Capítulo 24

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Ele me encontrou encolhida embaixo de uma árvore alta. Sem dizer nada, ele me abraçou, seus braços me envolveram e eu deitei na cabeça em seu peitoral. Seus lábios tocaram minha testa em um beijo e senti sua respiração quente no meu rosto. Eu fechei os olhos evitando olhar seu corpo, onde a camisa faltava. Queria perguntar o que havia acontecido com ela, mas percebi que a mesma estava em volta do meu corpo em seguida. A social branca me envolvia me acolhendo do frio. E ele me apertou contra seu peito, pude escutar seu coração batendo.

Naquele momento nenhum de nós disse alguma coisa, o silêncio reinou, apenas se escutava a noite sussurrando todos os segredos que nasciam naquela hora, as árvores balançavam e a chuva começou a cair, molhando tudo ao nosso redor. Alguns pingos caíram no meu rosto e eu me encolhi mais ainda nos braços do garoto que tentava me proteger do escuro daquela noite.

Parecia que o mundo havia parado, a chuva aumentado, o vento soprado e o Henrique estava do meu lado. Suas mãos acariciavam meus cabelos, e eu fechei os olhos me deixando ser mimada por ele.

Quando abri os olhos novamente, eu estava deitada no banco de trás de um carro, minha visão estava um pouco embaçada, continuei na mesma posição. Reparei que havia um um edredom em cima de mim e escutei uma respiração pesada, logo após, alguns murmúrios de conversa, e então fechei os olhos para fingir estar dormindo.

– Como deixou isso acontecer? – parecia a voz do Kael.

– Não deixei, só aconteceu. E não fale comigo assim, só está aqui por que não to afim de esconder seu corpo depois. – Henrique respondeu.

– Como se você fosse inteligente para isso. – debochou o loiro, abri um pouco os olhos, vendo um pouco de sua silhueta e fechei os olhos novamente. – Quero ela segura, acha que ela está bem?

– Ela vai ficar, ela é forte. E eu estou aqui para cuidar dela, ela sabe que tem meu ombro para chorar quando precisar.

Ele não fala assim. Abri os olhos e o peguei me olhando pelo retrovisor, corei e ele riu. Maldito! Estava me provocando.

– Por que não perguntamos para ela? – Kael disse e eu quase infartei, comecei a tossir e me levantei.

– Desde.. desde quando sabiam? – perguntei e os dois pareciam cooperar para me fazer ficar envergonhada e constrangida.

– Sabíamos o que? Que você estava tentando escutar nossa conversa escondida? – Henrique respondeu.

– Não é da sua conta, alias.. por que parecem amigos de velhos tempos se estavam quase se matando a minutos?

– Não se preocupe, querida. Ainda quero matar ele, mas como ele te ajudou, não irei fazer isso agora. – o loiro parecia diferente, sua voz estava carregada de arrogância e ao mesmo tempo doçura.

Mentira SilenciosaOnde histórias criam vida. Descubra agora