Havia despertado com uma forte dor de cabeça. Não dormi a noite inteira escutando ambos indivíduos transando do outro lado do quarto, e depois disto foi uma tarefa difícil voltar a adormecer.
Quando me dirijo a mesa de café gaël parece de ressaca, e a sua expressão facial não é a melhor.
"Bom dia." o cumprimento e me sento na cadeira a sua frente.
"Bom dia." ele diz sem olhar para mim.
"Vejo que se divertiu bastante a noite passada." o provoco e dou uma mordida na torrada.
"Estou de resseca, penso que exagerei um pouco na bebida." disse bebendo um gole do suco.
"E a Miranda?." questiono.
"O que tem a miranda?." ele arqueia a sobrancelha.
"Ela passou a noite aqui certo?, Por quê não a vejo?." pergunto. Não, eu não estou fazendo uma cena de ciúmes, apenas me admira que ela não esteja aqui.
"Merda!." ele diz e leva a mão até o seu rosto." Me desculpe eu..."
"Está tudo bem, foi divertido presenciar um pôrno, mesmo sem ver as imagens." digo e sorrio.
"A Miranda saiu mais cedo, ela é uma mulher ocupada e..."
"Por quê não a escolheu para cumprir com o seu plano?." questiono, e até eu mesma me surpreendo por ter lhe feito está pergunta.
"Está falando sério?." suspira.
"Claro. Acho que não há nada que eu faça que ela não possa fazer, quer dizer ambas temos uma vagina." susuro.
"A Miranda?." gargalha." Ela não saberia lidar com isto, quer dizer ela não é nenhuma..."
"Prostituta." completo. E embora eu não deva, suas palavras me machucam.
"Não me interprete mal eu só..."
"Está tudo bem, eu já estou acostumada com isto." forço um sorriso." O que iremos fazer hoje?." desconversò.
"Mudar o seu visual." disse.
"Acha que não estou bem assim?." estranho.
"Pelo contrário, vamos apenas mudar o seu cabelo e o seu guarda roupa."
"Se tem tanto dinheiro para isto por quê precisa sacar do seu chefe?." arqueio a sobrancelha.
"Gosto mais de você quando não faz nenhuma pergunta." ele diz com sarcasmo e pisca para mim.
"Se for dinheiro das suas economias sugiro que não o gaste com isto." digo.
"Estarei lhe esperando no carro." ele diz e se retira.
Suspiro.
Desde que não pintem o meu cabelo para mim está tudo bem.
Gaël havia me leva há uma loja, na verdade há várias lojas, aonde experimento roupas de marcas diferentes e, ele os qualifica. Não levamos muita coisa, segundo o gaël apenas preciso de algumas peças.
Depois disto ele me leva há uma loja de lingeries sensuais. Não lhe questiono do por quê disto, não por que ele não me responderia, mais sim por que eu já imaginava qual seria a sua resposta, provavelmente terei de usá-las para o meu futuro digníssimo marido.
Havia experimentado a primeira peça e neste momento me encontro na frente do espelho me analisando. Eu já devia ter ido até ele para mostrá-lo, mas penso que talvez ele não goste. Não digo pela lingerie, mais sim pelo meu corpo. Mas o que isto importa não é mesmo?. Ele provavelmente não liga para isto, não é como se isto fosse para agrada-lò.
Então suspiro, antes de sair do provador e caminhar até ele. A lingerie é vermelha, e talvez seja demasiado sexy, o vermelho é conhecido por sua fama de chamar atenção, isto é sabido.
"E então?." digo para ele que no momento parece concentrado no celular.
Ele me olha rápido, seus olhos ficam paralisados em meu corpo, ou talvez na lingerie, e rapidamente Gaël volta a guarda o celular no bolso da sua jaqueta de couro.
"Está maravilhosa, iremos ficar com este." ele diz e sorri.
"Mas eu ainda não experimentei as outras." digo um pouco envergonhada. Sei que essa não é a primeira vez que fico semi nua na frente de um homem, mais é como se fosse, talvez por sua opinião ser bastante importante.
"Você poderia dar uma volta?." ele questiona e arqueia a sobrancelha.
"Você quer que eu me vire?." pergunto e sinto as minhas bochechas corrarem.
"Claro, se não se importa." suspira impaciente.
"Bem eu..."
"Não temos o dia todo dayane." adiciona.
Tomo o ar e o suspendo um pouco nervosa e cautelosamente me viro dando-o a visão das minhas costas.
"Gosto dela, ela marca as suas curvas." ele diz e desvia novamente o olhar para o celular.
"Já posso me retirar?." olho para ele.
"Sim, vá e prove os outros, e se gostar peça para que as embrulhém." disse sem tirar os olhos do celular.
Me retiro sem lhe questionar e volto até o provador aonde visto mais de seis lingeries que inclusive eu havia gostado. Depois disto gaël me leva ao cabeleireiro e me deixa nas mãos de um velho amigo. Ele diz que virá me buscar assim que eu estiver pronta, tudo isto diz depois que recebe uma ligação.
"O gaël disse que gostaria que os seus cabelos ficassem mais curtos, e teremos que pinta-lo no final." o homem a minha trás diz com as mão em meus cabelos, me colocando em pânico.
"Não, eu não concordo com isto, não tem ideia do trabalho que tive para mantê-los assim." digo enquanto encarro o meu reflexo.
"Se recusa a corta-los?." ele ergue o seu corpo e diz próximo ao meu ombro.
"Sim." afirmo.
"Também acho que será um desperdício se fizer isto." sorri.
"Há uma maneira de fazer isto sem corta-lòs?." encaro o seu reflexo esperançosa, e mordo o lábio inferior pelo nervosismo.
"Não querida, mas há uma solução para tudo." ele diz e me deixa espectante." Irei lhe mostrar uma coisa." adiciona se afastando de mim. O aguardo ansiosa, e confesso que estou nervosa com tudo." Gosta deste cabelo?." ela me mostra um manequim que carrega em sua cabeça uma peruca.
"E o que seria isto?." questiono confusa.
"É uma prótese querida, você poderá colocá-la e retirá-la quando quiser, e é a solução para o seu problema." disse alegremente.
"Há uma com os cabelos mais curtos?."
"Há vários, e poderá escolher depois que eu der um trato nos seus cabelos."
"Tudo bem." sorrio com satisfação.
Lhe dou a permissão para tocar em meus cabelos e fazer o que tiver de fazer. Ele coloca um produto relaxante nos mesmo enquanto olho para revista e aguardo no secador.
Aquilo demora alguns minutos, e depois disto o homem que até então não sei o nome prende os meus cabelos e em instantes aplica a prótese que eu escolho.
"Tem a certeza que o gaël não irá desconfiar?." digo enquanto encarando o meu reflexo. O loiro me cai bem.
"Basta ser discreta querida, mas pode lhe contar, não terá mal algum."
"Tudo bem." suspiro.
"Está maravilhosa, parece natural e penso que ele irá gostar." sorri enquanto me observa.
"Espero o mesmo." digo um pouco nervosa.
"Bem, irei avisa-lo que ja está tudo terminado." sorri e caminha em direção ao seu celular.
Espero que ele goste.
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A vigarista e o criminoso
RandomAos quinze anos Dayane presencia a morte dos seus pais que são assassinados brutalmente. A mesma mulher que os assassina, a obriga a trabalhar para ela como prostituta, em troca da sua vida e as dos seus dois irmãos. Pedro e Miguel, até que. A sua v...