Depois que o pai de Elizabeth Monroe foi acusado de assassinato, ela teve que se mudar para a residência de sua tia, irmã gêmea de sua mãe, juntamente com sua irmã. Ela não esperava encontrar um rapaz bastante enigmático, que parecia ter conheciment...
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Muitas pessoas haviam comparecido ao velório. Todo mundo estava de preto. Eu havia chegado junto com a Emma, a Celine e o Diogo. Viemos no carro deles e no caminho conversamos um pouco sobre coisas aleatórias. Diogo gostava de falar sobre os treinos, mas também parecia preocupado e não havia um só momento, que ele não desviasse o olhar da estrada para ver como sua esposa estava, dava pra notar o amor deles de longe e também de perto. Ele segurou a mão dela assim que descemos do carro, Emma estava quieta, mas dava pra ver em sua feição o quanto ela queria ir embora.
David e Martin já estavam ali, junto com sua mãe, a delegada. Estavam lá na frente, o corpo estava sendo velado na igreja e logo seria levado ao cemitério. Entramos e caminhamos até um lugar que estava vazio, na terceira fileira, e nos sentamos. Os olhares estavam todos em Emma, muitos murmúrios, já que a roupa que ela usava não era algo “muito comum”, de se usar em ocasiões tristes como essa.
David parecia meio perdido, o terno preto estava ressaltando sua beleza de uma forma divina, que era impossível de não notar e o Martin estava como um cavalheiro, era exatamente como eu imaginei que ele ficaria. Os dois olharam em nossa direção, eu dei um sorriso calmo, como quem dissesse que sente muito e eles retribuíram, em seguida olharam para Emma e eu tenho certeza absoluta que o coração dela naquele momento deve ter implorado por ajuda, graças aos batimentos acelerados, dava pra notar que por baixo daquela maquiagem seu rosto ficava rosado, ela sorriu pra eles e eles pareciam cachorrinhos prontos para fazerem de tudo por ela.
Os olhares seguiram para a entrada da igreja e como todos haviam desviado o olhar, eu desviei o olhar também. Era o Henrique, ele usava uma jaqueta de couro preta, uma blusa branca por baixo, era social, mas estava com os primeiros botões abertos, a calça preta, ele estava lindo…
– O que? – Emma sussurrou do meu lado e então eu caí na real.
Ele estava de mãos dadas com a Morana, o vestido preto decotado, cabelos soltos, ela estava linda e andava como se fosse a dona daquilo tudo e de fato, ela era. Ele era dela e ela sabia disso. Meu coração se apertou e eu desviei o olhar pra frente, o que não adiantou, já que eles passaram por nós. As três duas da prefeita estavam ali, incluindo ela e seu marido, que eram belíssimos. Aquela família toda era perfeita, a beleza de cada um deles era única e angelical de uma forma completamente diferente. Os azuis como o oceano, cabelos escuros como a noite em seu dia mais tempestuoso. Era como o bom e o mal ao mesmo tempo.
– Depois você baba. – Emma sussurrou e eu desviei o olhar deles pras minhas mãos que estavam apoiadas sobre minha calça.
Eu estava com uma blusa preta com mangas longas que cobriam todo o braço e uma legging preta, e nos meus pés uma bota de cano curto.
– Pare de se comparar.. – Emma sussurrou.
– Eu não estou…
– Elizabeth? – desviei o olhar e vi o Kael, ele sorriu para mim e eu fiz o mesmo. – posso me sentar aqui?
