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Megan Relyks, point of view.
Os dias seguintes foram estranhamente bons. Tenho que admitir que nunca achei que Rafe agisse assim alguma vez por alguém. Foram quatro dias seguidos de sexo atrás de sexo e na manhã seguinte ele fazia o meu café da manhã favorito. Temos conversas normais, sobre tudo o que é possível e imaginário. Nunca imaginei ter uma 'relação' assim com alguém que à relativamente pouco tempo odiava. Mas acredito que está tudo a ir bem demais.
Rafe não se pronunciou sobre o que falou naquela noite e decidi deixar para lá, apesar de ser totalmente contra a minha vontade. Ainda não contei a Sarah sobre o que tenho com o seu irmão, nem sei como o fazer. Apesar de nem eu saber o que temos, não me sinto bem lhe escondendo isso.
Sentada à sua frente, tudo o que consigo pensar é se realmente era verdade ou só uma coisa dita depois de sexo. E não sei se consigo me conter muito mais para perguntar.
Na segunda noite em que ele ficou, acordei de madrugada, gritando. Tive pesadelos recorrentes sobre a morte de Barry e foi 50% do que tive na cabeça nos últimos dias. Não consegui esquecer quando vi o seu corpo ensenguentado no chão, com o ferimento da bala, pulsando enquanto saía mais e mais sangue.
Quando estava suando e gritando a meio da noite, Rafe me deu aconchego e me acalmou da forma que conseguiu. Foi o meu apoio nos últimos dias e não sei o que teria feito se ele não estivesse do meu lado. O que só fez crescer os meus sentimentos por ele.
Depois de tudo o que aconteceu, concordamos em ir jantar fora. Para esquecer um poucos os últimos acontecimentos. Íamos a um restaurante chique, apesar de nenhum de nós ser rico.
Decidi levar o meu vestido longo vermelho. Quando Rafe me viu sair do quarto tinha os lábios entreabertos, me olhando de cima a baixo, como se me fosse arrancar o vestido ali mesmo.
- Pode me apertar o vestido? - falo quebrando o silêncio e me viro de costas para ele.
O facto de o fecho ser na bunda não ajudava em nada, mas ele tambem não fez esforço nenhum. Apenas colocou a mão dentro do vestido e foi descendo.
— Talvez devessemos ficar. - propõe.
— Talvez você devesse simplesmente apertar o vestido e aproveitar depois a sobremesa.
— Parece uma boa ideia. - diz e sobe o fecho depois de tirar a mão. Deixa um beijo em meu ombro e pega no meu rosto para deixar outro em meus lábios. Limpo com o polegar os lábios dele depois de ficarem com a marca do meu batom.
Ele tambem estava muito bem vestido. Tinha umas calças pretas e camisa da mesma cor, que parecia mesmo ter sido feita à sua medida. Ele estava atraente demais e se ficassemos mais cinco minutos que seja naquele apartamento, não iríamos sair.
