Trouble

26-Agora ela não me escapa

Calculei aqui e teremos capítulos até quarta feira, Trouble está chegando ao fim, mas ainda tem algumas coisinhas pra se resolverem...

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P.O.V. Madu: Rafael foi em casa e demorou pouco mais de uma hora pra voltar, ele chegou no quarto com uma sacola de roupas, ele estava muito cansado e disse que iria dormir um pouco, não me preocupei, eu também estava exausta, ele deitou no sofá ao lado da porta e pegou no sono rapidamente. Pedi pra que ele trouxesse minha bolsa também, peguei meu diário que estava ali dentro e uma caneta perdida entre os bolsos.

 "Dia 28 de janeiro...

A 10 meses atrás eu não fazia ideia de como seria minha vida, tanta coisa mudou desse tempo pra cá. Primeiro, eu consegui achar um lugar seguro, por um tempo talvez, mas pra mim é seguro, eu tenho alguém em quem confiar, eu tenho alguém agora que faz com que minha vida tenha mais sentido. Posso dizer que no começo disso tudo, eu estava errada, eu me sentia culpada, mas as coisas mudaram. Essa luz em minha vida, minha pequena Letícia, com tão pouco tempo que chegou a esse mundo, já me trás a maior alegria de todas, acredito que ser mãe tenha essa sensação. E meu amor, aquele que primeiramente achei que não deveria amar de maneira nenhuma, agora é quem eu mais amo e confio. Não posso dizer que não tenho mais medo do que possa acontecer, eu ainda não sei se realmente o Victor desistiu de me procurar, ou se o Gustavo não está mais se importando comigo, eu tento pensar que não, mas ainda tenho medo, e agora mais medo ainda do que possa acontecer com minha filha e com o Rafael!"

Não demorou nada para que assim que eu acabasse de fechar o caderno, uma das enfermeiras entrasse no quarto com alguns remédios.

- Vou ter que te dar uma picadinha. - Ela disse e sorriu ao pegar a agulha.

- Agora já não dói... Eu te vejo aqui sempre, nunca perguntei, qual seu nome?

- Elena, seu marido está bem cansado hein!?

- É, ele não quis ir pra casa!

Depois de uns cinco minutos, ela foi embora, disse que quando Letícia acordasse trariam ela de novo, então eu dormi, ou desmaiei, não sei mas estava exausta.

P.O.V. Victor: Era pouco mais de 6 horas da manha e eu escuto aquele celular tocar.

- Não é possível, o que você quer agora!!! - Gritei ao atender o celular.

- Bom dia pra você também.

- Sabe que horas são?

- Sei, e sabe quem resolveu nascer mais cedo?

- Como é?

- Maria Eduarda está agora no hospital junto com aquele namorado dela e sua filha!

- Ta você não podia esperar até as 10 horas pra me acordar?

- Pensava que você ia querer fazer alguma coisa.

- A garota acabou de nascer, o sol acabou de nascer, e meu sono ainda não acabou então você faça o favor de não ligar esse horário.

- Você não vai fazer nada?

- Vou. Mas você acha o que? Que vou chegar no hospital com uma arma na mão querendo conversar com o feliz casal?

- Como? Uma arma?

- Tchau Gustavo

Lógico que eu faria alguma coisa, eu não iria deixar por isso mesmo, mas eu estava cansado, não estava pensando muito bem, precisava dormir, e só. Mas eu queria aguardar, eu não sou um monstro também, eles estavam felizes, eu queria esperar o momento certo, e eu já sabia muito bem o que fazer pra encontrar esse momento.

Quando acordei novamente, dessa vez já em um horário razoável para se pensar em planos, troquei de roupa, bebi um café morno na cozinha e sai, liguei pro Gustavo no meio da rua.

- Alo?

- Nossa que milagre.

- Fica quieto e me escuta...

Depois de uma conversa de mais de 10 minutos organizando as coisas, segui em direção a casa da Madu.

- Ela disse que está tudo certo, fique a vontade pra arrumar as coisas!

- Certo, te ligo depois! - Desliguei a ligação.

Eu precisava de algumas coisas para que nada saísse errado, então liguei pra um contato que era envolvido com eletrônicos e um outro chaveiro.

- Estou chegando! - Disse o chaveiro depois de dizer o que precisava.

- Do que vai precisar? - Disse Luís, um técnico em todos os tipos de funcionamento eletrônico.

- Só umas escutas, e câmeras, das menores possíveis!

Só alguns minutos depois o chaveiro chegou e abriu a porta da frente sem mudar a fechadura como havia pedido. Eu paguei e ele foi embora. Entrei e vi a casa, era impecável, a sala com sofás, televisão, um computador em cima da mesa, eu não toquei em nada, tinha que estar tudo em seu devido lugar. Entrei para um quarto, estava pintado com uma coloração meio rosada, um berço no canto e muitas sacolas com brinquedos, fraldas, roupas, e diversas outras coisas. O banheiro pequeno e meio apertado, com um cesto de roupas sujas, uma toalha em cima da pia e diversas fragrâncias de perfume feminino.

"Ele compra tudo pra ela, por isso quis ele!"

Entrei no segundo quarto e vi uma cama bagunçada e algumas peças de roupas jogadas no chão, saí rápido do quarto, aquilo me incomodava, aquela sensação, aquele ar, tudo. Depois de alguns minutos rodando a casa Luís chegou com uma mala cheia de acessórios, pedi pra que ele instalasse as câmeras e as escutas em lugares onde eu poderia observar toda a casa e que eu pudesse ouvir tudo que acontecia. Meia hora depois estava tudo em seu devido lugar, ele me deu um código e uma senha para que eu pudesse ver o que estava acontecendo direto do meu computador. Estava perfeito, tudo onde deveria estar, paguei a ele o dinheiro e ele foi embora. Dei mais uma olhada na casa e depois saí, tranquei a porta, estava tudo em seu devido lugar.

- Não pode mais fugir de mim, eu estou te vendo agora!!!

Voltei para aquele lugar que agora eu chamava de casa e liguei o computador, logo depois diquei para o Gustavo.

- Está tudo pronto, agora é só esperar!

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Mas gente, como assim, como assim?? 

É isso mesmo, espere para o que vai rolar nas emoções finais!!!!

Se gostou deixe seu voto, beijoquinhas de purpurina, Mi!