Capítulo 4

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Os pesadelos não me deixariam em paz, era o que eu estava esperando, dormir se tornou algo difícil de se fazer

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Os pesadelos não me deixariam em paz, era o que eu estava esperando, dormir se tornou algo difícil de se fazer. Encarei o teto acima de mim, tentando organizar meus pensamentos. Eu deveria voltar a dormir? E se eu me levantar agora e esperar?

Pensar não iria adiantar em nada. Me levantei e fui até a janela, abri a janela devagar para não fazer barulho e respirei o ar fresco. Observei a floresta, as árvores, galhos secos e folhas caídas no chão. A luz estava linda, porém já estava deixando o céu para o sol se fazer presente.

O vento batia no meu rosto e de vez em quando me deixava soltar um suspiro de exaustão sem me preocupar se iriam ver. Sobre o que eu estava pensando?

Observei o loiro, não, os loiros que caminhavam pela floresta adentro. Eles estavam rindo baixo e.. Bom, as camisas resolveram não acompanhar os garotos, já que estavam sem.

Logo sumiram entre as árvores, alguns minutos se passaram e Emma saiu de casa indo na mesma direção e isso me preocupou. O que ela estava fazendo?

Certamente eu iria me arrepender depois, mas o impulso me fez abrir a porta do quarto bem devagar e descer as escadas quase em um pulo, e quando percebi já estava fora de casa seguindo a loira floresta adentro.

— Droga — resmunguei quando decidi voltar e já não sabia o caminho por onde havia vindo.

— O que está fazendo aqui? — A voz me pegou de surpresa me fazendo soltar um grito um tanto baixo. O meu medo se foi assim que me virei e encarei os olhos verdes mais bonitos que poderia existir.

— Henrique? — minha voz saiu fraca e ele riu, o que me fez perceber seu peitoral desnudo que era bem definido.

Minhas bochechas ficaram quentes.

— Quer um pedaço? — ele perguntou e eu desviei o olhar automaticamente.

— Que? — Neguei com a cabeça — Tem dois garotos na floresta e Emma foi atrás, fiquei preocupada e vim ver se ela ficaria bem.

— É isso mesmo? — ele não tirava aquele sorriso idiota dos lábios, oque me irritava.

— Não, tô no meio da floresta na madrugada para procurar gnomos e olha, acho que achei uma aberração — Revirei os olhos e ele fechou a cara, suas sobrancelhas estavam quase juntas e sua feição séria.

— Me chamou de aberração? — ele falou em um tom de voz grave, o que me deixou preocupada. Sua postura mudou, seus olhos pareciam que a qualquer momento sairia faíscas.

— Eu.. Eu vou atrás da Emma — avisei dando as costas e tentando sair o mais rápido dali, mas o mesmo segurou meu pulso me fazendo encará-lo.

— Eu não sou uma aberração — ele falou baixo, encarando meus olhos e depois soltou meu pulso andando na frente.

Caminhei atrás dele em silêncio, tentando não me perder já que ele era rápido e não parecia querer me esperar.

Henrique se esgueirou entre algumas árvores e logo a visão me surpreendeu.

Mentira SilenciosaOnde histórias criam vida. Descubra agora