21-Cada vez tenho mais medo

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Ontem não deu pra postar mais capítulos porque essa semana está muito cheia de coisas pra fazer, tipo nada, mas to bem ocupada. Vou tentar postar ainda no meio da semana se não conseguir só sábado ou domingo.

Espero que gostem.

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  P.O.V. Madu: Eu tentei não reparar que ele estava ai, tentei ignorar quando ele olhava discretamente em minha direção, ele podia ter se levantado e ido até a mesa, ele podia ter armado uma grande confusão, mas ele só ficou sentado bebendo uma ou duas taças de vinho. Alguns minutos depois, parecia que não tinha como piorar, comecei a tremer de medo e de ódio. Gustavo entrou pela porta e se sentou junto a ele na mesa, não era possível, porque tinha que ir justamente ali, ele devia estar me seguindo. Eu segurei com força a mão do Rafael, ele não entendeu o porque, mas me confortou, eu não queria contar pra ele ali porque sabia que ele ficaria louco, eu evitei olhar e voltei a comer e conversar. Depois de alguns minutos ouço Victor se levantar irritado e sair deixando um dinheiro em cima da mesa, ouço gritos escandalosos e raivosos vindos do meio da rua, mas prefiro fingir que não foi nada. Gustavo permanece na mesa por algum tempo, vai pagar a conta e volta a sentar na mesa, escreve algo em um guardanapo e deixa em cima da mesa, ele olha pra mim e vai embora. Eu não consegui resistir, depois de terminar de comer, invento uma desculpa pra passar pela mesa.

  - Rafa empresta a chave eu esqueci uma coisa no carro.

  - Aqui!

  - Com licença.

  Vou andando calmamente e passo a mão pelo bilhete e sigo até o carro. 

  "Preciso conversar com você! Não é minha culpa, tenho que fazer isso, tome cuidado."

  Abaixo havia um outro número de telefone, um que eu não reconhecia. Sentei no banco do passageiro e fiquei por lá, eu estava com medo, eu estava completamente assustada com tudo aquilo, e o que eu mais temia agora era que eles pudessem fazer algum mal ao Rafael ou para esse filho.

  

  P.O.V. Rafael: Ela saiu dizendo que ia no carro, mas logo fiquei preocupado, ela ficou tensa o jantar todo, e estava demorando pra voltar.

  - Vamos pagar a conta, levo vocês até o carro e vejo se ela está lá.

  Pagamos a conta e deixamos o restaurante, o carro deles estava próximo ao meu, deixei eles no carro e fui até o meu, Madu estava sentada dentro dele com as mãos sobre o rosto, ela chorava e não me viu aproximar, eu bati no vidro da janela e ela olhou pra mim com uma expressão triste e aterrorizada. Ela abriu a porta e me abraçou antes mesmo que eu falasse qualquer coisa.

  - O que foi meu anjo? Quer conversar?

  - Não agora, deixa eu ir me despedir deles.

  - Venha. - Eu disse fechando o carro e limpado suas lagrimas.

  - Está tudo bem? - Disse Maethe.

  - Está sim, desculpe eu procurava uma coisa.

  - Foi um prazer conhece-la Madu. - Disse o Alan abraçando-a.

  - O prazer foi meu. Quero conhecer esse garotão depois. - Ela disse acariciando a barriga da Maethe.

  - Lógico que vai. - Ela a abraçou.

  - E você seu lixo, não vai me esquecer.

  - Lógico que não você me ama. - Alan disse me abraçando.

  - Não seria "eu te amo"?

  - Viu ainda assume.

  Voltamos pra casa, ela não disse nada durante o percurso todo, ela tomou um banho rápido e eu preparei um café e fui tomar um banho no banheiro do quarto. Ela saiu e se trocou no quarto, quando acabei o banho eu a vi sentada na cama com um papel na mão e com algumas lágrimas nos olhos. Sentei ao seu lado e peguei uma xicara que estava ao lado da cama.

  - Então, vai me contar?

  - Ele estava lá.

  - Quem?

  - O Victor. O Victor estava lá. - Ela tremia de medo.

  - Por que não me contou? 

  - Não queria causar briga.

  - Mas era ele mesmo? Como ele achou você?

  - Eu não sei, mas o Gustavo deixou isso.

  - Ele também estava lá?

  - Sim...

  - Madu, devia ter me contado. Não quero ver você assim.

  - Eu estou com tanto medo, de algo acontecer.

  - Relaxa, olha você sabe que pode me contar tudo, eu estou aqui pra você.

  - Você me conta tudo?

  - Claro que sim, por que?

  - Porque... Rafa como você se sentiu quando a Isa...

  - Não Madu, não vamos falar sobre isso, é sobre você ok?

  - Eu sei o que você esta tentando fazer, não quer que eu me sinta mal.

  - Exatamente, por favor meu anjo... - Ela me enterrompeu.

  - Obrigada. - Ela me abraçou.

  - Pelo que?

  - Você me ajuda, me protege, e o que eu faço? Nada, me perdoe.

  - O que? Não, nada disso, Madu se é isso que quer que eu diga, eu me senti muito mal, porque eu realmente amei a Isa, eu queria estar ao lado dela nessa perda, mas a culpa não é sua ta me ouvindo? Eu amo você, e não quero que se sinta mal, eu vou te proteger. Eu tento não demonstrar mas estou triste, só que há algo muito maior que isso. Agora venha vamos dormir, esqueça isso, esqueça esse bilhete, deixa que eu cuido de você.

  Ela não disse mais nada, eu beijei sua testa, e bebi um gole do café, ela deitou e logo dormiu, eu fiquei mechendo no computador por um tempo até pegar no sono. Durante a noite ela acordou algumas vezes assustada, mas fiz com que voltasse a dormir sobre meus braços.

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Espero que tenham gostado, vou fazer mais uma passagem de tempo, porque infelizmente estou indo pra fase final da história.

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Um beijo, Mi

TroubleOnde histórias criam vida. Descubra agora