thirty seven.

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Megan Relyks, point of view.

Acordo com Aaron deitado com a cabeça em meu peito. Sorrio e me esforço para levantar sem o acordar, mas ele já estava acordado. 

— Bom dia. - sorri.

— Bom dia. 

— Onde vai?– pergunta de endireitando na cama. 

— Tenho de ir trabalhar de manhã, mas prometo que sou toda sua durante a tarde. – sorrio e lhe dou um beijo na bochecha. – Se quiser tomar banho, tem toalhas no armário e escova nova também se precisar.–ele anui. 

Visto uma roupa para ir trabalhar e lhe dou mais um beijo antes de pegar a chave do carro e sair.  Conduzo até ao trabalho e assim que chego tomo um café forte, sendo que quase não dormi nem tive tempo para comer nada antes de vir.

— Bom dia, Megan. – sorri, me vendo do balcão

— Bom dia, Luccas. 

— Adivinhe. – fala, me entregando uma bandeja. Reviro os olhos, jogando a cabeça para trás.

— Logo a estas horas da manhã?– ele anui e encolhe os ombros. Pego na bandeja e vou contrariada até fora. 

— Mesma mesa. – grita e eu grito um ok, sem me virar para ele.  

O problema não era ser a estas horas, era ser ele. Rafe não pode fazer sexo comigo e me deixar de manhã sozinha, não mandar nem uma mensagem, sumir e simplesmente aparecer aqui como se não tivesse acontecido nada. Ele não tem esse direito. 

Suspiro e vou até à mesa dele. Desta vez ele estava sozinho, talvez Topper chegasse mais tarde. Lhe entrego o café e viro os calcanhares para voltar para o balcão.

— Espere. Não vai perguntar se quero mais alguma coisa?– fecho os olhos com força. Isto não pode estar a acontecer.

— O que você quer, Cameron? – me volto a virar para ele.

— A gente precisa de falar. 

— Sobre? Não tenho nada para falar com você. 

— Você sabe. 

— Aaah.–me inclino sobre a mesa e dou um sorriso sarcástico - Está falando do facto de depois daquela noite você ter sumido, sem deixar mensagem nem uma explicação? – deixo de sorrir – Mantenho o que disse, não tenho nada para falar com você.

— Sanchéz.

— Ouça cara, já percebi que você não quer nada comigo e tudo bem. Também não quero nada com você. – digo – Por isso desapareça da minha vida de uma vez por todas. Não apareça no meu trabalho e diga que quer ser atendido por mim; não entre no meu quarto pela janela; não tente me foder porque não vai voltar a acontecer; não fique olhando para mim nas festas nem nos outros lugares; não mande seus amigos me espiar; não finja que se importa comigo e pare com os seus joguinhos de ciúmes.

Volto a virar os calcanhares, mas ele segura meu pulso, me provocando um arrepio na espinha.

Desculpa. 

Nem sei pelo o que ele está pedindo desculpa. Por me ter deixado? Por ter entrado em minha casa sem eu deixar? Baixo minha cabeça e ele volta a levantar.

Desculpa.– solto meu braço e volto para o balcão.

— Você está bem ? – Luccas pergunta, vindo até mim. Anuo e fungo. 

— Vou atender aquela mesa.– digo me afastando. 

— Mas eles já vão emb...

Vou até ao banheiro e passo a cara por água, voltando poucos minutos depois. 

— O garoto já foi embora. – subo o olhar para Luccas que me olhava preocupado e anuo. – Ele me perguntou a que horas você saía. Eu não disse mas ele viu o papel do balcão dos horários. 

— Não tem problema, eu trato do assunto se for preciso.— anui forçando um sorriso e coloca a mão no meu ombro. 

— Tem certeza que está bem? 

— Sim.– forço um sorriso e me apoio no balcão. 

A lanchonete estava calma, o que tornou o tempo que passei lá, secante. Tiro a 'farda' antes de sair e coloco no mesmo sítio de sempre. Pego a chave do carro do bolso e saio da lanchonete. Antes que pudesse entrar no carro alguém puxa meu braço e me prende contra a porta dele. 

Desculpa.

— Pelo quê? 

— Por tudo. – cruzo os braços.

— Tenho de ir. 

— Vai sair com alguém? – bufo.

— Está vendo. É disto que estou falando; esse ciúme. Eu não sou sua propriedade, Cameron.

— Eu não estou com ciúmes, você pode ir. 

— Então tire seus braços para poder passar.

— Eu vou com você.

— Nem pense. 

— Com quem vai sair? 

— Não é da sua conta. 

Os seus olhos azuis queimam meus lábios e só quero o beijar, mas não posso. Empurro seu peitoral e ele se afasta por segundos, até me empurrar sem delicadeza nenhuma contra a porta de novo. Me beija intensamente e só penso em me afastar sem realmente o fazer. Nossas cabeças iam no encontro uma da outra, enquanto ele brincava com a língua e mordiscava meus lábios. Beija meu pescoço e sorri contra minha pele ao ver que não tapei as marcas que deixou. Empurro seu peitoral e me afasto dele. 

— Não. Outra vez não. 

Apesar de nos termos beijado por pouco tempo, ele já tinha os lábios inchados e aposto que os meus não estavam diferentes. Abro a porta, entro e ele faz o mesmo.

— Você não vem comigo. 

— Ai vou vou.

— Sabe que mais? Tanto faz, quer vir, venha. – vejo pelo canto do olho um sorriso se formar e começo a conduzir.

𝐇𝐎𝐋𝐃 𝐌𝐄 ᯾ rafe cameron.Onde histórias criam vida. Descubra agora