O meu novo chefe || maliwal

Capítulo 49

Shivani estava com seus nervos a flor da pele. Nunca, em toda sua vida, tinha se sentindo tão pessimista como naquele momento.

Faltava roer as unhas enquanto as modelos vestiam os vestidos. Tinha medo de ter errado no estilo das meninas e ficarem completamente sem perfil. O que era apenas paranóia sua. Os vestidos tinham ficado perfeitamente nelas.

— Shiv, elas estão lindas! Relaxa um pouco — sorriu Heyoon, pousando sua mão em seu ombro. — E você está um arraso! — comentou, avaliando sua roupa

— Obrigada — abriu um pequeno sorriso tímido — Mas acho que aquele decote está um pouco...

— Não está nada pouco. Está lindo! — lhe interrompeu. Chacoalhou seus ombros levemente — Respira fundo e confia, vai dá tudo certo!

Shivani relaxou seus ombros e sorriu agradecida, finalmente sentindo uma pequena confiança ali, que tudo iria sair perfeito. As modelos estavam extremamente satisfeitas e lindas. Os vestidos tinha a combinação perfeita com elas.

— Tudo certo por aqui? — uma voz ecoou. Uma jovem baixinha de cabelos rosas, com seu caderno em mãos perguntou, recebendo a confirmação de todas, continuou: — Quinze minutos para se inciar, ok? — assentiram novamente e ela se retirou

Uma perseguição em olhar o relógio a cada dois segundos iniciou-se. Cada movimento que o ponteiro de segundos fazia, a aflição aumentava mais.

Fechou os olhos, respirou fundo e se acalmou. Tudo vai dá certo. Pensou mentalmente.

Começou a ajudar algumas modelos com pequenos desfalques nos vestidos e finalmente, parecia satisfeita de seu trabalho.

Os minutos correram como um raio. E a mesma garota de antes reapareceu, explicando como deveria ser.

Modelo por modelo ia até a passarela, recebendo diversos aplausos. O que fez Shivani ficar totalmente segura de que estava tudo perfeito.

— Vamos? — questionou a coreana, lhe entregando um microfone. Após segundos em silêncio, assentiu, acompanhando Heyoon até o palco.

Movimentos das palmas foram feitos. E no meio daquela pequena multidão, conseguiu enxergar Bailey, que sorriu confiante.

— ... E por fim, eu gostaria de agradecer a todos nossos ilustradores, professores e nossas modelos, que graças a eles fez tudo isso acontecer. E especialmente, nossa designer, Shivani, que aceitou embarcar nesse trabalhão após muita insistência! — pequenos risos ecoaram da plateia. — E obrigada a todos por terem aceitado nosso convite, estou muito feliz! De verdade.

Uma salva de palmas foi feita novamente.

Heyoon passou a voz para Shivani.

— Olá... — respirou fundo e fitou todos, parando seu olhar em uma pessoa em especial. Seguindo com sua fala em diante: — Eu estou realmente grata e aliviada por ter dado tudo certo. Essa foi, de fato, a proposta mais louca que aceitei em fazer. Honrada, é a palavra na verdade. Agradeço a Heyoon por ter acredito em mim, por que, sinceramente, nem eu acreditava em mim mesma e agradeço de coração por mais essa aventura em minha vida. Estou muito, muito agradecida mesmo!

E o gesto de mãos foi repetido.

A noite continuou tranquila. Shivani até tentou encontrar com Bailey, mas cada passo que dava uma nova pessoa a parava, querendo lhe parabenizar pelo trabalho excelente. O empresário observava todo o movimento orgulhoso.

— Elas merecem, não? — Lamar disse, encarando as mulheres – agora juntas – no meio de jornalistas

O Morris finalmente conseguiu encontrar alguém que lhe fizesse bem de verdade. E esse alguém, por incrível que pareça – ou não – foi a Jeong.

— Com certeza. — comentou, ainda admirando sua mulher

Paliwal se aproximou com um sorriso cansado no rosto, cumprimentou o advogado que esbarrou no caminho e sentou ao lado de Bailey, estrelaçando sua mão na dele. Estava tão empolgada. E discretamente, depositou alguns beijinhos perto de seus lábios.

— Parabéns, meu amor. Estou realmente orgulhoso de você.

Os cantos de sua boca curvaram involuntariamente e o abraçou.

— Obrigada. — murmurou, inspirando o perfume delicioso, que a deixava platônica.

— Sabe de uma coisa? — a morena o olhou — Estou ansioso para chegarmos em casa logo.

— Bailey! — deu uma leve batidinha em seu braço e entendendo o tom de voz olhou em volta, soltando uma risadinha baixa.

(...)

A chuva caía pelas ruas, escorrendo pelo asfalto. E nuvens se aproximavam mais, avisando que não pararia tão cedo, despreocupadas.

Enquanto Shivani procurava pelo celular em sua bolsa, Bailey olhava a rua pensativo.

— Por que eu emprestei meu carro para o Lamar? — resmungou, soltando uma suspirada e encarando a mulher

— Por que você é um bom amigo. E por que não pensa direito. — respondeu divertida, encontrando o aparelho no meio de suas coisas — Vou chamar um...

— Tenho uma ideia melhor.

— Não. Literalmente, não! — shivani havia entendido aquele olhar em segundos — Não quero pegar um resfriado e ainda temos que pegar nossos filhos na casa da sua mãe.

— Eles já devem estar dormindo, seria mal os acordarem...

— Nem mais um passo, May! — avisou, vendo o homem afastar da calçada lentamente. — Bailey...

— Shivani... — imitou sua voz. Estendeu a mão e arqueou uma sobrancelha. Até tentou recuar, mas em questão de milésimos os dois estavam de baixo da chuva, com gotas escorrendo pelos seus rostos.

Ambos se encaravam como na primeira vez.

Os dois podiam sentir diversos sentimentos dilatando em seus corpos.

Mas somente um estava na mesma proporção em cada véia.

Encostaram suas testas e riram.

— Você é um louco! — lhe acusou  — Um louco que eu amo mais que tudo nessa vida!

— Tudo mesmo? — ele sabia que não.

— Bom, só terá que saber dividir esse amor com mais duas pessoinhas.

— Fechado. — roçou seus lábios nos delas

Um beijo se iniciou.

Um beijo calmo e cheio de amor, com algumas gotas de chuvas intrometidas no meio. Os lábios de ambos mexiam lentamente, parecendo saborear cada lugarzinho como se fosse um toque único.

O momento foi interrompido por um trovão, que os fez se afastarem e encarar o céu.

Por sorte, o local do desfile não ficava tão longe da casa do casal e sem se importarem, seguiram o caminho a pé, se protegendo com seus próprios corpos. Poderiam ter consequências no dia seguinte, mas pouco estavam preocupados com isso.

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4/5