eight.

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Megan Relyks, point of view

O tempo estava quente, como esteve todas as férias. Ultimamente não tenho ido surfar, nem ido à praia e já sinto falta.

Em vez disso, estava no tribunal, esperando a sentença de JB. Dei o meu depoimento e testemunhei a favor de John B, como é óbvio.

Tivemos de esperar sentados durante quase uma hora para o juiz dizer que a decisão iria ser divulgada e tomada no dia seguinte.

Me despedi de JB e saí frustrada daquele espaço gigante onde o meu melhor amigo estava a ser acusado por uma coisa que não fez.

Estava agora voltando para casa. Troco de roupa e visto algo mais leve, sendo que estava a usar uma roupa mais formal, tendo em conta as circunstâncias.

Dirijo até casa de Rafe, tinha de o fazer testemunhar ou admitir o que fez.

A verdade é que nem eu tinha a certeza se foi realmente Rafe a disparar ou Ward. O que interessa é que nenhum deles estava sendo preso ou sendo julgado por isso; meu melhor amigo estava.

Toquei à campainha e logo dei de caras com ele.

— O que está fazendo aqui? — ele pergunta e eu tento dizer alguma coisa, enquanto brinco com os dedos, por causa do nervosismo.

— Eu.. Hum, preciso de falar com você. — falo finalmente, forçando os olhos para olhar para ele, sendo que o sol estava dando na minha cara.

— Sobre?

— Posso entrar? — ele me dá espaço para passar e eu entro.

— Desembuche.

— John B está sendo acusado pela morte da cherife.

— Achei que tivessem fechado o caso. — coloca as mãos na cintura, parecendo sincero.

— Também achei, mas pelos vistos, não.

— Bem, mas o que acha que eu tenho que ver com isso?

— Eu quero que você testemunhe.

— Bom, então pode ir embora porque não o vou fazer.

— Por favor...

— Não.

— Você so precisa de dizer que não foi ele, o que custa?

— Deixe ver se eu entendi. Você quer que eu ajude você a tirar seu amigo da prisão para eu ir dentro a seguir. É isso? — faz se de irónico.

— Ninguém falou em você ir dentro.

— Bem... Qualquer das formas, nem pense nisso.

— Eu sei que você não gosta de mim, eu também não gosto de você, nada mesmo, mas por favor, só preciso que testemunhe e fale que não foi ele. Não está dizendo mais que a verdade. Você sabe que não foi ele.

— Acho que você não está a entender. Eu vou te dizer o que aconteceu naquele dia.

Faz uma pausa, gesticulando e respira fundo.

— Eu tinha a arma na mão, mas dei a meu pai. Ele ia disparar para o lado para parar a briga, mas acabou desviando a arma para o sítio errado. Eu não vou levar as culpas por isso. 

— Então se não foi você não vejo o problema, diga isso.

— Você está louca? Não vou denunciar meu pai.

— Seu pai é um assassino, Rafe. — falo baixo, sendo que não sei se Ward está em casa.

— Saia daqui.

— Rafe, por favor...

— Saia!

Obdeço contrariada e volto a conduzir para casa.

Sinto peso na consciência por não saber o que fazer e por saber que ele não vai fazer nada para ajudar uma Pogue.

Encontro JJ e vamos de moto até à esquadra para visitar JB.

— Estamos aqui para ver John B Routledge. — JJ fala para o agente, que  nos analisa. — Sabe, eu achei que este fosse um país livre, mas acho que você não gosta de liberdade, pois não, cupcake? — solto uma risadinha.

O agente cola Jay à parede e o segura pela camisola.

— Ei!

— Não vale o esforço. — entra outra agente e ele larga JJ.

— Só pode ir um de cada vez. — fala o agente.

— Não, não, não. Acha que vou deixar minha namorada aqui sozinha? Ela vem comigo.

— Então entre a garota primeiro. — retruca.

— Não. Vamos os dois. — dizemos em uníssono.

— Que lindo. — fala a outra agente, irónica — Tira o chapéu — fala para Jay — e desvaziem os bolsos.

Fazemos o que ela manda e entramos os dois.

— Têm cinco minutos. — assentimos e entramos na sala onde tem JB.

— Ei, JB. Como você está? — falo me sentando e Jay senta se do meu lado.

— Podia estar pior. — dou pequeno sorriso.

— Bem, temos pouco tempo.— olho para Jay enquanto fala. — Eles estão a pensar juntar dinheiro para te pagar a fiança, mas ambos duvidamos que isso vá funcionar.

— Eu tenho de sair daqui — suspira — este sítio é horrível.

— Nós vamos te tirar daqui. — coloco as mãos sobre a mesa — A audiência é amanhã, se não você não saír, arranjamos um plano. — assente.

Ficamos falando uns minutos até o nosso tempo acabar.

Neste momento estava me preparando para voltar ao tribunal novamente, até que quando íamos sair o som familiar de uma carrinha parou à nossa frente.

JB estava novamente aqui, livre. Como, não sei, mas não me importei. Corri até ele e o abracei.

Jay veio atrás fazendo o mesmo.

— Como você está aqui? O que aconteceu?

— Retiraram as acusações.

— Quem? — pergunto mas já sei a resposta.

Não sei como, mas ele conseguiu.

— Não importa, vamos celebrar! — fala JJ trazendo uma cerveja de dentro de casa e nos entregando.

Dirijimo-nos ao cut, encontrando Sarah que correu para beijar o namorado e logo a seguir Kie e Pope para o abraçar.

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N/a : Odiei deste capítulo, mas vai assim mesmo.

PS :na fanfic, o que o Rafe falou qua aconteceu na morte da cherife foi verdade, pois não queria colocar Rafe como assassino.

𝐇𝐎𝐋𝐃 𝐌𝐄 ᯾ rafe cameron.Onde histórias criam vida. Descubra agora