열아홉 - cartas.

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Jimin acordou num salto de sua cama, estava extremamente atrasado para as apresentações do dia de sua escola. Se levantou indo para o banheiro e arrumando-se rapidamente.

Como não haveria aulas naquele dia, apenas pegou o pequeno celular e desceu as escadas. Quando parou na porta para calçar os sapatos, viu que tinha uma carta pendurada em sua porta, com seu nome de destinatário.

Colocou a carta dobrada no bolso da blusa, se fosse algo importante sua mãe não deveria saber, então preferiu levar consigo.

10:45

O auditório estava cheio e completamente agitado, a gritaria correndo solta pelo show de talentos que deixava os alunos eufóricos. Um grupo de meninas havia se apresentado já, fazendo um cover de um grupo de kpop.

A escola estava aberta para o público, deixando com que pais e companheiros entrassem para ver  a audição de todos.

Na parte de trás do palco do enorme auditório, Namjoon, Hobi e Yoongi estavam se preparando para a sua vez de entrar no palco, resolveram cantar os três juntos a música que comporam: ddaeng.

Estavam conversando quando o namorado de Namjoon entrou enfurecido atrás do mesmo;

— KIM NAMJOON!

Kim virou com a cara branca, seu namorado só lhe chamava assim quando estava morrendo de raiva;

— Ih ala, o namorado dele apareceu. - Yoongi disse.

— Oi amorzinho, o que aconteceu? — Seokjin cumprimentou a todos e puxou Namjoon para longe dos amigos. — O que foi? Que que isso, achei que ia estar na plateia.

— Você esqueceu de mencionar que o meu paciente é um dos seus amigos?!

Namjoon olhou para o namorado desentendido.

— Do que você tá falando Seokjin?

— Park Jimin.

— QUE? É o meu amigo Jimin?

— Espera, você não sabia?

Namjoon balançou a cabeça e Seokjin bateu a mão na testa, havia aberto a boca demais.

Já na plateia, Taehyung estava de vela para o casal do seu lado, era uma melosidade sem fim aqueles dois. Nunca viu o irmão tão insuportável desse jeito, estava igual uma manteiga derretida.

Nabi ria da cara de nojo do namorado, até tudo ficar completamente e escuro e as luzes do palco iluminarem apenas os três meninos.

A batida da música começou a soar, Namjoon começou as primeiras onomatopeias, logo Hoseok começou cantando seu refrão. Jimin gritava eufórico pelo amigo, estava tão feliz que podia chorar pelo amigo. A presença que ele tinha ali em cima era estrondosa, Park estava amando aquilo.

Logo depois começou o Yoongi, Jimin não sabia que aquele menino era daquele jeito, ele mudou completamente sua feição, o ritmo envolvente do começo do refrão capturou todo mundo, Yoongi cuspia as palavras como uma máquina. Havia sido perfeito como o namorado.

Em seguida veio Namjoon, parando em frente ao palco arrumando a posição de seu casaco e começando sua parte da música, gaguejando de propósito com o intuito de debochar dos meninos que caçoaram de si.

Do outro lado do auditório Seokjin sorria feliz e orgulhoso pelo namorado, vez ou outra olhando Jimin na plateia.

E assim a música se encerrou, com todos ali gritando e os três no palco orgulhosos de si.

Jimin havia lembrado da carta em seu bolso e resolveu sair dali para ler, levando Jungkook consigo e dizendo para Taehyung avisar os meninos que já estava indo;

— O que tem de tão especial pra mostrar? Ah já sei, vai me pedir em namoro né gostosinho? — Jungkook disse se assanhando para cima de Jimin, o puxando pela cintura.

— Claro que não, é você que tem que fazer isso. — Tirou a carta do bolso. — Isso aqui chegou pra mim hoje e eu tô morrendo de medo de abrir, vê pra mim o que é?

Jeon pegou a carta da mão do menino, abriu e começou a ler como quem não queria nada mas a cada linha que passava os olhos seu rosto se enrugava mais em uma questão enorme.

— O que foi? O que tá escrito aí?

— A-acho melhor você ler pimpolho. — Entregou a carta completamente em choque.

Jimin pegou a carta com medo, começando a ler;

"Seoul, 1998.

Olá Jimin, estou escrevendo essa carta com você em meu colo. Meu filho, sua chegada na minha vida foi a maior bênção que eu poderia ter! Mas sua mãe não pensa o mesmo que eu. Jimin, no momento eu não poderia sequer sair com você desse país para te proteger das atrocidades que eu tenho em mente que irão acontecer com você. Eu não sei o que irá acontecer, o que sua mãe pretende fazer comigo, por que ela sabe e eu sei que você é intocável. Eu estou escrevendo essa carta pra você, por que não sei quanto tempo vou viver, então Jimin quando você completar 20 anos de idade, com sua cabeça em ordem e a maturidade que precisa, essa carta será entregue a você.
Você é herdeiro de duas empresas nesse país e mais três no exterior, herdeiro também de todo o dinheiro que eu juntei em vida.
Faça bom aproveito de tudo isso, viva sua vida como você quiser a partir de agora.
E por favor, se ainda tiver contato com Jungkook, diga a ele para te fazer feliz que estou olhando você de onde eu estiver.
Com amor, Park Dong-hae, seu pai."


E ali mesmo Jimin desabou no chão, com a mão no peito e um choro rasgado na garganta. Abriu o envelope vendo que tinha outro papel dentro, quando abriu viu as escrituras das empresas junto com a herança que tinha concebido.

Não estava acreditando naquilo, mas sabia que não estava nem um pouco feliz.

— Gente? O que aconteceu? — Os amigos de Jimin chegaram perto de onde estavam, vendo a cena de Park jogado no colo de Jungkook e chorando como um bebê logo veio a preocupação.

Jimin olhou para cima vendo seus amigos e seu psicólogo. Seokjin tentou explicar que era namorado de Namjoon e era tudo uma grande coincidência mas foi calado quando Park deu para si a carta do pai.

Leu e releu várias vezes e ali ele teve certeza.

Jimin com certeza foi cúmplice de um assassinato mas não lembrava de nada graças a amnésia dissociativa.

E pelo visto, Jungkook também fazia parte disso.

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Com amor, pimpolho.Onde histórias criam vida. Descubra agora