Espero que gostem primeira parte dessa história, não esqueça de deixar seu comentário e de seu voto!!
Música da vez: Evanescence - My Immortal
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P.O.V. Isa: Abaixei a cabeça sobre minhas mãos e o ouvi sair da sala, aquela discussão, já não era a primeira vez que brigávamos por motivos toscos, eu sabia que estava errada, que todas as vezes estava errada, mas eu sempre gritava e o ofendia porque ele não concordava comigo ou porque não avisava onde estava, e ele sempre tentava me fazer parar até ver que eu não pararia, e quase sempre me deixava falando sozinha, o que me fazia subir o sangue. Mas dessa vez, não brigamos por nada, e sim porque ele não queria entender minha decisão. Eu me levantei e fui ver onde ele estava, e vi sentado no banco da frente do carro, com a cabeça no volante, eu conseguia ouvi-lo chorar, por alguns minutos evitei chama-lo, mas logo ele percebeu que eu estava ali:
- Rafa, você precisa entender que não é fácil pra mim também, não é fácil tomar essa decisão!!
- Eu não consigo entender Isa, porque você tem que ir?
- Eu não quero entrar em detalhes sobre isso - Disse me virando e sentando sobre o capô do carro. Logo percebo que ele sai do carro.
- Mas eu quero!! Isabela, você não pode ir, eu sei que nossas brigas podem ter influenciado, mas Isa eu te amo, eu te amo - Disse me segurando pelos ombros e me chacoalhando.
- Rafael...
Não era mais possível completar a frase, sentia tudo em volta girar em torno de mim, meus olhos ficaram mais pesados e eu senti seus braços em torno do meu corpo me protegendo de uma queda.
P.O.V. Rafael: Ela tinha que desmaiar, tinha que me fazer ficar pior com toda a situação, eu estava realmente fora de mim, já a culpava por tudo, já me culpava por tudo, estava entrando em uma crise dentro de mim. A levei para o hospital no centro da cidade. Chegando lá, as enfermeiras a levaram e me fizeram esperar em torno de duas horas. Já começava a ficar nervoso com a situação, ninguém voltava pra dizer como ela estava, e se havia acordado. Depois de mais alguns minutos apareceu uma enfermeira que já havia falado comigo uma vez, assim que cheguei, ela veio até mim e disse em tom de calmaria:
- Fizemos testes nela, ela está bem, foi apenas uma queda de pressão, nenhuma alteração no estado do tumor e a criança está bem, o senhor pode ir vê-la logo!
Ela saiu e me deixou sozinho na sala de espera, eu estava confuso, feliz, e ao mesmo tempo tão desesperado, como assim tumor? Como ela nunca me falou sobre isso? Eu era seu marido, por que ela não me diria uma coisa dessas? Por alguns instantes pensei que a enfermeira havia informado sobre o paciente errado, porque ela não me contaria que está grávida? Por que?
Depois de alguns minutos fui chamado até a sala onde ela estava, ela estava deitada foleando uma revista que alguma enfermeira havia levado, eu não sabia o que fazer, não sabia o que falar, não sabia o que pensar:
- Isa por que?
- Estou bem se é do seu interesse!
- É sim do meu interesse, mas eu quero saber por que você nunca me contou dessa doença nem da criança?
- Porque, porque dói demais, dói ter que abrir mão de você por isso, e eu realmente queria ir sem te dizer que estou assim.
- Não, não, você não vai embora, não Isa!!
- Rafael você não entende, nem vai entender, mas eu espero que respeite essa decisão.
- Isa...
- Rafael vai embora, vai pra casa, vai.
- Eu quero ficar!
- Mas eu preciso que você vá!
Eu estava em choque com meus pensamentos, já não conseguia compreender o que acontecia, pra mim era apenas um sonho, um sonho ruim, um pesadelo terrível, mas eu não conseguia acordar, eu queria gritar, eu queria chorar, eu queria apenas não perde-la. Eu caminhei sem rumo pelas ruas, esqueci meu carro, esqueci o caminho de casa, eu apenas andava distraído, com lágrimas por todo rosto, até que eu acabo por tropeçar em uma mala deixa no meio da calçada, cair naquele chão frio não foi nada perto do que eu estava o frio do meu coração.
- O meu Deus, me desculpe, que distração essa minha!! - Ouvi a voz vindo por perto, uma voz doce e simpática.
A moça me ajudou a levantar e eu pude reparar, ela aparentava ter mais ou menos 20 anos, os olhos alegres com um brilho que a tempos não via, ela sorriu tentando ajeitar minha roupa e disse:
- Me desculpe mesmo, que desastre, espero que não tenhamos ressentimentos, prazer Madu!
- Está desculpada Madu, sou Rafael. - Disse limpando as lágrimas que restavam no rosto e sorrindo gentilmente.
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O capitulo ficou um pouco grande e não muito compreensível, mas a história se resolverá ao longo do tempo.
Espero que tenham gostado, um grande beijo, Mi.
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Trouble
RomanceEssa é uma história meio confusa, com altos e baixos, mais baixos do que altos. Onde o amor pode ser inseguro, e a unica saída é se afastar daqueles que ama. Isa é uma jovem de pouco mais que 20 anos, casada há dois anos, com aquele que seria o a...