Depois que o pai de Elizabeth Monroe foi acusado de assassinato, ela teve que se mudar para a residência de sua tia, irmã gêmea de sua mãe, juntamente com sua irmã. Ela não esperava encontrar um rapaz bastante enigmático, que parecia ter conheciment...
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O final de semana já havia chegado. Eu recebi uma mensagem da Morana me chamando pra tal festa no iate dela, e eu não queria ir. De verdade, eu preferia ficar em casa.
Estava preocupada com a Celine, que estava a caminho de casa fazia uns dias, por causa do diretor e que ainda não havia chegado. Não estava nem mesmo olhando na cara do Henrique, evitei contato com a Emma, mas ela pediu tantas desculpas, que não consegui continuar dizendo não.
Clara estava experimentando um vestido na frente do espelho do meu quarto, um que era meu. Azul, alcinhas finas, e soltinho em baixo.
— O que acha? — ela perguntou, se virando para mim e observei bem o vestido. O decote era em "V", então não mostrava tanto, mas ao mesmo tempo dava um ar de sexy.
— Tá lindo em você, pode ficar com ele — a olhei e voltei a ler meu livro, já que eu estava deitada na cama, segurando "Dom Quixote".
— Mesmo?
— Mesmo — repeti — eu não uso mais, faz um tempo.
— Obrigada — Ela disse se observando no espelho e dando alguns giros animada. — Não vai mesmo?
A olhei como se eu dissesse; "Olha pra minha cara e vê se tô afim". Ela deu de ombros e se virou. É óbvio que eu não iria, mesmo as garotas insistindo muito, eu não me sentiria confortável lá. Não depois do que aconteceu.
— Eu acho que você vai querer ir..., — Emma falou, e eu a olhei sem entender o porquê de tanto "achismo."
Ela estava em frente à janela e logo em seguida saiu do quarto, descendo as escadas quase que correndo. Me levantei e olhei pela janela; vi uma moto estacionada e não reconheci. Clara se aproximou também, observando aquele veículo estranho.
— Elize! — A voz da loira soou no quarto. Emma estava me chamando. Desci as escadas e me surpreendi quando vi a morena ali.
Morana me observou dos pés à cabeça, parecia me julgar por não estar pronta. Nenhum som saiu dos meus lábios. Fiquei esperando ela esbofetear meu rosto, mas ao contrário disso, ela balançou a cabeça, negando.
— Você está péssima, parece que um caminhão passou por cima de você. O que tá rolando? — Ela perguntou, mas já sabia a resposta.
— Não tô afim de ir, até porque nunca foi muito algo que eu gostasse de fazer. Não vou me sentir bem, e com todo mundo te julgando, — expliquei.
— É sério isso? — Ela olhou para Emma, que suspirou e subiu as escadas quase que correndo. — Posso te fazer uma pergunta?
— Pode. — Senti que meu corpo inteiro ficou tenso, eu fiquei tensa.
Morana estava usando um top vermelho e um short jeans curto, os cabelos pretos e ondulados indo até abaixo do quadril. Uma maquiagem no rosto, bem leve, o que só ressalta a beleza dela.
