Uma casa grande e com um gramado enorme nos fundos.
Felicidade corria no meu corpo, papai me rodava no ar e a mamãe nos olhava com um rosto indecifrável, era tudo tão estranho quando ela estava por perto.
Papai me colocou para dormir e me contou uma história, como sempre fazia. Era sempre tão bom estar perto dele, ele me fazia tão bem.
Jimin acordou afobado vendo o céu escuro, se pondo de pé com rapidez já era de noite então era provável que sua mãe tinha chego em casa;
— Ah meu deus. — Colocou os sapatos e pegou o celular que Jungkook lhe deu. — Jeon? Acorda!
— Que? An? Que horas são? — Se sentou na cama tentando entender oque estava acontecendo.
— São 21:20h, meu deus a mamãe vai me matar! — Jimin já estava com lágrimas nos olhos, sabia o quanto sua mãe ia falar.
— Fica calmo, eu vou te levar.
Colocou uma regata e uma bermuda, puxando Jimin escada a baixo se deparando ainda com a casa vazia.
— Desculpa mas que diferença vai fazer você me levar? — Jeon riu e abriu a garagem, revelando a motinha pequena. Colocando o capacete em Jimin e em si. — Vai rapidinho tá, por favor.
Jungkook acelerou a moto o máximo que ela pode, Jimin estava com medo do que a mãe iria fazer mas estava sentindo paz, a rua vazia e silenciosa sem contar o ventinho gostoso que batia no seu rosto.
Abraçou a cintura do mais novo e deitou a cabeça no começo das costas largas, fazendo Jeon se arrepiar e arrumar a postura.
Sem muita demora chegaram na casa medonha. As pernas de Jimin pareciam gelatina, estava com tanto medo e sentiu mais ainda quando viu a mãe abrir a porta.
— Park Jimin, aonde você estava? — Jimin e Jungkook andaram até aonde a luz da varanda da casa iluminava. — Quem é esse?
— Sou Jungkook, Jeon Jungkook. — Reverenciou e estendeu a mão para cumprimentar a mais velha, que rejeitou aquilo.
— Jeon? Algum parentesco com Jeon Ji-hye?
— Sim, é minha mãe.
A mais velha deu risada debochando.
— Como se já não bastasse a mãe pra infernizar a minha vida você anda com o filho daquela tapada? Faça o favor de entrar, Jimin.
Park olhou seu saeng e entrou para a casa de cabeça baixa. Jungkook quis dar um soco na cara daquela mulher e sair com Jimin dali mas só pegou o capacete e saiu andando ouvindo a porta bater estrondosa.
Do lado de dentro da casa a mais velha dali estava de frente para o filho, de braços cruzados;
— Aonde esteve a tarde inteira? Aonde conheceu esse menino?
— E-ele é da minha escola, temos um trabalho a fazer juntos. — Jimin tremia como um cachorrinho abandonado, estava com tanto medo... — Estávamos na casa dele fazendo o trabalho.
— Ele tem tatuagens, piercing, é com esse tipo de gente que você anda? Com pecadores como ele?
— Para com isso mãe, ele é um menino bom, só estamos fazendo o trabalho juntos.
— Menino bom? — A Park mais velha chegou perto do filho o puxando pelos fios loiros. — Você está tendo algum caso com esse garoto?
— Não! Para com isso, está me machucando!
Jimin já deixava as lágrimas escorrer.
— Eu quero que se afaste desse menino, não gosto da mãe dele e a educação que ela dá ao próprio filho é horrível. — Puxou com mais força fazendo Jimin sobressaltar o corpo. — Se eu descobrir alguma coisa, você está morto!
Soltou o cabelo do filho e subiu as escadas. Jimin agarrou as próprias pernas num choro silencioso, a dor em seu coro cabeludo era mínima em relação a dor que sentia em seu coração tão amassado pela própria mãe.
Sentiu o pequeno celular vibrar no bolso e lembrou do amigo, apagou as luzes da casa e foi até a cozinha entrando em baixo da mesa que sempre era forrada por algum pano comprido.
MENSAGEM
Jungkook [21:39]: pimpolho? como você está?
Jimin [21:39]: bem, ela brigou um pouco comigo mas estou bem.
Jungkook [21:40]: então, amanhã é sábado, o que pretende fazer com seu jungkook aqui?
Jimin [21:41]: meu jungkook? pvf jk, menos...
Jungkook [21:43]: jk?? então esse é meu apelido pimpolho???
Jimin [21:44]: nao, muito genérico
Jungkook [21:45]: a que horas sua mãe sai para trabalhar?
Jimin [21:45]: normalmente umas dez da manhã, pq??
Jungkook [21:50]: vou passar ai as 11:30, vamos fazer um piquenique!
Jimin [21:55]: pelo visto não posso recusar né?
11:25 AM
Jimin tentava arrumar o cabelo desgrenhado, estava tão nervoso por que iria sair com Jungkook, não pelo menino mas sim por sua mãe e se a mesma descobrisse? Tinha muito medo de morrer.
Colocou os tênis surrados e olhou no espelho, estava bem bonito ao seu ver, suas roupas não eram tão bonitas assim mas ele poderia dizer que tinha um bom gosto.
Olhou no relógio e viu que faltava poucos minutos então se pôs em frente a porta principal já no lado de fora esperando Jeon chegar.
Logo o outro chegou, a boca de Jimin foi ao chão vendo o outro com uma camiseta bem larguinha uma bermuda do mesmo jeito e uma papete nos pés. Teria se arrumado demais?
— Tênis para um piquenique? Está tentando me impressionar por acaso? — Jungkook disse dando risada e estacionando a moto próximo a calçada, assim dando chance do mais baixo chegar perto da moto. — Olha eu trouxe várias coisas, até a toalhinha, pode carregar por favor?
Park assentiu e pegou a cestinha da mão do amigo, deixando com que o mesmo colocasse o capacete em si. Subiu na moto com um pouco de dificuldade mas logo ele já estava sentindo aquela paz de novo...
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Com amor, pimpolho.
FanfictionPark Jimin era um garoto gay de 19 anos, vivia com sua mãe que o odiava desde o dia que chegou na terra. Jimin vivia uma vida monótona e sem qualquer resquício de que um dia iria ser feliz, até conhecer Jeon Jungkook. Um garoto que chega da Coreia d...