Capítulo 23

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"Começaremos quando quiser." Gaël diz desfererindo socos no saco de boxe a sua frente.

Não faz muito tempo que vim ter com ele na sala de treino. Faz algumas semanas que temos feito isto, e sinceramente não sei qual é a parte mais difícil, se é aprender os golpes que ele tem me ensinado, ou vê-lo o tempo todo sem camisa.

Isto tem nos aproximado e posso dizer que não gosto da sensação que me causa toda vez que estamos próximos.

Devo me odiar por desejar o homem que está prestes a tornar a minha vida em um inferno?. Talvez, mas não consigo desviar o olhar do seu corpo neste momento, penso que os treinos que ambos temos feito o tenha deixado mais atraente.

Gaël esta com os cabelos úmidos do seu próprio suor, seu corpo inteiro fica suado toda vez que ele deposita a sua força no saco de boxe a sua frente, e desfere socos ágeis como um profissional.

Eu pudia vê-lo fazer isto o dia todo, mas o que menos quero é fazê-lo se a perceber da minha insanidade.

Jamais havia desejado um homem, está é a primeira vez que olho para um homem e o imagino tocando em meu corpo. Tenho tido estes pensamentos desde que o vi nu em seu quarto. E isto não mudou mesmo depois dos últimos acontecimentos.

Seja como for preciso acabar com estes pensamentos, e sem falar que o gaël jamais se interessaria por uma prostituta.

"O que iremos fazer primeiro?." pergunto, interrompendo o seu treino.

Ofegante Gaël olha para mim e presumo que talvez um pouco de água o traga de volta. Então caminho até a garrafa de água sobre a cama de levantar peso e a levo até ele.

De imediato a garafa de água vai até sua boca. E céus, eu desejei estar no lugar dela.

"Obrigado." ele agradece e um sorriso torto habita em seus lábios." Pode começar por me mostrar os seus ataques de defesa." sorri e pousa a garafa.

"Não entendo por quê tenho de aprender estás coisas." resmungo e ele caminha até mim parando a minha trás.

"Pense que talvez eu seja algum tarado que está pensando em toma-lá a força." ele diz e toca em meu braço o levando para trás.

"Irónico, isto teria me ajudado bastante há sete anos atrás." digo quando me lembrar do primeiro homem que me tomou a força.

"Está querendo dizer que já..."

"Estou apenas sendo sarcástica." o interrompo.

"Ah, é claro." suspira." Lembra da última vez que a imobilizei na estação de trem?." ele diz em susuros.

"Como poderia esquecer da noite que quase cortou a minha garganta." digo e sorrio fraco.

"Bem, me mostre o que aprendeu durante o tempo que treinamòs."

"Tudo bem" afirmo."

"Então, eu sou um homem tarado que quer lhe tomar a força, estou segurando no seu braço." ele aperta o meu braço como da primeira vez." Irei imoblizá-la e....." o faço parar de falar quando seguro em seu braço e uso a técnica de lhe derrubar para o chão. Até eu mesma estou impressionada por ter agido tão rápido, penso que talvez tenha sido as memórias que tomaram o meu corpo.

"Meu Deus! Eu lhe machuquei?." questiono quando o vejo gemer de dor jogado no chão. Ele toca em seu braço, provavelmente está é a parte que mais o dói.

"Está tudo bem, estou impressionado, foi muito rápida." sorri fraco.

"Deixe-me ajuda-lo a se levantar." estendo a mão para que ele me dê a sua.

"Claro." ele afirma e segura na minha mão. Quando penso em ergue-lò Gaël me puxa e faz com que eu caía sobre o seu corpo."E o tarado vence, jamais pense em ajuda-lo." ele adiciona talvez perto demais do meu rosto. Estamos próximos, tão próximos que sou capaz de me perder em seus olhos esverdeados. Isto me faz lembrar da vez em que ele me tirou a bolsa e me imoblizou com o seu olhar.

"Irei me recordar disto da próxima vez." digo com os olhos fixos nos dele.

Havia um silêncio naquele momento e por alguns instantes imaginei os nossos lábios em guerra.

"Vejo que estão se focando bastante no treino." a voz soa e me faz sair rápidamente de cima do Gaël.

Agradeço por ele ter chego a tempo, vai saber o que eu teria feito a seguir.

"Estava mostrando a Dayane uma técnica de defesa para se aplicar a homens tarados." Gaël diz e faz o seu amigo gargalhar.

"Bem, neste caso talvez devesse me ensinar também." sugeriu.

"Quando irá parar com este jeito meio gay?." ele arqueia a sobrancelha e cruza os braços.

"E quando irá intender que sou realmente gay?." nacho diz e não resisto em dar risada.

"Eu sei disto, estou apenas brincando, penso que por hoje é tudo." gaël diz entre passos.

"A propósito vim lhe avisar que tem visita." nacho diz enquanto acompanhamos os passos do Gaël.

"E quem poderia ser a estas horas?." gaël questiona com curiosidade.

"Miranda." disse o nacho.

"Isto é sério?." disse desacreditado.

"Veja com os seus próprios olhos." nacho diz e neste instante ambos temos a visão da mesma sentada sobre o sofá da sala, provavelmente aguardando pelo Gaël.

A Mulher que o nacho diz se chamar Miranda sorri assim que os seus olhos encontram o gaël e rápidamente se levanta. Seu sorriso é deslumbrante, e o vestido rosa combina em seu corpo magro cheio de curvas.

"Eu juro que não acreditei quando o seu irmão me informou sobre a sua volta no rancho." ela diz e me faz entender que ambos se conhecem há bastante tempo.

"Não esperava voltar a vê-la tão cedo, a última vez que estive aqui me disseram que estava de viagem a Europa." gaël diz e lhe dá um abraço.

"Bem, como vê agora estou aqui." disse com um sorriso entre os lábios.

"Se precisarem de alguma coisa estarei em meu quarto." digo e só assim chamo a sua atenção, inclusive do próprio gaël que pareceu se esquecer da minha existência.

"Você deve ser a Dayane, seu irmão me disse que trouxe visitas." ela diz e sorri.

"Claro, Dayane miranda, miranda dayane." ele diz como uma apresentação.

"Muito prazer." digo.

Ela sorri.

"Estive pensando e talvez possamos nos divertir como nos velhos tempos." disse a miranda.

"Com licença." digo e me retiro.

Ambos parecem entretidos, e talvez tenham muito que conversar.

Me dirijo ao banheiro e tomo um banho rápido, já são três horas da tarde e estou pensando em dar uma volta pelo rancho, não fiz isto desde que cheguei, tudo que o gaël tem me feito fazer é treinar.

Haviam se passado minutos desde que os deixei na sala e quando desci novamente não havia ninguém além do nacho.

"Miranda já se foi?." questiono enquanto caminho até ele.

"Sim, mas ela levou o gaël para que se divirtam um pouco no baile da comunidade."

"Isto costuma acontecer muito por aqui?."

"Sim, os mexicanos adoram festas." ele diz e suspira.

"Bem, eu estive pensando em caminhar um pouco e conhecer o rancho, gostaria de vir?." o convido.

"Por quê acha que ainda estou aqui?. O gaël insistiu para que eu ficasse de olho em você." foi direto.

"Ele ainda pensa que irei fugir?."

"Pelos vistos sim.

"Bem, neste caso me acompanhe." lhe dou as costas e caminho em direção a saída.
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A vigarista e o criminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora