Special.

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Resmungou sentindo a luz do sol queimar seu rosto

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Resmungou sentindo a luz do sol queimar seu rosto. Droga. Não lembrava que horas foi dormir, não lembrava nem de ter conseguido dormir. 

Se sentou na cama, bocejando e coçando os olhos. Olhou o quarto em volta, se lembrando de onde estava e soltou um leve sorriso. Agora, morava com a senhora Aiko, a dona gentil que a acolheu quando fugiu de sua antiga casa. 

Se é que podia chamar assim.

A senhora era muito boa, não a obrigava a fazer nada e era muito paciente também, sempre muito calma e lhe dava espaço para se acostumar com o ambiente e sua presença. 

Incontáveis vezes que a mulher passou a noite em claro, ajudante seus ataques de pânico ou apenas lhe dava um beijo na testa de boa noite. Seus afagos nos seus cabelos, que a ajudavam a dormir. A comida quentinha e gostosa. 

Nunca teve nada parecido, nunca sentiu esse tipo de amor e carinho, era novo e estranho, chegava a assustar. Mas Aiko, sempre a explicava pacientemente com um sorriso amoroso nos lábios. 

Suspirou agradecida por ter a sorte de tê-la. 

Uma batida repentina na porta do quarto, a assusta. Apenas avisa que pode entrar e a porta se abre, revelando a senhora com o mesmo olhar maternal e sorriso doce, carregando um pequeno bolo com velas coloridas acesas. 

Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida. ㅡ a mulher cantou animadamente. 

Se sentou na cama, de frente para a menina que a olhava confusa. Era tudo tão diferente. 

ㅡ Faça um pedido e sopre as velas, minha flor. ㅡ indicou para a menina. 

ㅡ Fazer um pedido? Por que? ㅡ  questionou confusa. 

ㅡ Você deseja algo, sem contar para ninguém e sopra as velas, assim seu pedido se realiza. ㅡ explicou tranquilamente, amava esse olhar curioso que a menina lhe dava e como tudo parecia incrível ao seus olhos. Como seus olhos brilhavam ao receber uma nova informação e como se impressionava fácil com coisas tão simples. 

Seu coração se aquecia, mas também se quebrava ao lembrar-se que a menina não conhecia nada além de dor e sofrimento. 

ㅡ Oh, entendi. ㅡ balançou a cabeça em afirmação. Fechou os olhos pensando em um pedido, não tinha nada para pedir, já tinha o que mais queria, alguém para amá-la, não precisava de mais do que isso. 

Mas então uma coisa se veio à sua cabeça, repetiu o desejo em sua mente e soprou as velas em cima do bolo, voltando a abrir os olhos, observando a fumaça que subia no ar.

ㅡ Feliz aniversário, minha florzinha! ㅡ beijou a testa da menina ㅡ Se troque e venha comer seu bolo. 

A menina concordou e saltou da cama, correndo até o pequeno guarda roupa. A senhora riu feliz e se retirou do quarto, voltando para a cozinha. 

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