Capítulo 45

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Pov's Narrador

Shivani já havia feito sua última consulta médica com Savannah antes do parto, que já se aproximava.

Era uma tarde ensolarada, porém fria. O casal estava na cozinha, Shivani sorria vendo Bailey tentar cozinhar comida indiana.

Ele insistiu em preparar um cardápio diferente para ela naquele dia, mesmo com ela contrariando, dizendo que não era necessário.

— Bailey...

— Eu sei, eu sei. Não vai sair como na Índia, mas pode ter certeza que vai estar uma delícia, eu acho. – disse, sem se virar

— Não Bailey, não é isso. Eu tô sentindo contrações diferentes.

Com o que Shivani disse não levou milésimos para ele se virar.

— Eu acho que... eles vão nascer, Bay! – um sorriso em meio a dor pairou sobre Shivani. Diferente de Bailey que ficou desesperado e teve que ficar três segundos pensando no que fazer.

Apagou o fogão e ajudou sua noiva a levantar da cadeira. Sua mão estava tão trêmula que escutar Shivani gemer de dor só piorou. Discou o primeiro nome que viu em seus contatos.

Levou Shivani até seu carro e explicou o que tava acontecendo para Any, que foi o primeiro nome em sua lista. Informou onde ficava a chave reserva da casa e pediu para pegar a bolsa dos bebês, que já estava feita.

Com uma mão segurando a de sua mulher, a outra ia no volante do carro, só soltava por que era necessário trocar as marchas do automóvel.

Em poucos minutos Bailey já estava invadindo o hospital. Depois de dizer as enfermeiras o que estava acontecendo, Savannah surgiu com um plantonista e uma enfermeira obstétrica, que trazia uma cadeira de rodas. A médica pediu para fazerem a avaliação na paciente e impediu Bailey de seguir.

— Eu preciso ir com ela! – disparou, tentando passar pela mulher alta

— Você não pode entrar, Bailey. – disse com sua paciência de sempre

Ele estava disposto a contrariar o pedido dela, mas Any apareceu junto com Josh e o impediram.

Enquanto o moreno andava de um lado para o outro, Shivani fazia sua avaliação clínica.

Savannah avaliava os batimentos cardíacos da gestante, a marcação das contrações e logo o exame de toque, para checar a dilatação – que vai sendo repetido conforme o parto se aproxima.

Depois de fazer os exames necessários, Shivani foi levada para um quarto pré-parto, para quando chegar a hora do parto ser encaminhada ao centro obstétrico. Somente duas pessoas podia ficar com ela durante esse tempo, então Radha – que já havia chegado – entrou com Vanessa. Bailey estava muito nervoso e não seria bom para Shivani, que precisava relaxar.

Quando a dilatação chegou a 10 cm, a hora de fazer força em sincronia com as contrações havia chegado. As mais velhas teve que sair a pedido dos médicos.

— Por favor, Savannah, me deixe entrar! – implorou Bailey, parando a médica que seguia para a sala

— Bailey, um parto de gêmeos é muito delicado. Te chamaremos quando poder entrar.

A mulher saiu e foi em direção a sala que Shivani já se encontrava.

Segundos. Minutos. E até mesmo uma hora já haviam se passado. Vanessa e Radha, com experiência própria, tentavam acalmar Bailey, dizendo que era normal demorar, ainda mais com dois.

— Se continuar assim, daqui a pouco vai abrir um buraco no chão – brincou Sabina vendo o recém pai de primeira viagem andando de um lado para o outro, fazendo todos rirem, menos Bailey que a olhou sério e sentou frustado.

Como já fazia bastante tempo que estavam ali, todos saíram para um restaurante próximo do hospital. Bailey negou e disse que iria esperar, Sabina foi a única que surpreendentemente não quis ir também.

— Bailey?

O empresário se levantou rapidamente e viu Savannah, juntamente com outra enfermeira.

— Ela irá lhe acompanhar até a sala.

Bailey saiu depressa com a mulher logo atrás. Fez a higienização e colocou o equipamento necessário para entrar na sala.

Já do lado de fora, Savannah confessou para Sabina que foi um parto tenso e complicado, mas que Shivani e os bebês já não corriam perigo e estavam bem. Então a morena passou uma mensagem para Any informar a todos.

Assim que abriu a porta delicadamente, Bailey viu Shivani sorrindo involuntária para um dos bebês em seus braços. Aproximou dela e depositou um beijo em sua testa.

A enfermeira se aproximou com o outro gêmeo e entregou para Bailey, que tentou recuar, mas sua noiva sorriu e assentiu. Então pegou Miguel em seus braços, com todo cuidado possível para não machucar ele. Abaixou em direção a Shivani e a mesma acariciou o rosto do recém nascido.

— Oi meu pequenino – sussurrou emocionada.

Os dois soltaram um sorriso quando Alice agarrou com sua mãozinha o dedo indicador de Bailey.

Depois de conversarem entre murmúrios com os bebês, as enfermeiras tiveram que pegá-los para os primeiros procedimentos. E Bailey teve que sair a pedido dos médicos, não foi novidade que ele se negou, mas Shivani o repreendeu com um olhar e sorriu.

Os familiares encontraram um Bailey nervoso no corredor, andando de um lado para o outro.

— Cadê eles? – perguntou todos em coro

— Recebendo os atendimentos necessário.

(...)

Shivani segurava os dois pequenos, cada um em um braço. O medo de deixá-los cair ou machucá-los era enorme.

A porta foi aberta e um multidão de pessoas tentaram entrar. Mas somente Bailey e as avós dos gêmeos puderam entrar.

Vanessa pegou Alice e Radha Miguel, enquanto Bailey e Shivani encaravam a cena de mãos dadas.

— Elas são avós muito babonas – sorriu Bailey e Shivani concordou, recebendo um rápido beijo do noivo.

Logo depois as avós colocaram os bebês no berço, que ficava ao lado da cama em que Shivani estava deitada. Olhou para os filhos e um sorriso foi inevitável.

Savannah adentrou a sala e cumprimentou as mais velhas.

— Quando eles irão receber alta? – questionou Bailey

— Bom, no máximo vão ficar durante três dias por aqui. Onde os bebês irão receber os cuidados necessários e juntamente Shivani.

Os restantes dos visitantes entraram para ver os recém chegados e os papais de primeira viagem.

Foi uma tremenda babação.

Depois de alimentar os pequenos, Shivani conseguiu descansar. E Bailey fez questão de estar lá com ela.

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Mil desculpas pela demora. Estou muito apertada com algumas coisas e espero muito terminar logo essa fanfic.

Mas ainda tem muuita coisa pela frente, só vou tentar ser a mais breve possível.

Amo vocês! <3

O meu novo chefe || maliwal Onde histórias criam vida. Descubra agora