As ruas de Edensing pareciam vazias, enquanto o carro entrava no começo da cidade, passamos pela prefeitura da cidade ,seguindo rumo a uma enorme praça que ficava em frente a um colégio enorme onde todos que moravam ali pareciam estudar. Havia apenas um colégio?
— Estamos chegando — o oficial John avisou.
Meus olhos continuavam a observar cada casa que aparecia no caminho, cada carro que passava por nós. Alguns adolescentes na rua rindo e se divertindo, nada daquilo era animador. Depois de alguns minutos o carro entrou em uma estrada que parecia seguir em direção a floresta.
— Saímos da cidade? — perguntei estranhando o rumo inesperado.
— A casa dos seus tios fica um pouco mais a frente — ele respondeu calmo.
Não disse mais nada, mas senti meu corpo ficando em estado de alerta. Clara estava ao meu lado ainda sem expressão, mas assim que coloquei os olhos nela, a mesma me encarou chorando e segurou minha mão fortemente.
— Clara, o que foi? Quer me dizer algo? Está sentindo alguma coisa? — perguntei preocupada e ela virou o olhar para o homem que dirigia, mas nos encarava pelo retrovisor do carro.
Ela negou com a cabeça, enquanto tentava engolir o choro.
Tentei acalmar a minha gêmea, que não se parecia nada comigo. A viatura parou em frente uma enorme mansão e o policial saiu abrindo a porta.
Clara abriu a porta rapidamente e saiu do carro puxando o ar várias vezes, me fazendo ficar preocupada.
— Não chora, por favor. Vamos ficar bem, está bem? — Encarei seus olhos azuis, que pareciam o céu numa tarde de verão, mas agora estavam em um azul tão escuro quanto o mar em noite de tempestade.
Segurei sua mão e me virei para olhar novamente a casa onde minha tia morava. Acabei sendo surpreendida por uma moto que passou rapidamente saindo sei lá de onde. Havia um garoto dirigindo, cabelos pretos, não consegui ver bem.
Seus olhos me encararam e eu não consegui distinguir quais eram as cores de suas íris. Nem mesmo consegui ver se ele estava sorrindo ou sério, o capacete em sua cabeça não permitia que minha curiosidade fosse aniquilada.
— Celine Monroe Evans — o policial disse despertando minha atenção. Me voltei para a porta e caminhei até a mesma, junto com Clara.
— Oh.. São elas? — ela ignorou o cumprimento e se virou para nós.
— Sim — o oficial John respondeu sem muito ânimo.
Encarei a mesma e tive certeza absoluta que era nossa tia. Seus olhos, cabelos, seu andar, tudo.. Era exatamente como nossa mãe.
— Meninas, como cresceram! — ela sorriu vindo até a gente.
Seus olhos eram azuis como os de minha mãe, seus cabelos eram castanhos e lisos e desciam até um pouco mais abaixo de seus ombros. Ela encarou minha irmã que estava com o rosto vermelho pelo choro e sorriu.
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Mentira Silenciosa
VampireDepois que o pai de Elizabeth Monroe foi acusado de assassinato, ela teve que se mudar para a residência de sua tia, irmã gêmea de sua mãe, juntamente com sua irmã. Ela não esperava encontrar um rapaz bastante enigmático, que parecia ter conheciment...