3-Posso parecer desesperado, mas...

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Resumo desse  capitulo, não sei o que dizer, só sentir, nem eu consigo me entender as vezes

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  P.O.V. Rafael: A levei para uma pequena lanchonete próxima dali, depois de andar por um tempo percebi onde realmente estava, há algumas quadras de casa. Carreguei sua mala enquanto conversávamos sobre assuntos aleatórios, ela fazia piada com pequenas coisas, como um pombo voando ou um carro passando, e por alguns instantes eu parecia um adolescente apaixonado que ri de piadas sem graça, mas não, eu não podia estar apaixonado por aquela garota, eu mal a conhecia. 

  Chegamos depois de 20 minutos de caminhada, nos sentamos em uma mesa no fundo da lanchonete, eu pedi o cardápio enquanto ela fazia algo no celular que não consegui entender bem, mas logo pôs sobre a mesa e sorriu dizendo aliviada:

  - Pronto agora sim, podemos conversar!

  - Então eu não perguntei, quem era no telefone?

  - Era o Gustavo, mas não quero falar sobre ele, ele já não é nada meu.

  - Ok, então, vai ficar muito tempo aqui em São Paulo?

  - Olha, eu realmente não sei, eu vim pra cá por causa daquele idiota, e deixei tudo que tinha pra trás, e como eu ia ficar na casa dele, não faço ideia pra onde ir - Ela disse despreocupada.

  - Tem um hotel que eu conheço que...

  - Eu não sei, hotel pra mim é muito caro e eu não tenho como pagar, então provavelmente eu more de baixo da ponte por um tempo - Ela riu e foleou o cardápio mais uma vez.

  - Já escolheram o que vão pedir? - Disse o garçom impaciente 

  - Sim, me trás um suco de limão e dois desses pães - Ela disse entregando o cardápio

  - Uma coca só.

  O garçom saiu e nos deixou ali novamente.

  - Eu tenho uma proposta, eu posso parecer desesperado, mas na minha casa há um quarto sobrando, por favor também não pense que sou um louco querendo se aproveitar da situação, eu só quero ajuda-lá e...

  - Realmente a proposta é muito atraente, ainda mais com uma companhia tão agradável, mas pelo que você me disse, você é casado.

  - Sim, mas, calma não pense que estou traindo minha mulher, ou algo do tipo, eu a amo muito, e só estou te convidando...

  - Eu sei, mas sua esposa, será mesmo que ela aceitaria isso?

  - Realmente não sei, estamos em uma fase complicada, talvez ela pense errado, mas eu consigo conversar com ela, e com certeza ela adorará lhe conhecer, mas caso ela não entenda, bem eu nem sei se nossa relação continua. 

  - Sinto muito mesmo por isso. Mas eu acho que eu não terei outra escolha.

  - Não mesmo!

  - O que eu posso fazer pra agradece-lo?

  - Você sabe passar calças?

  - Sei por que?

  - Vou precisar que passe umas pra mim!! 

  Passamos o resto da noite conversando e rindo sobre tudo, até percebemos que já se passavam das 22h, então pagamos a conta e fomos pra casa. Ela parecia muito cansada, mas mesmo assim estava animada. Ao chegarmos a mostrei o quarto e o banheiro que ela poderia usar e fui preparar algo para jantar, a noite tinha sido melhor do que eu esperava , eu não imaginava que o dia teria sido tão bom mesmo com tantas coisas que ocorreram de manhã, aquela moça que agora não era tão estranha me fez me sentir, diferente, renovado, feliz.

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Espero que tenham gostado, não esqueçam de deixar seu voto e seu comentário, ajuda muito.

Beijos, Mi.

TroubleOnde histórias criam vida. Descubra agora