Capítulo 27

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Os dias no apartamento do Gaël têem sido ótimos, nacho está na cidade, ele chegou dois dias depois, e se encarregou de me mostrar a cidade do México.

Gaël passa a maioria do tempo trabalhando, não o pergunto do que o seu trabalho se trata ao lado do seu chefe da máfia, porque não temos tido tempo para conversar.

Nacho está ficando em um hotel próximo ao apartamento do Gaël e por isto nos vemos com frequência.

Ainda não sei quando iremos avançar com o plano, não tive a oportunidade de perguntar, e ambos não temos falado sobre o assunto.

É segunda e acordo cedo como o de costume. Gaël e eu estamos de acordo que farei todas a tarefas da casa, por isto sempre desperto por volta das seis da manhã. Deixo o café pronto para ele e cuido das outras tarefas.

Me encontro exausta pela noite que tive ao lado do nacho, ele é divertido e sua companhia esgota a minha energia.

Ainda com o pijama em meu corpo me retiro do meu quarto e vou até a cozinha para deixar o café pronto. Enquanto mexo em meus olhos desço as escadas.

Assim que chego a cozinha me deparo com as costas do Gaël. Ele está apenas usando um moletom calça e tenho a visão das suas costas desnudas. Esta é a parte mais difícil de estarmos morando juntos, preciso lidar com isto todas as manhãs.

Não sei se devo dizer alguma coisa ou se simplesmente permaneço parada como uma estátua o observando.

"Por quê não vem se sentar?." gaël se pronuncia o que me surpreende pós acreditava que ele não havia me notado.

"Bom dia." digo enquanto caminho até ele.

"Bom dia." ele sorri enquanto retira as panquecas.

"Pensei que estivéssemos de acordo  quando eu disse que...."

"Precisa descansar, e como tenho o dia livre decide preparar o café. Mas não se acostume." ele diz e reviro os olhos.

"Não sabia que era bom na cozinha." me sento no banco em frente ao balcão e ele me serve.

"Há tanta coisa que não sabe." ele me olha rápido e logo desvia.

"Talvez soubesse se parasse de agir como um diário secreto." digo e o faço rir." O café está ótimo." adiciono.

Ele se senta.

"O que fará hoje?." questiono.

"Quero que conheça um lugar, por isto pedi para que o meu chefe me despensace."

"Qual é o tipo de serviço que faz ao lado do seu chefe?." questiono com curiosidade e o encaro. O mais provável é que ele assassiné pessoas.

"Trabalho para um chefe da máfia, sou o seu homem de confiança. Me diga você, o que acha que eu faço?." ele me encarra. E posso ver através dos seus olhos que o seu trabalho envolve algum crime.

"O tipo que se livra dos corpos que ele esquarteja?." arqueio a sobrancelha e o encaro com sarcasmo.

"Não, sou o tipo que ele manda para fazer os trabalhos sujos." ele diz com seriedade. E talvez isto me tenha assustado.

"Então estou morando com um assassino?." digo e não demostrò o meu desconforto quanto a isto.

"E se estiver?. Matou a sua chefe, o que nos torna iguais." ele sorri torto e ergue a chávena até sua boca.

"Foi por legítima defesa." desvio o olhar e o levo até a chávena sobre minhas mãos.

"Mas não deixa de ser assassina."

A conversa sai do controle e neste momento desejo nunca ter o feito a pergunta relacionada ao seu trabalho, e sinto um embrulho no meu estômago.

"Quero que esteja pronta em cinco minutos." ele bebe o último gole do café e me dá as costas entre passos.

Suspiro e não tenho tempo de contrária-lo.

Observo o seu andar e neste instante meus olhos encontram as suas covinhas de apollo nas suas costas.

Eu preciso para de fantasiar coisas com um homem que mal conheço. Digo para mim mesma e rapidamente me levanto.

Cumpro conforme a sua ordem e em menos de minutos estou pronta me encarando na frente do espelho.

O vestido roxo está colado em meu corpo, e revela bastante as minhas coxas. Me questiono se não estou arrumada de um jeito exagerado, não quero causar a impressão de estar tentando levar algum homem para cama, mas é isto que vejo quando me encaro no espelho.

Suspiro e quando penso em trocá-lo gaël me chama e seu tom de voz não é de se ignorar.

Apreensiva desço as escadas, um pouco envergonha. Juro que neste momento me pergunto como comprei uma peça destas.

Não sei para aonde ele irá me levar, por isto me questiono se estou vestida adequadamente.

Os olhos do gaël paralisam em meu corpo. Ele me analisa durante algum tempo e em um movimento rápido desvia o olhar para o seu celular.

"Podemos ir." ele diz entre passos.

Seu visual continua o mesmo, ele veste a jaqueta de couro, desta vez da cor castanha e presumo que talvez ele tenha uma dúzia delas.

Enquanto caminhamos vagarosamente até o elevador organizo a bolsa no meu ombro.

Há um silêncio entre nós enquanto esperamos o elevador descer e não sei se devo dizer alguma coisa para quebrar o silêncio. Na verdade nunca sei se devo conversa com ele em momentos como estes, gaël parece mais o tipo de poucas palavras, e quando sai alguma coisa da sua boca é inesperada.

"Há quanto tempo mora no México?." questiono hesitante e me xingo mentalmente por ter lhe feito a pergunta.

São nestas horas que desejo ter a máquina do tempo.

"Meus pais eram do México." ele responde como se não tivesse alternativas.

"Tem algum parente na cidade?." minha curiosidade desperta e não posso controla-lá.

"Não." responde e neste instante a caixa de metal se abre, nos revelando a recepção.

Penso que talvez iremos pegar algum táxi mas gaël me surpreende quando sobe na moto que se encontra no estacionamento do prédio entre outras motos.

Realmente, eu não o conheço.

Isto é inesperado, por isto permaneço paralisada até o momento que ele ordena que eu suba. Ele me dá o capacete extra e sem questiona-lò o uso.

Hesitante envolvo os braços em seu quadril e ergo o meu corpo para junto do seu. Estou próxima a ele, tão próxima que posso inalar o seu cheiro toda vez que respiro, seu cheiro é agradável um aroma inegualável, não sei exatamente a sensação que me causa, desejo ou segurança.

É a primeira vez que subo numa moto e posso garantir que me sinto segura e confortável mesmo que ele esteja conduzindo em alta velocidade.

Depois de minutos ele estaciona a moto na frente do que acredito ser um clube e isto me deixa confusa.

"Por quê estámos em um clube?." questiono enquanto retiro o capacete e arrumo os meus cabelos.

"Gosto da sua voz, mas gosto ainda mais quando não faz perguntas." gaël responde e caminha em direção ao clube.

Fico parada e não sei se devo segui-lò, clubes não me trazem boas recordações.

A vigarista e o criminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora