Un anno

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Quem acredita que essa história fez um ano??? Eu com certeza ainda não.
Em agradecimento de tudo que vocês, minhas leitoras me proporcionaram desde que Amélia e Henry surgiram na minha vida, decidi deixar isso aqui.

Boa leitura

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Risadas altas de um bebê me tiram do mundo dos sonhos, me sento esfregando meus olhos e afasto os cabelos do meu rosto. Não preciso olhar para o lado para confirmar que a cama esta vazia e fria ao meu lado, 18 meses foram o suficiente para entender que eu fui substituída.

E eu nem me importo

Outra gargalhada gostosa faz com que meu peito esquente e sorrio para mim mesma enquanto me levanto agarrando uma camisa jogada pelo chão do quarto a vestindo. Saio do quarto fechando o último botão acima dos meus seios seguindo os sons maravilhosos daquela risada.

—Você gosta disso? — a voz grossa e sedosa carrega consigo uma calma e um encanto que são totalmente contagiantes. — Gosta disso? — um silêncio é feito antes de outra gargalhada infantil tomar conta da casa e enfim chego a sala de jantar olhando o que aprontavam ali. O homem estava sem camisa no meio da cozinha, uma nuvem de pó branco o envolvia enquanto as mãos estavam sujas, em sua frente uma bolota estava curvada agarrando o próprio pé, o rosto redondo vermelho e os olhos bicolores brilhante em encantamento. —Okay, só mais uma vez. — Henry fala com a voz tão empolgada quanto a risada da nossa filha e então pega um monte de farinha e bate as palmas das mãos juntas com força fazendo com que uma nova nuvem de pó branco se espalhe pela cozinha.

Meu deus...

É isso que você apronta quando não estou em casa? — pergunto me aproximando e beijando as costas dele enquanto passo meus braços envolta do corpo musculoso. Henry segura minhas mãos cruzando nossos dedos e sei que está sorrindo mesmo sem conseguir ver seu rosto. — Bom dia

— Estamos fazendo um bolo... — é a resposta que recebo antes de um beijo ser depositado na minha palma e a barba dele espetar minha pele. — Bom dia.

—Eu vi o bolo — rio afastando meus dedos dos dele dando a volta em seu corpo olhando a garotinha que agora tinha soltado o pé e me encarava com olhos brilhantes. — bom dia meu pandoro — a pego no colo ignorando toda a farinha presa no pequeno macacão vermelho e amarelo que ela usava. — uhn... Que delicia. — finjo morder a bochecha de Antonella a fazendo gargalhar com tanto vigor que suas mãos batem nos meus ombros.

Minha filha é uma gargalhadora.

—Eu ia te acordar com café na cama. — Henry passa um braço envolta da minha cintura enquanto com a outra mão passa os dedos nos cabelos da bebê.

—Vocês me acordaram. — murmuro deitando a cabeça no peito dele sorrindo ainda totalmente apaixonada por aquele homem gigante. — E eu gosto de ver você com ela... Deixa meu coração quentinho

—Então mantenha esse coração quente, porque depois do café você é toda minha! — ele sussurra no meu ouvido antes de se afastar me deixando confusa no meio da cozinha.

Eu estava esquecendo algo? Não... O natal seria só na próxima semana.

—O que você está aprontando? — ergo uma sobrancelha curiosa e um pouco preocupada de estar esquecendo alguma data realmente importante.

Minha mente vivia no modo mãe urso nos últimos meses.

—Surpresa! — uma piscadinha é tudo que preciso para entrar em um estado de pequeno pânico.

—Henry... — começo, mas sou interrompida pelo olhar dele.

Aquele mesmo olhar que me convenceu a seguir com ele por uma vila sozinha atrás do meu futuro ao chegar aquela cidade.

Dolce Pandoro - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora