POV. KARA ZOR-EL DANVERS
Fevereiro chegou e eu já havia terminado a cabana, voltei a cuidar dos meus negócios, esses dois meses de terapia e esse tempo sozinha me fez bem.
Fui até a cidade comprar móveis pra mobiliar minha cabana, entrei numa loja de móveis rústicos que a Lana me indicou, comprei um sofá de couro marrom e um box com colchão confortável.
Quando voltei pra casa me preparei pra o dia de trabalho, tinha reunião com o Collins e com o James e Kelly Olsen e com Marcela na vinícola, coloquei uma roupa confortável e fui resolver meus negócios.
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POV. LUTESSA LENA LUTHOR
Passar esses cinco meses longe da Kara foi difícil, mas eu aproveitei pra pensar e decidir o que fazer da minha vida, depois da formatura da Nia, eu quase fui atrás dela, mas minha enteada me convenceu a não ir e eu lhe repreendi, Kara estava tentando e não merecia ter sido tratada daquele jeito, simplesmente por não concordar com o noivado dela, não depois de tudo o que ela fez pela filha, Nia tentou argumentar, falando que ela me magoou e eu falei sério, ela me magoou e não era pra ela ter tomado minhas dores e tratado a mãe daquela forma.
Minha Dreamer ficou pensativa e disse que iria mandar mensagem pra mãe, uma semana depois ela foi me visitar na mansão em Metrópoles, disse que a Kara não estava respondendo as mensagens de ninguém, liguei pra Allura e ela disse que a Kara estava reclusa, deu ordem pra os empregados não dizerem onde ela está, mas a casa da fazenda estava fechada e a Laurel estava cuidando dos seus negócios.
Enfiei a cara no trabalho pra esquecer a dor da perda, sentia falta dela desde o dia que ela partiu e vê-la destruída daquela forma no dia da formatura me partiu o coração, Então decidir ir atrás dela, se ela não quisesse nada comigo, eu iria me mudar pra Itália e comandar a sede da LCorp de lá.
Cheguei em Smallville um pouco depois do almoço, pedi um taxi e fui pra fazenda, Claire me recebeu e me ajudou a levar minhas malas até meu quarto com a loira, o quarto estava limpo e com cara de que não era usado a muito tempo.
- A Srta. Kara desde que voltou dorme no quarto de hospedes. – Claire falou e saiu.
Troquei de roupa e fui para o meu escritório, ele estava limpo e tudo no seu devido lugar, coloquei a senha na porta do meu laboratório e estava do jeito que deixei, senti falta desse meu refúgio.
Fui para sala esperar pela loira, estava lendo um livro quando ela entrou na casa e ficou parada me olhando como se eu fosse uma miragem.
- Oi. – eu disse e ela me olhou confusa. – É muito tarde para conversarmos?
- Nunca é tarde para conversar. – ela disse, mas ainda estava paralisada.
- Você está bem? – eu questionei.
- Só quero ter certeza de que não estou sonhando. – ela respondeu.
Fui até ela e toquei seu rosto, ela fechou os olhos e senti suas lagrimas molharem minha mão, puxei ela pra um abraço e estranhei. Kara estava mais magra, ela estava fragilizada e se agarrava a mim como se sua vida dependesse disso.
- Me perdoe. – ela tentou se recompor e eu aproveitei e sequei minhas próprias lagrimas. – Vamos conversar.
Nós subimos até o nosso quarto e ela hesitou na porta, mas entrou mesmo assim em silencio e se sentou numa das poltronas que lá havia, me sentei na outra e a olhei, além de mais magra ela tinha olheiras debaixo dos olhos.