Capítulo 13

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Não achei que a detenção ia ser limpar a biblioteca inteira

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Não achei que a detenção ia ser limpar a biblioteca inteira. Aquele lugar cheirava a guardado e a poeira antiga. Ficaríamos horas naquilo.

— Fala sério.. — Emma cruzou os braços se sentando em uma das mesas de madeira que ficavam no centro daquele lugar.

— Meu pai às vezes passa do limite — Martin disse indo até o armário e pegando os produtos de limpeza. — Deixem que eu faço isso, não tem problema.

— Óbvio que não — a loira o olhou incrédula — Vamos só esperar um tempo e saímos daqui.

— Pode ser pior, Emma. — Eu disse indo até Martin.

A porta foi aberta brutalmente e um homem de cabelos grisalhos entrou. Ele fechou a porta atrás de si. 

— Meu nome é Arnaldo e sou o responsável pela biblioteca e pela conservação dos livros. E hoje, eu serei responsável por vocês também, infelizmente.  — Ele resmungou o final e foi até a mesa principal, onde ficava os arquivos.

Só então, reparei no lugar em si. A biblioteca era enorme e tinha dois andares, com mesas redondas no andar de baixo e o de cima sendo somente de prateleiras. As cortinas eram em tons de azul bem escuro e as janelas pareciam ter mais de dois metros, sendo somente vidro.

— Você, você e você — ele aponta pro Henrique, pro Kael e pra mim. — Vão ficar com a parte de cima. A lista é essa aqui.

Ele me entrega um papel com todas as coisas que tem que ser feitas, pisquei indignada com aquilo.

— Já o resto fica aqui embaixo e a lista é essa — Ele entrega outro papel para Martin, que parece ser até menor do que a que estava nas minhas mãos.

— Então vamos levar a culpa por praticamente nada?  — perguntei e ele me olhou sério, fiquei calada e ele abanou a mão, como se dissesse para a gente sair dali e começar o serviço. Foi o que fizemos.

— Isso é injusto, o diretor é um arrogante idiota — Emma sussurrou pra mim.

— Só vamos terminar logo pra irmos embora — Henrique respondeu e seguiu entre as prateleiras.

Eu segui atrás depois de respirar fundo e me despedir de Emma, com os olhos. Observei Kael e ele sorriu, seguimos Henrique, que caminhou até um carrinho com diversos livros, ele pegou o primeiro livro, capa vermelha, uma garota ruiva na capa. Eu já havia lido esse livro, ele sorriu e abriu, tocando as páginas e parando em uma específica. Desviei o olhar para a lista.

— Essa pilha deve ser colocada na estantes do porão. São livros antigos, tem livros de quando a cidade foi construída.  — eu disse. Todas aquelas informações estavam naquela bendita lista.

Ele não me respondeu e eu suspirei, já começando a ficar nervosa. 

— Eu acho melhor irmos fazendo outras coisas. — O aluno novo sugeriu e eu voltei a prestar atenção na lista.

Mentira SilenciosaOnde histórias criam vida. Descubra agora