Seoul - 1998
O sol brilhava alto no céu contrastando com o azulado imenso.
E no fundo de uma das casas mais bonitas da rua, um pequeno garoto brincava alegremente com suas bonequinhas que seu pai havia comprado como presente de aniversário de três aninhos do mesmo.
Vestia uma de suas roupinhas preferidas, tinha uma vaquinha bem no centro de sua barriguinha e um chapeuzinho que combinava com a roupinha. As bochechas gordinhas fazia qualquer um querer esmagar o pequeno rosto do garotinho de tanta fofura que o mesmo emaneava.
Era sábado, então era dia do seu amiguinho ir até sua casa. O pequeno amava quando o outro mais novo de cabelos escuros ia brincar consigo, por mais que tivessem idades e conceitos diferentes de brincadeira, o bochechudo amava a companhia do outro.
— Ei filho. — O mais velho da casa apareceu no Jardim, avistando o filho em baixo da sombra da árvore enorme. — Olha quem chegou!
O pitoquinho saiu correndo desengonçado até seu hyung, vestia apenas uma camisetinha, uma fraldinha e sandalinhas nos pés. Estava realmente muito calor.
Se sentou do lado do hyung fazendo o mesmo sorrir, sumindo os olhinhos em meio a bochechas e dividindo sua bonequinha com o outro.
Do lado de dentro da casa, a dona da casa olhava o filho e o amiguinho enojada. Não gostava da mãe do menino e nem do menino que pra melhorar tinha um irmão gêmeo.
Não suportava ver toda aquela felicidade e gente extrovertida perto de si, aquilo lhe irritava tanto que poderia matar alguém.
Ela cansou de ver seu filho e o outro bebêzinho dando beijinhos e se abraçando, brincando com bonecas e dormindo com as chupetinhas trocadas por que na língua do filho gostavam de "trocar babinhas".
O que era um ato completamente inocente entre dois bebês, era mal visto no olhar da matriarca, odiava aquele menino e já tinha dito repetidas vezes que não queria mais nenhum deles ali.
Mas logo aquilo tudo iria acabar, ninguém imaginava a maldade que aquela mulher tinha no seu sangue. Se pra separar seu filho do "futuro gay" e tirar de perto a mulher tosca que não suportava significava pagar alguém pra tirar a mesma, seu marido e dois filhos do país levando para o pais vizinho, era isso que ela faria.
Seria capaz de matar alguém para conseguir o que queria.
— Oi amor, quer ajuda com o almoço?
Seu marido era um homem bom, vindo de uma família com dinheiro e com valores, era alguém de respeito na cidade onde morava. Encantava a todos assim como seu pequeno filho, herdeiro de tudo aquilo que tinha.
— Não. — Respondeu friamente, fazendo o marido abaixar a cabeça assentindo e ir até o lado de fora atrás do seu filho.
Pegou o menino no colo o rodando no ar, o pequeno bebê gargalhava e segurava nos braços do pai vendo seu amiguinho sorrir junto e bater palminhas. Quando foi posto no colo, olhou a mãe que tinha um olhar fervoroso, não entendia por que ela sempre o olhava assim.
As horas foram passando e o sol abaixando, e o mais velho da casa resolveu deixar o amiguinho do filho por lá mesmo, já que sabia que no dia seguinte eles iriam viajar e iam ficar um bom tempo sem se ver.
Não sabia pra onde iriam, o marido da mulher era um soldado que havia ganhado passagens aéreas do exército como viagem.
Pelo menos era isso que pensavam.
Deu banho nos dois garotinhos e os colocou para deitar no mesmo bercinho, afofando as almofadinhas em volta do berço vendo os dois trocarem as chupetinhas.
Sorria com aquilo, era um amor tão puro e inocente que não poderia acreditar que acabaria ali. Sabia que iriam crescer e entender as coisas da vida, ou talvez continuariam amigos para sempre, não saberia responder.
Acendeu o pequeno abarjurzinho que reluzia estrelinhas e luas no teto, fechando a porta e saindo do quarto indo de encontro com a esposa.
Sua esposa era uma mulher de beleza mediana, quando começaram a namorar era alguém muito cuidadosa consigo e com um sorriso idêntico ao do filho.
Mas sua mãe nunca havia aceitado tudo aquilo, então enchia a cabeça da filha de coisas que fazia a mesma repensar sobre tudo que vivia ao lado do namorado. Porém o outro não aceitou a separação, fazendo de tudo para ficar com a mesma, o que de fato "deu certo".
— Aqueles dois são uma fofura não é? — Sentou na ponta da cama vendo a mulher em uma poltrona no canto do quarto. — Será que vai ser amigos pra sempre? Ou um dia serão mais do que amigos?
— Você quer isso para o seu filho? Que ele ame outro garoto? Quer seu filho no inferno?
— Você está ficando louca? Por que vê tanto problema nisso? É só mais uma forma de amar Yeri, você já está ficando paranóica.
A mulher riu sarcástica e levantou da poltrona com as mãos para trás, escondendo a faca em suas costas. Foi se aproximando devagar vendo o marido ficando assustando a cada passo que era dado.
E quando o homem ali se levantou para correr, tudo que conseguiu ver foi seu filho parado na porta de mãos dadas com seu amiguinho, depois disso seu pescoço foi degolado.
Yeri morava em uma fazenda quando era pequena e ajudava o pai a degolar galinhas, então pensou que não seria tão difícil assim degolar um humano.
E de fato não foi, a lâmina afiada perfurou rápido o pescoço do marido que um dia amou de verdade. Vendo seu filho e o garotinho que ela chamava de lúcifer parados na porta.
Arrastou o corpo dali na frente do dois mesmo, os bebês não tinham noção do que estava acontecendo ali então não sentirem nenhum tipo de medo, apenas voltaram para o bercinho.
Na manhã seguinte, as exatos seis e meia da manhã a mãe do pequeno de cabelos escuros estava na porta da casa do amigo, com seu bebê no colo que chorava querendo o hyung;
— Vamos lá, de tchau para ele. — Yeri dizia sorrindo ajoelhada do lado do menino no chão.
Ji-hye soltou o filho que foi correndo aos braços de seu hyung;
— Pomete não esquecer de eu, Jungoo?
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Com amor, pimpolho.
FanfictionPark Jimin era um garoto gay de 19 anos, vivia com sua mãe que o odiava desde o dia que chegou na terra. Jimin vivia uma vida monótona e sem qualquer resquício de que um dia iria ser feliz, até conhecer Jeon Jungkook. Um garoto que chega da Coreia d...