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HOPES'POV

Agora chegou a hora de contar o que mais me machuca, o que mais me assombra. O motivo dos meus pesadelos todas as noites.

Respirei bem fundo e fechei os olhos, começando a falar.

— Eles me interrogaram, fizeram diversas perguntas e.... me espancaram
— falei e senti Kio pegar na minha mão

— Não se preocupe comigo, eu não ligo se falar tudo que aconteceu e não contarei aos meninos, só seja sincera e ajude eles.— ele falou no meu ouvido e eu concordei

Flashback...

O que eles querem comigo? O que eles descobriram?— ele perguntou e passou a faca de leve na minha mandíbula.

— Eu não sei porra. Eu não sei. Quem e FBI é o meu pai não eu. Você quer saber? Pergunta pra ele. Ae mesmo, vocês não tem coragem então tiveram que ir atrás da pobre e inocente filhinha.— falei com raiva e ele pegou no meu rosto com agressividade

— Essa sua marra é muito excitante, mas só vai te fazer se dar mal. Porque não responde a porra da pergunta e aí nós podemos nos divertir de novo?— ele falou e passou a mão nos meus lábios

O encarei com ódio é cuspi no seu rosto. O deixando ainda mais irritado que antes.

— Sua megera.— ele disse e deu um tapa na minha cara — Ela não vai falar, terminem aqui. Mas a deixem viva.— ele falou pros 2 caras que estavam com ele na sala. — Te vejo mais tarde querida.

Dito isso ele saiu da sala e os dois homens se aproximaram de mim e me desamarraram.

Eles me jogaram no chão e começaram a distribuir chutes por todo meu corpo e eu me encolhi de dor, tentando tampar as partes mais sensíveis.

— Tudo bem. Eu falo, eu falo. Chamem o Justin, eu vou falar tudo que eu sei.— gritei esticando minhas mãos e eles pararam

Um deles me levantou e me colocou na cadeira, faço como meu pai me ensinou e passo minha mão ligeiramente pela cintura do garoto e pego a arma dele.

Até hoje não entendo como as pessoas não percebem, mas é um ótimo truque.

Logo o Justin voltou a sala com um sorriso no rosto e se sentou na minha frente.

— Mudou de ideia amor?— ele perguntou se sentando relaxadamente na cadeira

— Mudei. Vou te contar o que eu sei.
—falei e ele riu, apoiou os cotovelos no joelho e apoiou o rosto nas mãos, me observando

— Então comece....

— Eles resolveram investigar vocês pelo estupro de uma menina de 17 anos, Rachel, então eles descobriram as vendas, as mortes encomendadas e outras coisas.— fui breve, escondendo muitas informações e ele riu esfregando as mãos uma na outra

— Interessante.— ele falou levantando.
— Mas é só isso que você sabe mesmo?— pergunrou desconfiado

Concordei e ele se aproximou de mim e pegou em meu queixo, com o dedo.

— Boa garota.— ele disse sorrindo e na hora eu tirei a arma da minha cintura e encostei no peito dele.

— Se afasta.— ordenei me levantando e ele riu negando com a cabeça — Se atirarem em mim eu atiro nele!
— falei com a mão no gatilho

— Não atirem, tá tudo bem. Podem abaixar as armas.— ele mandou levantando as mãos

Levantei meu queixo com a cara fechada, o observando e ele sorriu olhando pra mim.

— Essa ideia não vai te levar a lugar nenhum querida. Você está em uma casa cercada de bandidos, se você sair daqui, mesmo que esteja com uma arma na mão, eles vão atirar em você.— ele falou e colocou meu cabelo pra trás do meu ombro

Ele está certo.

Eu agi sem pensar e agora me coloquei em uma cilada.

Se eu soltar a arma, eles vão me bater. Vão me castigar pelo que eu fiz. Mas se eu ficar com a arma... pelo menos esses 3 consigo matar.

Porra. Eu deveria ter pedido mais aulas de defesa pessoal ao meu pai.

Soltei a arma e então um dos outros garotos bateu com a arma dele na minha cabeça, me apagando.

Flashback off.

— porra Hope. Você deveria ter pensado melhor, mas foi uma atitude muito corajosa.— meu pai falou e passou a mão pelo meu cabelo e beijou minha cabeça

Sorri fraco e passei a mão no rosto, me preparando pra contar a próxima parte.

A parte que envolve os meninos.

A parte que eu posso fuder com a vida deles e sei que eles me odiariam pra sempre.

A parte que eu posso fuder com a vida deles e sei que eles me odiariam pra sempre

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