Capítulo Dezessete: Firebolt

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TÊMIS E HERMIONE ENTRARAM no quarto dos garotos, Mione estava vestindo um robe e segurando Bichento, que estava com a cara de extremo mau humor e um fio de lantejoulas em volta do pescoço.

- Não entra aqui com ele! - disse Rony, apanhando Perebas depressa das profundezas de sua cama e guardando-o no bolso do pijama.

Mas Hermione não ouviu. Largou Bichento em uma cama vazia e grudou os olhos, boquiaberta, na Firebolt.

- Ah, Harry! Quem lhe mandou isso?

- Não tenho a menor ideia. Não tinha cartão nem nada.

Têmis arqueou uma sobrancelha e para sua surpresa, Hermione não pareceu nem excitada nem intrigada com a informação. Pelo contrário, ficou desapontada e mordeu o lábio.

- Que é que vocês tem? - perguntou Rony.

- Não sei - respondeu Hermione lentamente -, mas é meio esquisito, não é? Quero dizer, essa é uma vassoura muito boa...

Rony suspirou, exasperado.

- É a melhor vassoura que existe no mundo, Hermione.

- Então deve ter sido realmente cara...

- Provavelmente custou mais do que todas as vassouras da Sonserina, juntas - disse Rony alegremente.

- Bem... quem iria mandar a Harry uma coisa tão cara e nem ao menos dizer que mandou? - perguntou Hermione.

- Quem quer saber disso? - retrucou Rony, impaciente. - Escuta aqui, Harry, posso dar uma voltinha? Posso?

- Acho que ninguém devia montar essa vassoura por enquanto! - disse Hermione com a voz esganiçada.

Têmis, Harry e Rony encararam a garota.

- Não é pra tanto, Mione. Acho que só mandar Madame Hooch dar uma examinada já está de bom tamanho. - falou Têmis, examinando bem a vassoura.

- Como assim? - perguntou Rony.

- Essa vassoura veio sem identificação do remetente. E se Sirius Black mandou ela para Harry? - respondeu a grifana, como se fosse óbvio.

Os quatro se mantiveram em silêncio, o apontamento de Têmis era muito pertinente.

Mas antes que Hermione pudesse responder a suposição de Têmis, Bichento saltou da cama em que estava direto para o peito de Rony.

- TIRE-O-DAQUI! - berrou Rony, ao mesmo tempo em que as garras de Bichento rasgaram seu pijama e Perebas tentou uma fuga desesperada por cima do seu ombro.

Rony agarrou Perebas pelo rabo e mirou em Bichento um pontapé mal calculado que acabou acertando o malão aos pés da cama de Harry, derrubou-o, e fez Rony pular pelo quarto uivando de dor.

O pelo de Bichento de repente ficou em pé. Um assobio alto e fino começou a invadir o quarto. O bisbilhoscópio de bolso saltara de dentro das meias velhas do tio Válter e saíra rodopiando e cintilando pelo chão.

- Eu tinha me esquecido dele! - exclamou Harry, que se abaixou e recolheu o bisbilhoscópio. - Nunca uso estas meias se posso evitar... O pequeno pião girava e assobiava na palma da mão do garoto. Bichento sibilava e bufava para ele.

- É melhor você levar esse gato daqui, Hermione - disse Rony furioso, sentando- se na cama de Harry e massageando o dedão do pé. - Será que dá para você guardar essa coisa? - acrescentou ele para Harry quando Hermione ia se retirando do quarto. Os olhos amarelos de Bichento continuavam fixos nele, cheios de malícia.

Harry tornou a enfiar o bisbilhoscópio nas meias e atirou-o de volta ao malão. Tudo que se ouvia agora eram os gemidos de dor e raiva que Rony abafava. Perebas estava aninhado nas mãos do dono. Já fazia tempo que Harry o vira fora do bolso do amigo e teve a desagradável surpresa de observar que Perebas, antigamente tão gordo, estava agora magérrimo; e também tinha perdido pelos em alguns pontos do corpo.

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