25-Ela tem os seus ohos

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Awn que fofinho...

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P.O.V. Madu: Me levantei depressa e vesti apenas uma calça e uma blusa, peguei a bolsa com algumas coisas que eu deveria levar para o hospital, eu sentia contrações, uma dor indescritível. Me sentei no banco de trás do carro, onde procurei achar uma posição mais confortável. Rafael estava tão nervoso que passou alguns sinais vermelhos, ele tentava ir o mais rápido possível, mas todo momento surgia algum carro ou algo para impedir o caminho.

- São 3 horas da manhã, o que essa gente quer fazer na rua? - Ele dizia nervoso quando tinha que parar quando alguém atravessava a faixa de pedestres.

Chegamos depois de alguns poucos minutos no hospital, ele estacionou o carro numa vaga qualquer e foi buscar uma cadeira de rodas, me colocou nela e pegou a bolsa, e correu para me levar pra dentro do local.

- Pra que tanta gente aqui? - Ele dizia até chegarmos ao balcão. - Ela está em trabalho de parto!

- Enfermeiras! - Ela chamou e logo apareceu duas moças para me levarem. - Você não pode ir senhor!

- Como não?

- Você tem que assinar essa ficha!

- Ah que se exploda essa ficha.

Elas me levaram até uma sala e me ajudaram a colocar uma camisola estranha, depois me deitaram sobre uma maca e me fizeram perguntas como, "Está sentindo muita dor?" ou "A quanto tempo está sentindo as contrações?" ou qualquer outra pergunta inútil até que por vez chegasse o obstetra. Quando ele chegou a sala de parto me fez as mesmas inúteis perguntas.

- Doutor da pra ser mais rápido?

Ele mediu o quanto de dilatação havia e logo depois aplicou uma anestesia, foi algo tão rápido, que em alguns instantes eu senti as pálpebras ficando mais pesadas e relaxando meu corpo por um tempo.

 

P.O.V. Rafael: Depois de assinar uma ficha inútil sobre o que eles já sabiam, me deixaram entrar no quarto, botei uma roupa estranha e entrei na sala, ela estava deitada com cinco enfermeiros ao seu lado.

- Cheguei a tempo?

- Sim, ela esta anestesiada. A bolsa rompeu antes da hora prevista, porém ela está sem dilatação nenhuma...

Ele continuava a falar, mas eu não estava prestando atenção, só fiz que sim com a cabeça quando ele perguntou se eu gostaria de esperar mais um pouco. Ela estava lá deitada, não falou nada, talvez porque estivesse anestesiada e aquilo fizesse com que ela ficasse calma também, mas depois de alguns minutos ela voltou a sentir as contrações, ela apertou a minha mão pela dor que sentia, e ela gritava como uma dor indescritível, eu nunca sentiria aquela dor, pelo menos não aquela dor física.

-Não da mais pra esperar!

Então a prepararam para a cirurgia, teriam que partir pra cesária, já que ela só sentia dor. Depois de algum tempo, eu só vi seu rosto, ela segurava minha mão, como se sentisse segura, a mão dela tanto quanto a minha soava de tensão. Os médicos ali em frente ao seu corpo, depois de algum tempo naquela cirurgia que parecia nunca terminar.

- Eu te amo, muito mesmo. - Ela disse

- Eu também te amo, e vou amar nossa filha muito também, minhas garotas...

Ouvi um choro, e também senti lágrimas caindo sobre todo o rosto, era o dia mais feliz de toda minha vida, as mulheres que eu amo, as minhas garotas. A enfermeira trouxe ela enrolada num pano, e botou sobre os braços da Madu, eu vi o quanto ela estava feliz.

- Nossa filha. - Disse ela acariciando a testa.

- Nossa garotinha.

A mesma enfermeira que a trouxe a levou para o berçário, e eu permaneci ao lado da Madu até o fim da cirurgia. Mais tarde a deram um remédio e ela dormiu, mas não por muito tempo. Já no quarto as enfermeiras vieram e trouxeram Letícia.

- Ela acordou com fome. E meus parabéns, é uma linda menina!

E realmente, tão pequena, tão linda, a luz da minha vida.

- Olha só, esse narizinho é igual ao seu!

- Ela é linda, igual a mãe!

- E tem o seus olhos.

Eu a beijei e acariciei seus cabelos.

- Eu amo tanto essa nova vida, essa garotinha que acabou de nascer, e eu amo tanto você!

- Eu também te amo, obrigada...

- Pelo que?

- Por estar aqui... Agora vai pra casa e tome um banho, depois volte aqui com mais algumas roupas pra mim e pra ela.

- Ta bem, tchau meu amor, tchau minha princesinha!

- Tchau papai. - Ela fez com que mexesse aquela pequena mãozinha.

- EU SOU O CARA MAIS FELIZ DO MUNDO!! - Gritei ao sair do hospital.


P.O.V. Madu: Ela dormiu no meu colo e eu dormi também em observar cada pequeno detalhe, ela era o maior presente que eu já poderia ter ganhado em toda minha vida, e eu me sentia completamente feliz ao ter aquele pequeno anjo na minha vida!

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Awn que bonitinho né, nascimentos, todo mundo feliz!

Mas infelizmente eu sou bem má, bem bem má. Aguardem os próximos capítulos... 

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P.S. Trouble está acabando! 

Beijos quentinhos, Mi.

TroubleOnde histórias criam vida. Descubra agora