Capítulo 46

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Olaaaá, estou de volta!

Eu queria avisar que a fanfic está no seu finalzinho, mas ainda tem muuuuita coisa para acontecer, e como já está chegando nos cinquenta capítulos, preciso apressar bastante os acontecimentos por aqui!

Então daqui em diante as coisas vão passar muito muito rápido, mas nada que tire o desentendimento.

Beijuuus e um Feliz Natal repleto de coisas boas. <3

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POV Shivani

Joguei minha cabeça para trás e procurei por ar para entrar em minhas narinas. Respirei fundo, voltando a encarar a mulher de traços asiáticos.

Seu olhar era uma tentação em dizer um sim a sua pergunta.

— Não sei não, Heyoon. — balbucei relutante

— Shivani, olha isso — erguiu os papéis sobre sua mesa — Isso é divino.

Arqueei uma sombrancelha ainda tentando descobrir quem poderia ter entregado meus desenhos para ela.

— São só rabiscos.

Ela revirou os olhos

— Esboços. — me corrigiu, abrindo um sorriso de canto. — Eu preciso de você e seu trabalho nesse ano.

— Essa já é a segunda proposta em menos de um ano que recebo, incrível. — resmunguei, arrancando uma risada sua — Preciso pensar. É muito responsabilidade sobre mim se eu aceitar.

Ela assentiu freneticamente e suspirei.

Inacreditávelmente hoje acordei com uma ligação de Heyoon Jeong. De alguma forma uns desenhos velhos meus foram parar em suas mãos. Agora me deixando tentada a aceitar ou não sua proposta de comandar a coleção de vestidos para seu desfile desse ano.

Os desenhos que fiz foi apenas uma distração enquanto estava grávida para não ficar só e tediosa. Nem sabia que ainda existiam até ela me aparecer com eles.

Uma parte de mim implora para eu aceitar e tentar um novo rumo diferente em minha vida. Mas a outra diz que é muito arriscado, a agência de Heyoon é muito bem conhecida e renomada, qualquer deslize e posso acabar com a reputação de seu desfile esse ano e ainda trabalho para Bailey – o que é realmente um pouco estanho – e não posso simplesmente aceitar sendo que estou em outra empresa.

— Estarei aguardando sua resposta. — a voz da coreana me faz balançar a cabeça. Assinto e levanto

Me despeço de Heyoon e saio, dando de cara com um turbilhão de pessoas agitadas pelo corredor.

Tento não esbarrar em ninguém até o caminho do elevador e incrivelmente, consigo, com os pensamentos a mil ao voltar para casa.

Silenciosamente deixo o quarto dos meus filhos, feliz por saber que não acordaram durante o tempinho que estive fora – Sina não está tão ativa como gostaria e choro de crianças não ajudaria muito.

A alemã continua a caminhar pela minha cozinha. Me sinto inútil por não saber como ajudá-la.

— Eu queria estar feliz por termos ganhado propostas incríveis — lhe entreguei um copo de água

— Não precisa se martirizar por minha culpa. Você merece. — disse, finalmente parando para sentar

Sina havia recebido um convite de um grande chefe italiano para trabalhar com ele. Só que na Itália.

Era uma ótima oportunidade para crescer sua carreira, mas o que mais lhe deixa apreensiva é sua relação com Noah. Faz poucas semanas que eles noivaram.

— Já contou para o Urrea?

A loira negou com a cabeça e suspirei.

— Precisa contar. Assim vão conseguir chegar em uma conclusão

— Qual conclusão? Um relacionamento a distância? Shivani, eu vou ter que morar na Itália! — exclamou, massageando suas pálpebras.

— E ele não pode ir morar junto com você? — isso soou mais uma sugestão que pergunta

— Noah está indo tão bem na empresa, não quero estragar isso.

— Vocês não precisam, vocês necessitam conversar! — coloquei minha mão sobre a sua — Sina, não vai adiantar esconder isso dele. Pode ser pior se ele descobrir isso sozinho.

— Tudo bem. — murmurou

Sorri convencida.

(...)

Fechei a porta e encostei no objeto de madeira gélido. O som de água caindo preenchia o quarto, indicando que Bailey ainda estava no banheiro.

Sentei na cama e o esperei terminar.

Não tinha motivos para estar nervosa. Aliás, já estava cotando pedir minha demissão na empresa e tentar alguma coisa diferente. Só não imaginava que o destino jogasse esse "algo diferente" logo.

Senti gotículas de água caírem sobre meu rosto e desvenchilhei de meus pensamentos, lançando um olhar mortal para o homem na minha frente, que abriu um sorriso despreocupado e deixou um beijo em meus lábios antes de começar a esfregar a toalha em seus cabelos

— Precisamos conversar.

Ele estreitou os olhos e sentou do meu lado.

— Foi isso que você disse a uns oito anos atrás quando quis terminar comigo — dei um leve empurrão em seu ombro e não tentei lembrar daquele sábado

— Não é nada disso.

— Então...

— Heyoon me ofereceu uma proposta. — tentei decifrar alguma reação em seu rosto. Nada. — Ela quer que eu fique responsável pelos vestidos do desfile da sua agência desse ano.

Bailey não se sentiu atingido, ou então ainda não o conheço bem o bastante para saber que ele mente muito bem.

A primeira opção é mais provável.

— Não é algo que eu planejei algum dia, mas não sei, talvez seja uma ótima oportunidade para tentar achar um novo rumo em minha vida. — suspirei. — Pensei nesse meio tempo e a idéia parece ser boa. Mas esse não é bem o motivo da conversa.

— Você quer sair da empresa?

Sua voz não saiu surpresa ou decepcionada, o que me deixou confusa.

— Como? você...

— Eu conheço você, Paliwal. Sei que não iria ficar trabalhando para mim por muito tempo, até estranhei a demora para falarmos sobre isso.

— Então não se importa se eu sair?

Ele riu, balançando a cabeça.

— Confesso que irei sentir saudades sua por lá. Mas a tenho aqui, junto com nossos filhos, isso é o bastante — seu polegar acariciou minha bochecha e relaxei meu corpo — Quando se trata de você, sua felicidade é o que importa.

E ali estava o cara pelo qual me apaixonei e escolhi para construir minha família.

— Eu te amo, May. — roçei meus lábios nos seus

— Eu te amo, Paliwal.

Os poucos milímetros de distância que estávamos um do outro foi cortado por um beijo calmo, cheio de paixão e amor.

***

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Até logo!

O meu novo chefe || maliwal Onde histórias criam vida. Descubra agora