Capítulo 47

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Não foi bem uma surpresa quando Heyoon pulou de alegria ao ouvir que minha resposta era Sim.

Desde então tive que dedicar as poucas horas vagas quando os gêmeos estão dormindo e Bailey está na empresa, nos esboços. Deixando claro pra coreana que seria a primeira vez que faço isso profissionalmente e que talvez os resultados demorassem.

Mal se importou, está decidida mesmo em usar os meus vestidos desenhados no seu desfile. Seu entusiasmo é contagiante e me permitir a sentir a mesma coisa.

Conferi os pequeninos seres assistindo a – entediante – galinha pintadinha. Juro que essas musiquinhas já estão me deixando enjoada e com raiva.

— Shivani! — um grito desesperado me faz despertar dos papéis e encaro a cozinha. — CORRE AQUI, RÁPIDO!

Me assustei com o escândalo de Hina e levantei o mais rápido possível, seguindo até a cozinha.

Franzi a testa quando vi a japonesa de pé, encima da cadeira, segurando uma frigideira e apontando desesperada para um canto.

Segui meu olhar até o lugar e reprimi uma risada, voltando a encarar Hina com os braços cruzados.

— É sério? — ela arqueou as sombrancelhas e gargalhei. — Uma barata, Yoshihara? Esse escândalo todo por uma barata?

— Tire esse monstro daí! — me ignorou por completo

Revirei os olhos e peguei um veneno próprio para insetos, jogando o spray na barata, que não demorou muito para morrer.

— Prontinho. — joguei a barata no lixo e lhe ajudei a descer da cadeira

O som da porta sendo aberta bruscamente nos assustou e troquei um olhar com Hina. Rapidamente fomos até a sala, encontrando uma loira e uma morena com respirações ofegantes e colocando a mão no peito ao nos ver.

— Vocês estão bem? — perguntei para Sofya e Nour, que pareciam perplexas com alguma coisa. Até a atenção das crianças elas conseguiram tomar.

Hina levou Júlia e os gêmeos para um quartinho que estava quase pronto em ser uma brinquedoteca, idéia de Bailey em montar esse cômodo.

Enquanto ela não voltava, entreguei copos de água para as mulheres que estavam me deixando agoniada.

— Falem alguma coisa! — pedi, quando Hina voltou e colocou a babá eletrônica no balcão

— É a Letty...

Congelei só de ouvir esse nome.

— Recebemos uma informação de que ela havia fugida da penitenciária. — falou Nour, me deixando mais assustada — Conseguimos a localização dela... ela passou em seu antigo apartamento, junto com um cara desconhecido — continuou Sofya

Minhas palavras se engasgaram na garganta e agradeci que já estava sentada, por que as forças das minhas pernas sumiram.

— Ela está solta? Por aí? — Hina perguntou

— Não... por sorte o porteiro ligou pra polícia e avisou que ela estava lá. — informou Nour

— Pegaram ela, não é? — consegui soltar essas palavras

As duas trocaram um olhar cúmplices

— Tecnicamente. — aquilo, por parte, me aliviou. — Houve uma perseguição. Mas no centro da cidade, Letty ultrapassou o sinal, causando um grande acidente. Recebemos poucas informações, mas o estado dela é gravíssimo. E seu comparsa foi capturado.

— Eu...

Soltei a tensão de meus braços e encarei as mulheres.

Por mais que Letty já tivesse tentado acabar com a minha vida nas piores formas possíveis, eu não conseguia sentir alegria com o seu estado atual.

O meu novo chefe || maliwal Onde histórias criam vida. Descubra agora