열둘 - descobrimentos.

277 53 1
                                    

⚠️ uso de drogas explícito.

já havia se passado um mês desde o primeiro encontro dos dois meninos, e desde aquele dia os dois mal se falavam direito. Park não entendeu o que estava acontecendo mas achou que o amigo tinha seus motivos.

Porém, estava com saudade da atenção que o outro lhe dava além de Hoseok não tinha amizade com mais ninguém dali.

Estavam no intervalo, Jimin sequer havia ido para o refeitório preferiu ficar no gramado vasto do Jardim da escola.

– Oi Chim, não vai ir comer? – Taehyung sentou do lado loirinho. – Hoseok estava te procurando.

Taehyung e Hoseok se aproximaram ainda mais nesse um mês, Hoseok era alguém divertido demais e o Kim adorava gente assim então não demorou em virar amigo do ruivo. Só não era muito chegado no namorado do amigo, Yoongi não era lá de se enturmar.

– Estou sem fome, Tete.

– Por que está assim? O que houve? – Kim disse e tirou a franjinha que caia no olho do loiro. – É por causa do meu irmão?

– Eu fiz algo pra ele? – Taehyung negou. – Então o que está acontecendo?

– Ele só tá passando por um momento difícil, é melhor você ir falar com ele tá? Ele tá na sala de música se você quiser ir lá.

– Vida, vamos ir comer? Tô morrendo de fome já! Oi Jimin. – Nabi chegou no meio dos dois puxando o quase namorado para o refeitório. – Desculpa, interrompi a conversa de vocês?

– Não meu bem. – Taehyung levantou dando um sorrisinho para Jimin e indo com Nabi em direção ao refeitório.

Park pensou muito se deveria ir atrás de Jeon gostava da companhia de Jungkook mas não era nem um pouco bom com as palavras então se Jeon estava passando por um momento difícil não tinha certeza se seria um bom amigo.

Mas mesmo assim levantou indo primeiro no refeitório pegar um suquinho pra levar para Jeon, ele gostava de suco então deduziu que o outro também gostaria. Logo já estava em direção a sala de música com o coração a mil mas quando parou na porta sua cara foi no chão.

Jungkook estava com uma menina, com uma nota de algum dinheiro no nariz puxando o pó branco que estava enfileirado em cima de um livro qualquer. Ainda não tinham se tocado da presença do mais velho ali, então cheiraram mais uma, duas fileiras.

– Jungkook?

O dito cujo virou assustado, com os olhos estralados e o nariz aberto com resquícios do pó branquinho. A dose alta de cocaína começava a subir para o cérebro, sentia seu corpo em êxtase mas mantia os pés no chão por Jimin que o olhava abismado.

A garota presente já estava em uma brisa completa na sua cabeça, não estava ligando para quem estava ali ou deixava de estar.

– Eu posso te explicar!

A fala enrolada, pupilas dilatadas e rangendo os dentes, mal sentia seu corpo de tanto formigamento e dormência. Sua cabeça rodava, enchia seu cérebro de palpitações ele amava sentir aquela sensação mas no momento estava mais preocupado com o outro.

Jimin deixou o suquinho de morango em uma cadeira por perto e saiu dali, estava em choque com que acabou de ver. Aquele não parecia o Jungkook que conheceu, era uma cena medonha de se ver.

Ouviu o sinal tocar sinalizando que deviam voltar para as salas, subiu sem olhar para trás e se sentou na cadeira, olhando o gêmeo pelos ombros esse que não percebeu o olhar preocupado.

12:30

– Ei Chim! – Taehyung gritou o amigo que já estava quase fora da escola. – Falou com o JK? Como foi?

– Desde quando ele faz essas coisas?

– Ah, ele te contou. Bom, ele...

– Contou? Tae, ele estava na sala de música com uma garota e estava usando aquilo. – O corpo do Jeon congelou, tinha conversado com o irmão a pouco tempo e achou que ele tivesse parado.

Park abaixou a cabeça e saiu dali, indo em direção ao ponto de ônibus.

Quando entrou na caixa metálica se sentou ao fundo, tendo lembranças do dia em que Jungkook compartilhou os fones de ouvido consigo. Mas logo a imagem foi trocada pelo Jungkook que viu mais cedo.

Jimin era alguém neutro no quesito drogas, pra ele, qualquer coisa em grandes proporções poderiam acabar com alguém. Mas ver alguém que ele gostava usando aquilo com tanta vontade e sede daquilo era algo estranho.

No caminho que sempre estava depois da escola, reparou mais nas pessoas da rua, nas pessoas ao seu redor se perguntando se alguma delas passava por algo parecido.

Talvez a menina de cabelo ruivo sentada a sua frente no celular? Pode ser, ela poderia esconder de pessoas também.

E que tal o homem com a cara estranha sentada ao seu lado lendo um jornal?

Park não saberia a respostas pra essa pergunta.

Chegou ao destino passando o pequeno cartão e descendo do ônibus em direção ao consultório, comprimentando a recepcionista e entrando na sua sala. Seokjin deixou com que sempre entrasse direito, ele achava melhor para Jimin.

– Boa tarde Jimin. – Seokjin disse se virando com um copo de café na mão. – Quer começar hoje?

A relação de psicólogo e paciente dos dois era tanto quanto peculiar, não havia toda aquela tensão pressurizada no ambiente, era uma áurea gostosa e singela que pairava ali entre os dois sul coreanos.

– Quero sim, eu ainda não voltei a falar com o JK. – Jimin tinha uma mania quando estava ali, colocava sua mochila no colo e mexia nas fitas que arrumavam a alça da mochila. – O irmão dele disse que estava passando por problemas.

– Gostaria de falar os problemas? Ou como eles estão te afetando?

– Posso falar em outra sessão?

– Sim, agora Jimin, quero que escreva uma carta pra si mesmo aqui. – Deu um papel e uma caneta para o menino. – Quero que fale um pouco sobre...

Foi interrompido por Jimin, que num salto lembrou do sonho que teve com o pai;

– Jin, há um tempo atrás eu sonhei com meu pai! É, a gente estava numa casa linda e eu estava muito feliz mas a mamãe não tinha uma cara muito boa.

– E onde é a casa? É a sua casa? – O Kim estava abismado com aquilo.

– Não, era uma casa bonita.

– Isso pode ter sido seu subconsciente criando uma memória que você não viveu. – Jimin murchou um pouquinho. – E a sua mãe? Como ela estava?

– Uma cara bem feia, não parecia estar gostando.

E numa penumbra escura a cabeça de Jimin viajou.

A casa, o pai e a mãe.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Com amor, pimpolho.Onde histórias criam vida. Descubra agora