JUNGKOOK
Jimin estava demorando naquela sala, eu estava mexendo no celular quando ele saiu quase correndo dali.
Eu levantei afobado e fui atrás dele, ele estava correndo para rua pronto para se jogar na frente de um carro quando eu o puxei para trás.
— O que pensa que está fazendo?! — O puxei para um abraço. — O que tá acontecendo pimpolho?
— Eu quero ir pra casa, me deixa ir pra casa.
— Vem, não vou te deixar sozinho. — Agarrei o braço dele e fomos para o ponto de ônibus
Ele parecia bastante triste, não perguntei sobre para não deixar ele pior. Quando entramos no ônibus ele correu pra sentar na janela e apoiar a cabeça, peguei o celular com fone de novo e coloquei no ouvido dele vendo-o suspirar.
Descemos no ponto próximo a uma rua que era cheia de árvores, era um lugar bastante bonito e com casas coloridas mas quando andamos até a casa do mesmo, eu me surpreendi por parecer abandonada.
— Você quer entrar? — Perguntou num sussurro.
— Eu posso? Não tem problema? — Ele negou e nos entramos, subindo para o seu quarto. — Por que não tem porta?
— Mamãe não deixa, ela diz que não tem por que eu ter tanta privacidade assim.
Jesus, que velha louca.
— Você quer conversar do por que estar assim? — Eu estava receoso, não queria deixar ele desconfortável. — Se não quiser, podemos só ficar em silêncio também.
— Ainda não estou pronto pra falar sobre e...
— Pimpolho, escuta. — Segurei nas mãos dele e fiz com que ficasse quieto. — Tá vendo? Está tudo quieto, estamos sozinhos, você pode confiar.
— Eu tenho depressão atípica e uma síndrome que... — Ele respirou fundo. — Síndrome de peter pan.
— Pode me explicar um pouco dos dois?
— É provável que eu tenha desenvolvido a depressão quando mais novo, e a síndrome espelha meu medo de crescer. — Eu assenti esperando que falasse mais alguma coisa. — Eu sinto medo o tempo todo, eu quero ser normal.
— Ninguém é normal pimpolhinho, você só teve uma vida ruim e agora tá tendo ficar melhor. Não acha que isso é um grande passo? — Ele balançou com a cabeça. — É um enorme passo, você está de parabéns.
— Tá falando sério? Está orgulhoso mesmo?
— Claro que sim, vem, dá um abraço aqui. — Abri os braços e ele veio rápido me abraçando com força. — Fica tranquilo pimpolho.
Ficamos por bastante tempo reencostados na cama apenas abraçados, Jimin respirava pesadinho e com a boca aberta. Balancei ele devagar e vi que estava dormindo.
O peguei no colo e deitei na cama devagar;
— Jungkook?
— Sim?
— Você pode ir embora? Minha mãe vai chegar daqui a pouco. — Ele pediu baixinho, acho que estava com vergonha pelo pedido. Apenas o cobri e baguncei seu cabelo, pegando minha mochila e descendo as escadas indo para a casa.
16:45
Quando cheguei em casa, Taehyung estava dormindo agarrado com Nabi no sofá. Chegava a ser cômico o fato de ele falar sobre Jimin quando estava perdidamente apaixonado na menina já.
Subi as escadas e deixei a mochila jogada em qualquer lugar do quarto, me sentando na ponta da cama. Suspirei fundo e fui até a gaveta que guardava peças íntimas, me deparando com o saquinho com o pó branco que me deixava nas alturas.
E um celular velho.
Eu fui apenas para pegar o celular mas o pózinho branco ali me chamava como sempre me chamou desde os 15 anos de idade.
Eu nunca tive um motivo certo para usar essa droga, apenas fui em uma festa, experimentei e gostei muito da sensação.
Eu sabia que não era o "certo" a se fazer, tudo demais estraga. Mas eu queria parar, era uma coisa que eu queria fazer por mim mesmo então eu ignorei e peguei o celular velho, colocando um chip e indo atrás de uma caixinha.
Esse celular vai para um serzinho de cabelos loiros, para que eu não fique morrendo de preocupação de novo.
Fala sério, esse menino tá rondando minha cabeça que nem piolho. Não o conheço direito, como pode alguém mexer tanto comigo assim? Chega ser doentio.
8:45 AM
No dia seguinte, quando eu e meu querido irmão já estávamos na escola, eu sentei no fundo e coloquei a touca abaixando a cabeça em seguida, queria fazer um testezinho com o pimpolho;
— Que foi depressivo? Seu namoradinho não veio hoje? — Taehyung cutucou minha costela. — Em? Fala aí.
— Cala a boca Taehyung, quero ver se ele vem atrás. Vai sentar lá com a Nabi vai. — Ouvi ele dar risada e seus passos indo para longe de mim.
Demorou alguns bons minutos e eu senti dedinhos no começo das minhas costas, eu sorri mas ainda não levantei a cabeça.
— Jungkook? — BINGO! Ele me ama, só pode. — Jungkook? Está tudo bem?
— Sim.
— Ahn, tem certeza?
Apoiei a cabeça de lado nos braços vendo ele me olhar atento, como alguém pode ser tão bonito assim?
— Tenho sim hyung, quer sentar aqui? — Sentei um pouco para o lado e ele sentou no espaço vago da cadeira, ficando coladinho comigo.
— Por que está assim? Normalmente você começa o dia me atazanando. — Eu sorri que nem um bobo, por que esse menino me deixava assim?
— Por nada, só estou com um pouco de sono. Faz carinho no meu cabelo? — Pedi com a maior cara de pidão que podia e ele revirou os olhos.
Mas não exitou nem um pouco em subir os dedinhos pela minha nuca, fazendo um cafuné singelo.
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Com amor, pimpolho.
FanfictionPark Jimin era um garoto gay de 19 anos, vivia com sua mãe que o odiava desde o dia que chegou na terra. Jimin vivia uma vida monótona e sem qualquer resquício de que um dia iria ser feliz, até conhecer Jeon Jungkook. Um garoto que chega da Coreia d...