Capítulo 9

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Estar sentada naquela mesa enquanto observava os outros se divertirem não era o que eu queria estar fazendo, mas não estava no clima para dançar

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Estar sentada naquela mesa enquanto observava os outros se divertirem não era o que eu queria estar fazendo, mas não estava no clima para dançar. Eu não era uma pessoa que saia pra festas, não era uma pessoa com a vida social ativa.

As luzes da boate piscavam em tons específicos de cores e jurei que havia contado todos até não lembrar mais. Emma estava dançando com os Smith, já a Clara parecia estar se divertindo conversando com uma garota que eu nem sabia quem era.

Me cansei de ficar ali e me levantei procurando a saída, se eu pudesse ao menos respirar novamente sem toda aquela gente por perto.

— Eu já disse que não tem como continuar com um relacionamento onde nós dois sabemos que não existe mais nada. — escutei uma voz e parei de andar, não era certo escutar a conversa de ninguém, ainda mais escondida atrás de uma parede de madeira com possibilidade de ser vista.

— Henrique, isso sempre acontece, a gente termina, volta, termina de novo e volta… tudo se repete diversas vezes. Quer mesmo terminar algo que construímos com o tempo? — ela perguntou e parecia estar abalada, mas não demonstrava.

— Morana. Dessa vez não tem volta. — ele afirmou — Eu sinto muito, mas não podemos continuar assim, você merece alguém que a ame. E eu não sou essa pessoa.

— Tudo bem — ela concordou com a cabeça meio conformada com a situação. — Se é isso que quer. Terminamos exatamente tudo aqui.
— É o que eu quero. — ele diz.

Sou surpreendida com as mãos na minha cintura e olho para trás, um cara me virou e me prendeu contra a parede, de modo que fiquei tão surpresa ao ponto de não ter reação. Observei os olhos castanhos a minha frente do homem que nem mesmo sabia o nome, não parecia ter mais de vinte e três anos, desci os olhos para a boca do mesmo automaticamente e me senti desconfortável.

— Qual seu nome? — ele sussurrou e eu reprimi os lábios sem saber se respondia.
Henrique passou por nós e notei seus olhos nos meus, ele seguiu em frente e eu voltei a atenção para o homem na minha frente.

— Elizabeth — respondi e tentei sair, mas ele barrou.

— É um belo nome.. — ele sussurrou e aproximou o rosto do meu pescoço, sussurrando em meu ouvido — O que acha de se divertir comigo?

Tentei empurrar ele, mas ele era forte.

— Não quero, valeu — respondi ao perceber do que se tratava — eu tenho compromisso, por favor, me dê licença.

— E se eu não quiser? — ele riu e eu comecei a ficar nervosa.

— Eu NÃO quero — suspirei e tentei empurrar ele com mais força, mas, Henrique não parecia ter problema com isso quando o virou e o soco, segurando meu pulso e me puxando.

— Ela não quer, tá surdo? — ele disse pro cara que estava com a mão no nariz, o sangue começou a escorrer.

— Tá se metendo, porque cara? Ela é sua namorada por acaso? — o homem indagou.

Mentira SilenciosaOnde histórias criam vida. Descubra agora