Savannah Clarke Point of View
Nour sentou-se em minha frente e sorriu, retribui e chamei o garçom. Assim que fizemos nossos pedidos o garçom se foi, olhei para ela que arqueou a sobrancelha.
— E então, como tudo está indo? — Perguntou apoiando seus braços na mesa e entrelaçou seus dedos.
— Eu resolvi não mandar o buquê.
— Por que não?
— Acho que Any não vai gostar de um buquê à moda antiga. — Ela deu de ombros. — Resolvi mandar um convite, um jantar para conversarmos.
— Você acha que ela vai vir?
— Bom, no bilhete diz que é sobre o prédio. — Ela sorriu e revirou os olhos.
— Ok, você tem que torcer para ela vir. — Assenti.
— Nour... — Ela me encarou novamente. — Por que Any tem uma cicatriz abaixo do queixo?
— Ela não gosta de falar disso e eu não irei falar também. — Suspirei. — Mas posso falar sobre a que ela tem na palma da mão.
— Na palma da mão? — Franzi o cenho e ela assentiu.
— Na verdade, nós três temos. Por incrível que pareça, quando acordamos no hospital tínhamos nossas mãos direitas enfaixadas, na palma de nossas mãos havia entrado um vidro. — Ela levantou a mão direita e me mostrou. — Sabina diz que foi a marca do diabo, da morte ou algo do tipo. — Rimos.
— E Sabina? Você não falou nada pra ela, não é?!
— Fique tranquila, ela não sabe de nada.
Assenti, depois nosso almoço chegou e comemos enquanto falávamos do jantar que organizei para Any. Seria em um restaurante que fiz questão de alugar apenas para nós duas.
Queria que Any se sentisse bem, faria de tudo para ter sua confiança de volta, assim como a de Sabina. Sei que Nour está ao meu lado, ela vai me ajudar como tudo que precisar e agradeço por isso.
Depois do meu almoço com Nour fui para o meu apartamento, está tudo quieto como sempre desejei. Me joguei no sofá, liguei a TV e relaxei.
Estava tudo indo bem até a campainha tocar, bufei e levantei, claro que achei estranho o porteiro não avisar. Olhei pelo o olho mágico e não vi ninguém, abri a porta e tinha uma carta no chão, me abaixei para pegar e olhei para os lados, não tinha ninguém. Entrei e me joguei no sofá, abri a carta e comecei a ler.
Savannah,
Seus dias estão contados, você tem pouco tempo para provar que é inocente. Poderia ter jogado limpo com Any, a propósito, ela tem menos tempo de vida do que você. Vocês duas estão esgotando o tempo, o relógio está indo rápido.
Tente descobrir quem eu sou, mas antes, prove que é inocente.
Tic tac, tic tac... Seja rápida.— Que porra é essa?
[...]
Olhei para as lápides, o nome "Soares" estava escrito nas cinco. Como ainda pode está o nome ali, sendo que ninguém está enterrado nelas? Há não ser os pais de Any.
Any voltou dos mortos como se não tivesse acontecido nada, como?
Any estava escondendo algo, não sei o que, mas de alguma forma irei descobrir. Ela é esperta, mas se eu mexer com os sentimentos dela, a mesma pode acabar cedendo e soltar algo que vai me render muito dinheiro.
— Demorei? — Olhei por cima do meu ombro direito e sorri. Me virei e fiquei frente a frente com Hiram.
— Nenhum pouco. — Ele assentiu.
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Chicago | Versão Savany
Fanfiction[ADAPTAÇÃO] Após todos saberem que sua família havia falido, Any Gabrielly Soares (Any Gabrielly Rolim) é humilhada assim como suas irmãs (Nour e Sabina) na frente da escola toda por suas - que até então eram melhores amigas. Anos depois as irmãs v...