fourty nine.

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Megan Relyks, point of view

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Megan Relyks, point of view.

Quando abri a porta do carro, meus tímpanos pulsaram com a batida ensurdecedora da música. Tenho de admitir que havia mais gente do que pensei que estaria. Havia várias mesas de comida e principalmente bebida. Tinha gente por toda a parte e ficava quase difícil de passar por entre as pessoas e chegar a algum lugar.

— Vamos começar a escolher? - fala Ben, aparecendo do meu lado, esfregando as mãos.

— Tem preferência? - pergunto.

— Digamos que não sou esquisito. - diz sem hesitar. Os meus olhos pairam sobre as pessoas ao redor do lugar.

— Aquele ali o que acha? - aponto para um homem de cor escura e cabelo quase rapado a poucos metros de nós.

— Boa escolha. - enclina a cabeça para o lado e não se demora para se afastar.

Dou uma risadinha e saio para procurar bebidas. Sarah antes de eu sair de casa tinha falado que provavelmente vinha também, por isso fico atenta à medida que as pessoas vão chegando. Sorrio ao ver que Ben tinha sido bem sucedido com o garoto e sinto me feliz por ele.

— Como está o seu novo namorado?

Uma voz masculina surge ao meu lado mas não me apresso a olhar, pois sei quem é. Reviro os olhos e encho o meu copo. É claro que ele tinha de estar ali.

— O vosso encontro na biblioteca deve ter sido divertido. Quer dizer, vocês passaram lá a noite toda. - deixo um sorriso escapar e desvio a cabeça. Não sei se devia de estar feliz por ele estar com ciúmes e por estar certa quando achei que estava alguém conhecido no carro, ou chateada por ter sido seguida. A verdade é que o maldito sorriso não desapareceu.

— Porque me seguiu? Ciúmes, Cameron? Outra vez?

— Não. Você sabe que é minha. - toda sua, mesmo que não o queira.

— Você não é meu dono. Apesar de eu saber o quanto quer.

Me viro finalmente para ele, encontrando os seus olhos azuis me olhando. Apesar da pouca luminosidade conseguia ver sua pupila dilatada, isso só comprovava tudo o que eu achava.

— Nós somos apenas... - ele dá um passo a frente e me corta bruscamente.

— Diga amigos. Eu te desafio. – bufo, abanando a cabeça em negação.

— Eu não odiaria um amigo.

— Isso quer dizer que você me odeia?

— Sim.

— Ah, sim?

O meu corpo aqueceu e meu coração disparou à medida que falava. Ele tinha o corpo quase colado ao meu. Tenho a certeza que tenho o rosto vermelho e o seu sorriso só confirma isso. Sinto o toque da sua mão nas minhas costas descobertas, seus dedos deslizarem delicadamente sem um caminho definido e isso faz me suster a respiração. A única coisa que o fez se afastar minimamente foi ao ouvir Sarah chamar meu nome e sinto o frio no sítio onde a sua mão tocou. O meu olhar finalmente o deixa e vira se para a garota que corre na nossa direção.

—Você está linda como sempre. - forço o melhor sorriso enquanto Rafe solta um riso abafado ao se afastar mesmo de nós.

— O que ele tem? - pergunta se referindo ao irmão.

— Não sei. - respondo sinceramente porque é realmente o que sinto. Ela encolhe os ombros e se aproxima para falar.

— Vou buscar alguma coisa. Quer o quê?

— Nada, obrigada.

Não foi muito tempo depois de a loira se afastar que outro homem se aproximou.

— Então você é a putinha que Rafe sempre fala.

— O que você quer? - pergunto a Barry que está ao meu lado e ele se apressa a me puxar para uma parte sossegada.

Eu realmente não estava gostando daquilo.

Mesmo após vários pedidos para me largar, ele não o fez. Só parou quando já não ouvíamos quase a música.

— Sabe, o seu namoradinho ainda me deve.

— O que eu tenho haver com isso? Aliás, ele estava vivendo com você.

— Aí é que você fala bem, princesinha. Ele veio embora ontem, fugiu para ser mais específico. Então quem vai pagar por seus atos? - ele dá mais uns passos, o que foi suficiente para ficar perto de mim. Ele esmagou o dedo no meu peito– Você.

— Não me toque. – bato na sua mão –  Eu não vou pagar por merda nenhuma.

— Isso é que vai. Como é que acha que ele ficaria ao saber que a sua garota tinha tranzado comigo?

— Acho que vai ficar sem saber.

Com um movimento rápido, me encostou a um tronco próximo, enquanto beijava meu pescoço. Tudo o que conseguia sentir para além do ódio, era nojo. Coloquei as mãos em seu peito para o fazer afastar, enquanto pedia para me largar, mas não valeu de nada. Então subi meu joelho para o acertar no seu ponto fraco e Rafe apareceu o atirando ao chão.

À distancia em que estávamos não se ouvia a musica, apenas uns murmúrios. Era inútil gritar, ninguém nos ouviria. Então teríamos que lidar com a situação sozinhos.

Barry permaneceu no chão por poucos segundos. Se voltou a levantar, mas Rafe o atirou ao chão novamente e tirou uma arma de sua cintura. Apontava a mesma para ele enquanto o ameaçava.

— Volta a tocar na minha garota e faço de você comida para porcos.

Rafe ia se virar para ir embora quando Barry agarrou no seu tornozelo e o deitou ao chão. Sua arma veio para perto dos meus pés quando o seu corpo embateu no chão. Foram socos atrás de socos por uns cinco minutos e ambos estavam sangrando por todo o lado. Não sabia o que fazer ao ver Barry em cima de Rafe, deferindo socos em seu rosto. Mais um pouco e ia acabar por o matar e eu não podia aceitar isso e ficar simplesmente vendo o caos à minha frente. Fiz a primeira coisa que me veio na cabeça e talvez a pior ideia que alguma vez tive. Peguei na arma e disparei no seu peito. Em poucos segundos, o mesmo caiu em cima de Rafe, enchendo sua roupa de sangue.

Quando Rafe se levantou e veio até mim, puxou a arma da minha mão e me abraçou com toda a forca. Talvez eu tenha acabado com tudo.

notas da autora.

estamos nos últimos capítulos e queria avisar que estou escrevendo umas fanfics novas que gostaria que vocês lessem.

farei atualizações nos próximos dias ou talvez apenas horas, por isso fiquem atentos e obrigada por todo o apoio que têm dado até aqui, estou muito grata a vocês pelo incentivo a continuar <3

𝐇𝐎𝐋𝐃 𝐌𝐄 ᯾ rafe cameron.Onde histórias criam vida. Descubra agora