ataques.
Franzi o cenho. Quem diabos era Ezreal? Aquela loira aguada ali? Isso era sequer nome de gente?
- Meu nome é Jarro - ele começou a se apresentar e eu não segurei a risada - Jarro Prumaluz.
- E eu achando que "Ezreal" era ruim.
- Égua, seu nome é Powder. Tá me tirando?
Puxei a arma e apontei pra ele. - Tá falando alguma coisa? Eu não tô ouvindo.
Ele sorriu. - Não disse absolutamente nada demais. Enfim, ouvi algumas conversas de defensores e acredito que sua irmã tenha sido levado para Águamansa.
Meu sangue ferveu. Se isso fosse possível, meus olhos teriam mudado de cor. Levantei o canhão e o disparei por toda a parte superior do teto. Ekko se lançou sobre mim sem pensar duas vezes, correndo o risco de se ferir. Tirou a arma dos meus braços e me manteve imóvel no chão. Gritei tanto que meus pulmões perderam o fôlego e minha garganta doía. Fui vencida pelo cansaço e deixei que ele me parasse. As lágrimas teimosas e quentes não paravam de cair.
- Todos mentiram - Mylon me olhou e eu sabia o que aquele olhar queria dizer. Vingança - Todos eles.
Ele não parava de falar a mesma coisa. Eu não conseguia pensar direito. Ele devia estar certo, mas eu só queria deitar no chão e chorar como a criança que deveria ter sido, pela infância que não tive. Arranhei os sinais de fumaça desenhados pelas tatuagens em azul pelo corpo. Violet nunca iria me encontrar. Ela também me abandonou.
- A chapeleira, ela mentiu pra mim. Silco também. Ela vai pagar. Todos eles vão. Todos são meus inimigos. Todos! Vou destruir essa cidade e tudo o que ela representa.
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Procurada: VI
FanfictionEm sua primeira tarefa como nova Xerife da cidade, a piltovense Caitlyn Kiramman precisa localizar e deter a criminosa das ruas violentas de Zaun, conhecida como "VI", o que ela acreditava ser uma identificação numérica de uma irmandade. O que ela n...