Capítulo Nove: Dia Das Bruxas

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NA MANHÃ DO DIA DAS BRUXAS, Têmis acordou com os colegas e desceu para tomar café, sentindo-se estranhamente animada e esperançosa, embora se esforçasse ao máximo para agir normalmente.

- Vamos lhe trazer um monte de doces da Dedosdemel - prometeu Hermione, sentindo uma pena desesperada do amigo.

- É, montes - concordou Rony. Ele e Hermione tinham finalmente esquecido a briga por causa do Bichento diante do descontentamento de Harry.

- Hazz, se quiser eu fico com você... - propôs Têmis, dando um sorriso mínimo acolhedor.

- N-não, Mis, não precisa! - Harry corou fortemente e Hermione arqueou uma sobrancelha. Rony lerdo do jeito que era não tinha percebido nada.

- Mas eu insisto, não é justo você ficar aqui sozinho enquanto estamos todos lá. - disse calmamente.

- E também não é justo você ficar aqui e poupar sua alegria lá fora por minha culpa. - rebateu Harry.

- Mas aí a culpa seria minha por querer lhe fazer companhia. - Harry olhou para o chão envergonhado. - Ora, Hazz, não se preocupe!

- Tá bom, tá bom... - Têmis sorriu de orelha a orelha. - Não se preocupem comigo - disse Harry para os outros dois amigos, no que ele imaginava ser uma voz displicente. - Vejo vocês na festa. Divirtam-se.

Eles acompanharam Hermione e Rony até o saguão da escola, onde Filch, o zelador, estava postado à porta de entrada, verificando se os nomes constavam de uma longa lista, examinando cada rosto cheio de desconfiança, e certificando-se de que ninguém que não devia ir estivesse saindo escondido da escola.

- Vai ficar na escola, Potter? - gritou Malfoy, que estava na fila com Crabbe e Goyle. - Medinho de passar pelos dementadores?

- Ele está ocupado tentando poupar o tempo dele de ficar vendo a sua cara pálida ridícula. - rebateu Têmis, passando os braços por cima dos ombros do amigo que sorriu brandamente.

Draco pareceu incomodado.

Têmis e Harry não lhe deram atenção e se dirigiram conversando alegremente para a escadaria de mármore, seguindo pelos corredores desertos e voltaram à Torre da Grifinória.

- Senha? - perguntou a Mulher Gorda, acordando assustada de um cochilo.

- Fortuna Major - disse Harry.

O retrato se afastou e ele passou pelo buraco que levava à sala comunal. Estava
repleto de alunos do primeiro e segundo anos que tagarelavam e de alguns alunos mais velhos, que obviamente já tinham visitado Hogsmeade tantas vezes que a novidade se desgastara.

- Harry! Harry! Oi, Harry!

Era Colin Creevey, que segundo as histórias que Harry, Rony e Hermione lhe contaram, era um colega do segundo ano que tinha uma profunda admiração por Harry e nunca perdia uma oportunidade de falar com o seu ídolo.

- Você não vai a Hogsmeade, Harry? Por que não? Ei - Colin olhou com ansiedade para os amigos, ignorando Têmis que estava ao lado -, pode vir se sentar conosco, se quiser, Harry!

- Hum... não, obrigado, Colin - disse Harry que não estava a fim de ter um bandão de gente olhando, curiosa, para a cicatriz em sua testa. - Estou ocupado agora.

Os colegas agora os encaravam descaradamente e isso estava incomodando ambos que, depois disso, eles não tiveram escolha senão dar meia-volta e se dirigir ao buraco do retrato para sair.

- Para o que foi então que me acordaram? - comentou, rabugenta, a Mulher Gorda
quando ele, depois de passar, foi se afastando.

Têmis e Harry caminharam alegremente, bom, Têmis na verdade pulava ao lado de Harry em direção à Sala Precisa, o melhor lugar para se estar em Hogwarts, no meio do caminho se depararam com Filch, que obviamente acabara de despachar o último visitante para Hogsmeade.

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