40 - Amo você.

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A temperatura estava subindo.

Tanto do quarto quanto dos corpos enroscados um no outro sobre a cama.

O anjo sentia tudo o que a namorada sentia e queria dar-lhe tudo o que ela precisava. E naquele momento, Ayla precisava dele.

A cada toque seu, cada beijo mais forte ou cada contato que os lábios do platinado faziam em locais diferentes no corpo dela, a jovem gemia manhosamente.

O som era música para os ouvidos de Joshua, que a queria tanto quanto ela o queria.

Há séculos, literalmente, ele não sabia o que era fazer algo como aquilo. Há séculos ele não sentia algo tão primitivo e excitante. Há séculos ele não se sentia um completo libertino.

E ao se sentir daquela forma, tentando tomar da namorada a única coisa que realmente pertencia a ela, ao se mexer sobre ela, esfregando suas intimidades uma na outra, algo dentro dele piscou, frente aos seus olhos fechados, e então ele parou.

Ficando imóvel sobre ela.

Encostou sua testa na dela, respirando irregularmente, antes de tomar fôlego e desprender as pernas dela de si, se afastar, levantar e sair.

Joshua simplesmente saiu do quarto deixando a jovem deitada ofegante sem compreender o que houve com ele.

Quanto tempo se passou, o anjo não soube dizer, mas foi o suficiente para que quando voltasse, encontrasse Ayla com uma muda de roupa diferente e os cabelos úmidos, indicando que tomara banho.

Ela se encontrava sentada na cama, recostada contra a cabeceira e abraçada aos joelhos. Calmamente ele se aproximou, até se sentar ao lado dela. Joshua tocou sua mão, mas ela o afastou.

- Honey, me desculpe. Eu...

- Não precisa se desculpar.

- É claro que preciso. Eu...

- E pelo que, exatamente, está se desculpando, Joshua?! Por me deixar daquele jeito? Sem dizer nada ou sequer por que fazia aquilo? Ou será que foi por que me esquentou e me deixou queimando sozinha?

- Honey.

- Não!

Ele tentou tocá-la, mas ela levantou, fugindo do seu alcance.

- Eu sou virgem, Joshua! Não idiota.

Mesmo que se sentisse envergonhada por admitir aquilo, a raiva que sentia pelo modo como ele a tocou e depois simplesmente saiu, superou qualquer outra coisa.

- O que quer dizer?

- Que sei quando um homem não deseja uma mulher.

- E é isso o que você pensa? Que eu não desejo você?

O platinado se levantou e andou até ficar próximo a ela, mas respeitou o espaço que ela queria que houvesse entre eles. Pelo menos até aquele momento.

- Por que outra razão você correria de mim daquela forma?

- Porque eu quero você, Ayla! Quero tanto que chega a doer. Sabe há quanto tempo eu não toco em alguém dessa forma tão íntima? Não sabe como eu me senti. Tão humano e necessitado. E tudo por você, baby. Tudo por você. Só você conseguiu despertar isso em mim.

- Mas... você fugiu.

- Fugi porque embora a queira, não posso tê-la.

- O que? Por quê? Acabou de dizer que...

Fallin' ↬ Joshua HongOnde histórias criam vida. Descubra agora