Capítulo Dois: Hogwarts

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A MENINA ABRIU SEUS OLHOS devagar, ainda se acostumando com a luz e vários rostos lhe encarando, todos embaçados. Mas rapidamente se levantou, e tornou a assimilar o que estava acontecendo, seu corpo doía, estava fraca, sentia-se como se nunca teria sido feliz em sua vida.

- Como se sente, Têmis? -perguntou o pai, olhando-a preocupado.

- Me sinto cansada... -murmurou a garota.

- É compreensível que esteja, por que raios você saiu pra enfrentar dementadores? Aonde estava com a cabeça? Tem noção do quanto eu fiquei preocupado? Ah, tome este chocolate e ficará melhor. Sorte sua que o filho dos Diggory te ajudou! - Remus estendeu uma barra de chocolate ao leite para a filha, que aceitou de imediato, sorrindo minimamente para o homem.- Se me der licença, vou falar com o maquinista.

Ele se levantou, acenou a cabeça para os outros no vagão e desapareceu no corredor.
A menina ficou minutos se deliciando com o chocolate, nem ao menos se ligando com o fato do trio continuar a dividir a cabine com a mesma, pois estavam mais ocupados em conversar com Harry sobre como foi a experiência de ter desmaiado graças à dementadores.

Não demorou muito até chegarem em Hogwarts, fazendo Têmis tremer em excitação, os estudantes que desciam do trem e aterrisavam na estação de Hogsmeade seguiram até uma pequena estrada, durante o caminho, muitos desses alunos encaravam Têmis com curiosidade até chegarem às suas respectivas carruagens puxadas por testrálios, a lupina seguiu seu caminho com a cara fechada e apenas se sentou no banco de uma dessas carruagens, seguida pelo trio do trem. Harry ainda estava muito abatido, e o outro garoto e a garota tentavam consolar o mesmo. Têmis sentiu um grande dejavu.

A garota tinha um gato persa em seus braços e assim que Gaspar o olhou, pareceu empinar o nariz e fingir que não havia visto. "menino exibido", pensou Têmis, soltando risadinhas baixas. Mas logo a menina que se encontrava do outro lado da carruagem pareceu notar sua presença apenas agora.

- Já sabe de qual casa irá ser? - questionou Hermione.

- Não, mas ficarei feliz em qualquer uma, por mais que eu deseje muito ficar na Grifinória. -disse simplista, dando um sorriso meigo.

- Também esperamos que você vá. - Granger retribuiu o sorriso.

E o resto do caminho todos se seguiram em silêncio constrangedor, o tal do Potter não parava de lhe encarar com aqueles olhos brilhantes verde-esmeralda, pareciam ler a sua alma, Têmis sentiu um frio na barriga inexplicável, então apenas tentava desviar sempre que podia.

Ao chegar em Hogwarts, Têmis foi direcionada a ficar entre os primeiranistas, que estavam encantados pela magia do lugar, e ela não estava diferente, era um castelo enorme e bem mais aconchegante que todas as casas abandonadas que já havia morado, todos se direcionaram à uma grande escadaria aonde estava uma moça de mais de meia-idade, com um vestido grande âmbar e um chapéu ponte-agudo, seu olhar de severidade e uma postura digna de alguém na qual Lupin tinha certeza que não deveria aborrecer, era Minerva McGonagall, a mulher bondosa que lhe dera roupas.

-Sejam bem-vindos à Hogwarts, após entrar no salão vocês serão selecionados para as suas casas. Elas são: Grifinória, Lufa-lufa, Corvinal e Sonserina. Enquanto estiverem aqui, suas casas serão suas famílias, seus triunfos irão render pontos e se quebrarem alguma regra, irão perder pontos. No final do ano, a casa com maior número de pontos ganhará a Taça das Casas. A cerimônia de seleção começará em alguns minutos.

Todos estavam tensos, alguns cogitaram a ideia de fazer uma prova, outros de derrotar um trasgo, por mais que já soubesse como ocorria a seleção, Têmis não pode deixar de rir das ideias malucas daqueles alunos.

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