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HOPES'POV
5 anos depois

EMMA, BEN. DESÇAM.— gritei as crianças que desceram as escadas correndo e pararam na minha frente

— Que foi mamãe?— Emma perguntou com curiosidade em seus olhinhos escuros e eu sorri

— Adivinha quem volta hoje de viagem? — falei me abaixando na altura deles e eles abriram um sorriso imenso

— Querida, cheguei!— Vinnie falou entrando na casa e observei gêmeos correram até ele

— PAPAI!— eles gritaram se lançando em cima dele e eu ri

Já faziam exatos cinco anos que estávamos no Canadá. Quando fiz 21, engravidei e então nós casamos, não só por causa da gravidez, mas porque queríamos.

Hoje eu tenho 23 e Vinnie 25, temos dois filhos lindos, gêmeos, e moramos com Kio. Já que ele é como um irmão pra mim, não quis ficar longe deles.

Talvez alguns pensem que é estranho, por eu e ele já termos ficado juntos um tempo, mas não é. Somos maduros o suficiente pra ficarmos no mesmo ambiente como amigos, irmãos, e não um ex casal.

— Trouxe presentes pra vocês!— vinnie falou estendendo uma caixa pra cada um

Os dois pegaram os presentes e saíram correndo pro sofá.

Vinnie veio até mim e passou os braços pela minha cintura, me puxando pra ele.

— E como está a minha linda esposa?
— ele perguntou com um sorriso no rosto

— Ótima meu amor. Estava com saudades.— falei e mordi o lábio

— Também morri de saudades amor.
— ele falou e me beijou

Nos separamos pela falta de ar e eu sorri. Nosso momento foi interrompido pelas crianças abraçando as pernas de vinnie enquanto soltavam mil elogios.

— o que você deu pra eles?— perguntei curiosa e ele sorriu forçado

— Acho melhor você não ver.— ele falou e eu semicerrei os olhos

Fui até o sofá e vi os papéis de embrulho no chão e dois Tablets em cima do sofá.

— Vicent Hacker! Você não pode ficar dando essas coisas pros seus filhos. Eles precisam sair um pouco da tela. Não ficar ainda mais. Eles só tem 3 anos!
— falei irritada

— Crianças, porque não sobem pro quarto de vocês, a mamãe tá meio brava agora.— ele falou e os dois correram rapidamente pro quarto

Respirei e fui até a cozinha. Enchi um copo de água e bebi, enquanto Vinnie entrava calmamente na cozinha.

De todos esses anos, o maior motivo de nossas brigas são as crianças.

Ele viaja pelo menos uma ou duas vezes no mês e volta com presentes chiques e caros. Eu não ligo, obviamente, mas quando ele trás Tablets, celulares, relógios e coisas assim, me irrita.

As crianças tem apenas 3 anos. Não deveriam ter acesso a tanta tecnologia.

— Vinnie. Você precisa me ajudar!
— falei e suspirei, sentando na bancada

Ele parou na minha frente e pos as mãos nas minhas coxas, fazendo carinho.

— Eu sei amor. É só que... eu viajo, passo tanto tempo longe deles e quero compensar de algum jeito.— ele suspirou frustrado

— Você não pode compensar a sua ausência com presentes. É só ficar com eles enquanto estiver aqui, dizer que os ama, já é o suficiente.— falei e ele passou a mão no cabelo, irritado

— Eu tenho muita coisa pra resolver Hope. Não posso parar tudo pra dar atenção a eles.— ele falou e eu o encarei incrédula

— Vinnie. Quando descobrimos dos gêmeos, você disse que estaria ao meu lado, que me ajudaria. Você prometeu. E não cumpriu.— falei e sai da bancada, indo em direção a porta

Vinnie me puxou pelo braço e aproximou nossos corpos, suspirando cansado.

— Eu sinto muito. Eu prometo tentar ser melhor, eu só... não sei. Me sinto tão atarefado.— ele falou e respirou fundo

— Porque não dá um tempo?— ele me encarou incrédulo.— Você tá nisso desde os seus 15 anos, já fez tanta coisa. Já não tá bom?— falei e ele riu

— Claro que não hope.— ele falou óbvio.— Os garotos são minha família.

— Nós também.— sussurei abaixando a cabeça

— Eu sei vida. Eu só...— ele suspirou.
— tudo bem, eu prometo que vou melhorar. Vamos fazer isso dar certo, eu posso trabalhar de casa, deixar a ação pro Kio. Mas vou sentir saudades de tudo.— ele resmungou

— Amor. Não precisa abrir mão de tudo. Apenas... quando estiver aqui, realmente esteja aqui.— ele me encarou confuso.— As vezes parece que você não está aqui. Seu corpo esta, mas sua mente está em outro lugar.— falei

— Tudo bem. Eu nunca reparei. Mas eu prometo que vou estar aqui pra vocês.
— ele prometeu pegando na minha mão.— Agora podemos ir ver um filme ou algo do tipo?— ele perguntou com cara de desespero e eu ri

— Vamos.— falei e dei um selinho nele, o puxando pra sala

Quando chegamos, Emma e Ben estavam encarando um ao outro, com uma cara de desespero, e se assustaram ainda mais quando nos viram.

— O que aconteceu?— perguntei confusa

Chegamos perto deles e então conseguimos ver um dos Tablets espatifados no chão.

Comecei a rir sem parar e Vinnie levou as mãos a boca, chocado.

Eu conheço os filhos que tenho. Além de achar que faria mal pra eles ter tanto contato com a Internet tão cedo, sabia que eles quebrariam isso em algumas horas, foi até mais rápido rápido que eu pensava.

— Eu sabia!— avisei e Vinnie resmungou

Ri e o puxei pra um abraço.

— Nossas crianças são assim. Pra que tanto nós trabalhariamos se não fosse pra comprar presentes que eles quebram em minutos?!— falei e ele riu e me beijou

— Eu te amo e amo nossa família, por mais destruidora que ela seja.— ele falou me fazendo rir

Os dois bebês pularam e nossos colos e nós os seguramos, dando um abraço em grupo.

É tão estranho e bom ao mesmo tempo.

Se me perguntassem a 6 ou 5 anos atrás sobre como eu imaginava meu futuro, com certeza não seria assim.

Mas olha onde eu estou né. E nunca estive tão feliz.

 E nunca estive tão feliz

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in love with the gangster Onde histórias criam vida. Descubra agora