Capítulo 38

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Me dirijo a cafetaria mais próxima, até o momento não tenho ideia do que fazer, mas não pretendo voltar para o apartamento do gaël.

Talvez esta seja a oportunidade de recomeçar e arrumar um emprego por si só.

Apenas peço um café e enquanto tomo o mesmo penso no que irei fazer. Talvez passe o dia procurando por emprego.

Acredito que a minha sorte possa mudar.

Quando a garçonete passa por mim e se dirigi a mesa a minha trás aguardo a mesma para lhe perguntar se por acaso a cafetaria não estaria precisando de novos empregados.

Não custa nada tentar antes de me retirar.

"Me desculpe." digo apreensiva quando a vejo passar novamente.

"Pois não?." perguntou." A alguma coisa errada com o café?, Está frio? Ou..."

"Não." a interrompo." Pelo contrário, o café está ótimo." sorrio.

"Bem, então o que deseja?."

"Eu gostaria de saber se por acaso a cafetaria não estaria precisando de novos empregados?." pergunto um pouco hesitante.

"Tem algum interesse?." ela diz e sorri com simpatia.

"Por acaso sim, eu me mudei recentemente na cidade e..."

"Pode aguardar um instante? Direi ao meu chefe sobre o seu interesse."assinto antes da mesma se afastar e desaparecer entre a porta que acredito pertencer a sala do seu chefe.

Em instantes tenho novamente a visão da garota ruiva que caminha até mim com um sorriso entre os lábios.

"Poderia me acompanhar?." disse a ruiva e cautelosamente acompanho os seus passos.

Ela da uma batida na porta a nossa frente e quando a voz masculina autoriza a nossa entrada rapidamente tenho a visão do homem que aparenta ter uns cinquenta anos. Seus olhos me encontram e ele parece ser uma ótima pessoa, digo pelo seu olhar amigável e sorriso simpático.

"Sente-se." a ruiva indica a cadeira e me sento sem mais delongas.

"A minha filha disse que tem interesse em trabalhar na cafeteria." o homem diz com simpatia.

"Por acaso sim, gostaria de saber se há alguma possibilidade." questiono espectante.

"Bem, a minha filha costumava trabalhar com a sua mãe, mas as coisas mudaram desde que ela faleceu. Isto tem a deixado sobrecarregada e concordamos que talvez este seja o momento de ter alguém que possa ajuda-la." o homem diz um pouco cabisbaixo.

"Eu lamento pela perda."

"Nós também lamentamos." ele diz e a sua filha esfrega a mão no seu braço como um apoio moral." Tem alguma experiência com isto?." adiciona.

"Bem, eu..por acaso não, quer dizer é a primeira vez que.."

"Não se preocupe quanto a isto, irei mostrá-la o que terá que fazer." ela diz para convencer o seu pai.

"Neste caso eu.., quando acha que poderá começar?." o homem questiona inesperadamente.

Não sei como responder a sua questão. Admito que não acreditava que pudesse conseguir um emprego tão rápido.

Pondo em conta que não tenho para onde ir e muito menos sei o que fazer, digo a eles que não terei problemas em começar hoje, e o homem não hesita em concordar com isto.

Em instantes estou servindo as mesas embora ambos tenham exigido os meus documentos. Disse a eles que os traria amanhã, mas disse ciente de que isto será impossível. Se me dirigir novamente ao apartamento do gaël ele não me deixará sair.

Não quero voltar para continuar com o seu plano, neste momento estou colocando a vida dos meus irmãos em risco, mas pensar no fato deles terem sido adotados me faz pensar que o gaël não consiga toca-lòs ou muito menos chegar perto.

Pensar nisto é o bastante para me fazer continuar, assim que eu conseguir algum dinheiro trabalhando nesta cafetaria voltarei para Colômbia e os buscarei.

Samatha me assegurou que todos acreditam que o clube tenha sido assaltado e que a Úrsula foi assassinada pelos mesmos assaltantes.

Embora tenha sido eu quem a tenha assassinado meu nome está limpo e não há razões para não voltar para Colômbia.

Meu turno havia terminado por volta das seis da noite e havia pedido um adiantamento para que pudesse ficar em um dos hotéis baratos que a pela cidade.

Preciso apenas de algum tempo, depois eu alugaria um apartamento, há vários pela cidade.

Os donos da cafetaria são bons principalmente a sua filha, ela foi quem convenceu o seu pai a me dar um adiantamento e tenho a certeza que nos tornaremos grandes amigas.

"O que irá fazer depois?." Katharine questiona enquanto limpa o balcão. Este é o seu nome.

"Eu.. eu vou dormir um pouco para recarregar forças para o dia de amanhã." digo enquanto retiro o avental.

"Que pena, eu pensei que talvez pudéssemos nos divertir, é nova na cidade certo? Eu queria mostra-lá."

"Me desculpe, podemos marcar para outro dia?."

"Está tudo bem, não precisa pedir desculpas." ela diz e neste instante um homem passa pela porta da cafetaria. Seus cabelos são pretos e não muito longos, ele veste uma jaqueta e uma calça preta, e os seus olhos são negros, muito negros.

Katherine sorri e me faz entender que ambos se conhecem.

O homem caminha cautelosamente até ela, tomando os seus lábios para um beijo demorado.

"Avisou o seu pai que eu a levaria para sair?." o homem que acredito ser o seu namorado diz enquanto olha para ela. Ambos parecem apaixonados.

"Fique despreocupado, disse a ele para que não me esperasse." katherine diz e dá um selinho no seu namorado.

"E quem é esta garota?." ele diz e olha para mim.

"Oh, me desculpe!." sorri." Está é a Diana, ela começou a trabalhar na cafeteria esta manhã." katherine diz e me apresenta para o seu namorado.

"Muito prazer Diana, me chamo Cameron." ele estende a sua mão e a recebo calorosamente.

"Muito prazer Cameron." sorrio."Bem, nos vemos amanhã." adiciono.

"É uma pena que não queira nos acompanhar, mas como disse podemos marcar para outro dia." katherine diz insatisfeita.

"Tudo bem, divirtam-se." digo antes de me retirar e chamar por um táxi.

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A vigarista e o criminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora