O meu novo chefe || maliwal

Capítulo 19

Cheguei no meu apartamento por volta das quatro da manhã. Tomei um banho e vesti meu pijama na intenção de ir dormir,mas fui fazer uma boquinha antes

Preparei alguns sanduíches e segui para a sala, procurando algum filme bom para assistir. Coloquei um qualquer,mas na hora que ia dá a primeira mordida no lanche a campainha tocou,xinguei a pessoa mentalmente antes de abrir a porta

— Tá fazendo o que aqui? — perguntei assim que vi Bailey

— Que grosseria! — disse fingindo estar ofendido e simplesmente entrou

— Não autorizei entrar ok? Mas o que te trouxe até aqui?

— Não se esqueceu de nada na festa? — perguntou

Franzi a testa e dei uns replays na minha mente.

— Não. — respondi duvidosa

Bailey tirou um celular do seu bolso e direcionou até mim

— Meu Deus meu celular! — exclamei pegando o aparelho, achando estranho, aliás, não sei como pude esquecer dele — Não era preciso vir até aqui só para me entregar

— E perder a oportunidade de te ver?

Balancei a cabeça negativamente e sentei no sofá

— Belo pijama. — comentou e só agora vim me lembrar da roupa que estava vestindo

— Estou na minha "casa" tá?! — falei tentando parecer de boa

— Relaxa, não é como se eu nunca tivesse te visto assim. — disse sentando ao meu lado

Lhe olhei incrédula por sua ousadia e dobrei as pernas colocando uma almofada em cima

— Ei! Esses sanduíches são meus! — falei vendo ele pegar o prato

— Não seja gulosa, Paliwal e nem miserável — disparou

Lancei um olhar de irritada para ele,que apertou de leve meu nariz

— Sei que está adorando minha companhia.

Ri sem humor e passei a prestar atenção no filme — que eu já não fazia ideia sobre o que era.

Passamos um bom tempo em silêncio apenas observando o filme. Até que em um momento ele ia colocar o prato na mesinha do centro,mas acabou derrapando e caindo no chão

— Lá vai quebrar meu prato de porcelana.

Meu corpo estremeceu quando nossas mãos se tocaram — fui pegar o prato,que por milagre não quebrou,mas Bailey fez o mesmo ato. Encontrei seu olhar e parecia ter milhares de borboletas em meu estômago com nossa aproximação, já dava pra sentir sua respiração e estávamos cada vez mais perto até a porta ser aberta e eu me afastar

— Ops! Não queria atrapalhar — falou Sofya

— Não atrapalhou em nada. — disse eu, rapidamente

Bailey arqueou uma de suas sombrancelha olhando para mim

— Já estou indo pro meu quarto, finjam que eu nunca estive aqui — continuou Sofya saindo com as mãos levantadas

— Já está tarde né? — falei tentando conter meu nervosismo

— É engraçado a forma que você tem de fugir das coisas.

— N-não estou fugindo de nada

— Estávamos prestes a nos beijar Shivani!

— Mas que bom que fomos interrompidos. Isso seria um erro.

Doía cada palavrinha que saiu da minha boca

Bailey apenas levantou balançando a cabeça e o acompanhei até a porta

— Pode se fazer de difícil,mas eu não vou desistir de você até você mesma dizer que não sente mais nada por mim — falou já do lado de fora,fiz menção em falar mas fui interrompida por um rápido selinho

Bailey seguiu no corredor e fechei a porta,minhas pernas estavam bambas e fazia um bom tempo que eu não sentia aquelas borboletas. Na verdade eu só sentia elas dessa forma quando estava perto de Bailey,o que eu odiava, como se eu só dependesse dele. Por que algo me prendia somente a ele!

— Desculpa Shiv... — murmurou Sofya saindo de dentro do quarto

— Não tem do que pedir desculpas — sorri de leve

— Claro que tenho! Acabei interrompendo vocês e deixando um péssimo clima

— Ia ficar de qualquer forma — tentei relaxar ela — Não se preocupa, você não tem culpa alguma.

Tentei de qualquer forma que entrasse na cabeça dela que ela não tinha culpa. A culpa aconteceria se tivéssemos nos beijado e seria nossa. Mal consegui dormir,apenas remexendo pela cama e pensando em Bailey. Lutei pra parar de pensar nele, mas foi em vão,ele sabia mexer comigo de uma forma!

Lembrei dos acontecimentos passado na nossa juventude,eu simplesmente não consigo deixar de amar ele, parece algo impossível. Mas a pergunta que pairava em minha cabeça era: E ele? Será que ele me amava dessa forma também?

Peguei um travesseiro e coloquei sobre meu rosto gritando

— Sai da minha cabeça, Bailey May! — sussurrei pra mim mesma

Depois de um cochilo pela manhã,senti o cheiro do café tomar conta do meu quarto. Levantei e dei de cara com a luz do sol, fechei os olhos rapidamente e segui para o banheiro.