Capítulo 6

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-Mamãe me contou que vocês vão tentar novamente - Evan falou.

Kiara havia saído para tomar um ar, era o segundo fim de semana seguido que eles vinham vê-la na Land e isso a estava sufocando um pouco. Não é como se ela não os amasse, eles eram tão importantes quanto Párduc, mas sua família sabia como sufocar alguém até o ponto de enlouquecer a pessoa.

-Sim, não desistimos  - Kiara respondeu, resistindo ao instinto de levar sua mão à barriga que ainda não demonstrava sinais da gravidez.

-Tem certeza de que é uma boa ideia? Não estou concordando com a ideia louca dela de que um dia você vai acordar e perceber que cometeu um erro ao casar com um linhagem, mas tenho medo de que isso seja demais para você.

-Evan, o que está acontecendo com nossa mãe?

Seu irmão suspirou e sentou na cadeira ao lado dela, os olhos voltados para o jardim da frente enquanto admirava as margaridas bem cuidadas, Evan sabia que era trabalho de Párduc, sua irmã era incapaz de cuidar de um cacto sem fazer com que ele morresse de sede. Seus pais saíram com seu companheiro para acompanhar a ampliação dos muros e construção de novas residências, o acordo para ajudar mulheres que sofrem violência domésticas está quase concluído, falta apenas finalizar as obras das casas em que elas vão morar.

-Não sei, Kia, ela tem sido mais ríspida esses últimos dias.

-Dias? - Kiara bufou - Mamãe tem agido como se Párduc fosse uma doença contagiosa e mortal.

-Ela nunca gostou dele, nem da ideia de te ver casada com alguém que não fosse 100% humano, mas, ultimamente, ela tem sido mais clara sobre isso, a sutileza que ela mostrava sobre esse assunto não existe mais, embora nosso pai ainda faça com que ela seja menos agressiva.

-O que aconteceu?

-Também não sei, mas espero que ela consiga mudar, não quero perder contato com você só porque mamãe resolveu se juntar aos grupos de ódio. Isso arruinaria nossos almoços de domingo.

-Sim, arruinaria. Só espero que mamãe não me faça escolher entre ela e Párduc, não é uma escolha difícil.

-Eu também espero que não.

Os irmãos ficaram em silêncio, tentando imaginar os vários motivos que levaram a essa mudança drástica no comportamento de Anna. Sua repulsa por Párduc não era nenhuma novidade, todos eram cientes disso, mas o sentimento sempre foi demonstrado com polidez, Anna mostrava de forma sutil que não apoiava o relacionamento deles. Mas, já fazia algum tempo que ela havia saído da zona passiva-agressiva para apenas agressiva.

Mais tarde, naquele mesmo dia, Kiara ainda estava tensa, ainda pensava, enquanto Párduc terminava de organizar todas as coisas para que pudesse deitar ao lado de sua companheira, ele podia sentir a tensão do outro lado da casa, mas esperou até a hora de dormir. Kia sempre foi uma mulher de duas rotas de escape, brigar ou gastar suas energia transando e, quando Párduc foi arremessado na cama, ele soube qual das duas opções sua companheira havia escolhido.

-Eu não posso levá-la, Kia - ele gemeu.

-Não, não pode, então espero que você seja criativo.

E Párduc foi, ele levou sua companheira das melhores formas possíveis sem penetrá-la, deixando Kia gemendo e implorando por mais, mesmo sabendo que não poderia tê-lo. Mas, ele poderia tê-la e o fez, teve Kia gemendo em sua língua e dedos antes de cair exausta em seus braços, a teve falando coisas desconexas para, assim que o êxtase passou, chorar em seus braços, mas, ainda assim, a teve.

-Não escute sua família - Párduc falou quando a puxou para seus braços.

-Você está muito falante para alguém que não gozou ainda.

A trilha de beijos que Kia deixou foi esquecida assim que ela o chupou pela primeira vez, Párduc não poderia fodê-la, mas poderia foder sua boca e lembrou disso assim que a mulher o colocou fundo em sua garganta. Ele enrolou os cabelos em torno dos seu dedos enquanto mergulhava seu pau na boca úmida e receptiva de sua companheira, Kiara não engasgou em nenhum momento, não o rejeitou, ela parecia muito mais do que feliz do que tê-lo completamente em  sua boca enquanto massageava suas bolas e o levava mais perto da borda do que ele esteve em dias. 

Kiara sentiu quando ele chegou perto, muito perto, o suficiente para tencionar e levantar seu quadril querendo ainda mais do que era possível, então ela apenas se permitiu engolir o resultado de seu trabalho antes de se aconchegar ao lado dele, afinal, era aquilo que seu médico havia recomendado, repouso e sem penetração.


Linhagens - PárducOnde histórias criam vida. Descubra agora