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— Estou dizendo, ele estava bebendo das águas sagradas! E trouxe com ele pertences estranhos que eu nunca vi nada igual. — o garoto magricela estava na cabana do chefe, destilando veneno em cada palavra que usava para relatar como havia encontrado o intruso nas matas ao redor da aldeia.

— Espere filho, não está ensinuando que...— o homem mais velho tinha um longo manto de couro envolta do corpo, o que lhe impedia de fazer movimentos bruscos, o que era condizente a sua aparência mórbida e envelhecida devido a idade.

— Sim! Vi com meus próprios olhos Pa! — dissera, gesticulando seus dedos indicador e do meio para os próprios olhos, ressaltando que não mentia.

— Eu acredito filho... Mas eu só queria saber porque o trouxeram pendurado numa estaca, atado com os pés e mãos como se fosse um javali...

— Foi necessário — cruzando os braços, o rapaz se lembrava da cena. Seu rosto estava satisfeito depois de torturar um pouco o visitante, seu ego sádico havia sido amaciado por hora. — Mas o que faremos com ele? ninguém pode saber a localização da aldeia Pa.

— Ele tem que ficar... Case ele com alguém. Não podemos deixar com que ele saia por aí.

— Isso pode servir por hora, mas eu queria matá-lo. Me dê essa autorização Pa — suplicou ao ancião, pronto para se ajoelhar, porém fora interrompido quando o homem levantou a mão, lhe mostrando a palma, pedindo por silêncio. — Sugere alguém que possa fazer isso Pa?

— Jimin-ah. Ele é o escolhido.

— E porque logo ele?! — resmungou baixinho. Seu primo era bom demais para um qualquer.

— Ele não vai resistir aos encantos daquele belo garoto. — riu, fazendo o som assustar o rapazote branquelo. E por fim, o mesmo assentira, e levantando-se para partir para fora da tenda.



— Está bem Pa. Anunciarei agora mesmo.

O elo perdido nas ondas do pacífico - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora